Florianópolis, 29 de junho de 2016.
No período de 1º de janeiro a 25 de junho de 2016 foram notificados 12.545 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 4.305 (34%) foram confirmados, 3.411 pelo critério laboratorial e 894 pelo critério clínico epidemiológico), 827 (7%) estão inconclusivos (classificação utilizada no Sinan nos casos que ainda estiverem sem encerramento da investigação, após 60 dias da data de notificação), 7.278 (58%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 135 (1%) casos suspeitos estão em investigação pelos municípios. Os dados constam do boletim epidemiológico 23 divulgado nesta quarta-feira, 29, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
Do total de casos confirmados (4.305) até o momento, 3.951 (92%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, 260 (6%) são importados (transmissão fora do estado) e 94 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos notificados de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
4.305 |
34 |
Autóctones |
3.951 |
92 |
Importados |
260 |
6 |
Em investigação de LPI |
94 |
2 |
Inconclusivos |
827 |
7 |
Descartados |
7.278 |
58 |
Suspeitos |
135 |
1 |
Total Notificados |
12.545 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 25/6/2016).
Até o momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção (LPI) existem confirmação de transmissão autóctone de dengue em 25 municípios de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Brusque, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu,Itajaí, Joinville, Itapema, Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta, União do Oeste e Xanxerê.
O município de Pinhalzinho apresenta o maior número de casos autóctones (2.408) no Estado, com uma taxa de incidência de 12.879,8 casos por 100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa de incidência de 4.498,8 casos por 100 mil habitantes; Bom Jesus, 2.942,2 por 100 mil/hab; Coronel Freitas, 1.548,9 por 100 mil/hab; Descanso, 1022,9 por 100 mil/hab; Modelo, 455,7 por 100 mil/hab; Chapecó. 379 por 100 mil/hab; e União do Oeste, 333,3 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Casos autóctones de dengue, segundo Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Municípios |
Casos |
% |
Pinhalzinho |
2408 |
60,9 |
Chapecó |
780 |
19,7 |
Coronel Freitas |
158 |
4,0 |
Serra Alta |
149 |
3,8 |
Descanso |
87 |
2,2 |
Bom Jesus |
83 |
2,1 |
Itajaí |
68 |
1,7 |
São Miguel do Oeste |
39 |
1,0 |
Balneário Camboriú |
35 |
0,9 |
Xanxerê |
22 |
0,6 |
Modelo |
19 |
0,5 |
Itapema |
14 |
0,4 |
Saudades |
13 |
0,3 |
Maravilha |
9 |
0,2 |
União do Oeste |
9 |
0,2 |
Florianópolis |
6 |
0,2 |
São José do Cedro |
6 |
0,2 |
Guaraciaba |
6 |
0,2 |
Caibi |
4 |
0,1 |
Palmitos |
4 |
0,1 |
São Lourenço do Oeste |
3 |
0,1 |
Brusque |
3 |
0,1 |
Guatambu |
2 |
0,1 |
Joinville |
2 |
0,1 |
Itapoá |
1 |
0,0 |
Indeterminado |
21 |
0,5 |
Total |
3951 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 25/6/2016).
O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra que o maior número de casos autóctones confirmados (488) ocorreu na SE 9 (28 de fevereiro e 5 de março). Nas três últimas semanas, o número de casos, tanto os notificados quanto os confirmados, vem diminuindo substancialmente em todo o estado, não sendo registrados casos autóctones nesse período, até o momento.
Até agora foi confirmada a ocorrência de um óbito por dengue grave registrado no estado: um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, no dia 13 de março.
Casos de dengue segundo classificação final e SE de início dos sintomas - SC, 2016.
Total 2016: 12.545
(Atualizado em 25/6/2016)
> Comparação de casos notificados, autóctones e focos em 2015 e 2016:
Em Santa Catarina, no ano de 2016 até a SE 25, o número de casos notificados de dengue (12.545 casos) está acima do registrado no mesmo período em 2015 (9.548 casos), representando um aumento de 24% no registro de um ano para outro. Já em relação aos casos autóctones, em 2016, também considerando até a SE 25, foram confirmados 3.951 casos, enquanto que no mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 3.266 casos, representando um aumento de 17% no número de casos autóctones confirmados de um ano para outro.
Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em 2016, até a SE 25foram identificados 6.022 focos, em 129 municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 5.298 focos em 108 municípios.
Atualmente há 48 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Caçador, Camboriú, Catanduvas, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Itapiranga, Joinville,Jupiá, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Saudades, Seara, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim (Figura 5).
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Casos notificados de dengue, segundo Semana Epidemiológica de início dos sintomas. Santa Catarina, 2015-2016.
Total 2015: 11.333
Total 2016: 12.545
(Atualizado em 25/6/2016)
Casos confirmados de dengue autóctones, segundo Semana Epidemiológica de início dos sintomas. Santa Catarina, 2015-2016.
Total 2015: 3.281
Total 2016:3.951
(Atualizado em 25/6/2016)
Focos identificados de Aedes aegypti, segundo Semana Epidemiológica. Santa Catarina, 2015-2016.
Total 2015: 7.249
Total 2016: 6.022
(Atualizado em 25/6/2016.)
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Mapa dos municípios segundo situação entomo-epidemiológica de dengue. Santa Catarina, 2016.
(Atualizado em 25/6/2016)
>>Febre de chikungunya
No período de 1º de janeiro a 25 de junhode 2016, foram notificados 685 casos suspeitos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, 61 (9%) foram confirmados (56 pelo critério laboratorial e cinco pelo critério clínico epidemiológico), 73 (11%) estão inconclusivos, 480 (70%) foram descartadose 71 (10%) permanecem como suspeitos.
Do total de casos confirmados (61) até o momento, 57 (93%) são importados (transmissão fora do Estado), um (2%) é autóctone (transmissão dentro do Estado) e três (5%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos de febre de chikungunya segundo classificação.Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
61 |
9 |
Autóctones |
1 |
2 |
Importados |
57 |
93 |
Em investigação de LPI |
3 |
5 |
Inconclusivos |
73 |
11 |
Descartados |
480 |
70 |
Suspeitos |
71 |
10 |
Total Notificados |
685 |
100 |
Fonte: SINAN NET e SINAN On-line(com informações até o dia 25/6/2016).
Casos confirmados de febre de chikungunya segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016. |
|||||
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Araranguá |
1 |
1 Minas Gerais |
|||
Biguaçu |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Blumenau |
5 |
2 Bahia, 2 Paraíba, 1 Rio Grande do Norte |
|||
Braço do Norte |
2 |
1 Pernambuco, 1 Rio de Janeiro |
|||
Brusque |
2 |
2 Bahia |
|||
Caibi |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Chapecó |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Descanso |
1 |
1 Maranhão |
|||
Florianópolis |
2 |
7 |
2 Alagoas, 1 Bahia, 1 Rio de Janeiro, 3 Pernambuco |
||
Guaraciaba |
1 |
1 Guaraciaba/SC |
|||
Itajaí |
6 |
4 Pernambuco, 1 Bahia, 1 Rio de Janeiro |
|||
Jaraguá do Sul |
3 |
1 Pernambuco, 1 Alagoas, 1 Sergipe |
|||
Joinville |
1 |
4 |
1 Ceará, 2 Pernambuco, 1 Sergipe |
||
Laguna |
2 |
1 Pernambuco, 1 Rio de Janeiro |
|||
Mafra |
3 |
3 Rio Grande do Norte |
|||
Orleans |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Penha |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Porto União |
4 |
3 Rio de Janeiro, 1 Paraná |
|||
Salto Veloso |
4 |
4 Pernambuco |
|||
São José |
3 |
2 Bahia, 1 Pernambuco |
|||
São Miguel do Oeste |
1 |
1 São Paulo |
|||
Schroeder |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Serra Alta |
1 |
1 Bahia |
|||
Tubarão |
1 |
1 São Paulo |
|||
Xanxerê |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Total |
3 |
57 |
1 |
|
Fonte: SINAN NET e SINAN On-line (com informações até o dia 25/6/2016).
Em 2015 foram notificados 134 casos suspeitos de Chikungunya, dos quais oito (6%) foram confirmados, 98 (73%) foram descartados e 28 (21%) permanecem inconclusivos. Do total de oito casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros sete foram importados de outros estados.Esses casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São José.
>>Zika Vírus
No período de 1º de janeiro a 25 de junho de 2016 foram notificados 394 casos suspeitos de febre do zika vírus em Santa Catarina. Desses, 43 (11%) foram confirmados (29 pelo critério clínicoepidemiológico e 14 pelo critério laboratorial), 36 (9%) estão inconclusivos, 273 (69%) foram descartados e 42 (11%) permanecem em investigação.
Do total de casos confirmados (43) até o momento, 37 (86%) são importados (transmissão fora do estado), cinco (12%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina e um (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos de febre do zika vírus, segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
43 |
11 |
Autóctones |
5 |
12 |
Importados |
37 |
86 |
Em investigação de LPI |
1 |
2 |
Inconclusivos |
36 |
9 |