Florianópolis, 13 de julho de 2016
Há mais de um mês, Santa Catarina não registra novos casos de dengue transmitida dentro do estado. A última confirmação foi registrada na semana entre os dias 29 de maio e 4 de junho, de um novo caso de dengue autóctone. O volume de notificações e de novos casos vem caindo desde a semana entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março (Semana Epidemiológica 9), quando Santa Catarina registrou o pico da doença, com 488 novos casos confirmados naquele período. Os dados constam no Boletim Epidemiológico 24/2016 - Situação da Dengue, Febre do Chikungunya e Zika Vírus em Santa Catarina, divulgado ontem (terça-feira, 12), pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina.
“Apesar da redução substancial do número de notificações e de novos casos, as pessoas não devem se descuidar”, alerta Eduardo Macário, diretor da Dive/SC. Segundo o especialista, é preciso manter a vigilância sobre a eliminação dos potenciais criadouros do Aedes aegypti, transmissor das três doenças. “A população do mosquito diminui em épocas de baixa temperatura, o que provoca uma falsa sensação de segurança. No entanto, os ovos podem sobreviver até um ano e meio em recipientes secos. Por isso, é fundamental manter a rotina de eliminação de recipientes que possam acumular água”, enfatiza.
O Boletim Epidemiológico 24/2016 apresenta, ainda, a confirmação do segundo óbito por dengue grave do estado: um paciente, de 103 anos, residente em Pinhalzinho, cujo óbito foi registrado no dia 27 de abril. Os exames laboratoriais confirmaram o diagnóstico de dengue. O primeiro óbito por dengue foi de um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, ocorrido no dia 13 de março. Foi confirmado, também, o segundo caso autóctone de febre do Chikungunya em Santa Catarina em 2016, com Guaraciaba como Local Provável de Infecção (LPI); e o sexto autóctone de Zika Vírus, também de Guaraciaba.
No total, Santa Catarina registra 4.306 casos confirmados de dengue (sendo 3.951 autóctones, 260 importados e 95 em investigação de LPI), 68 casos confirmados de febre do Chikungunya (sendo 61 importados, dois autóctones e cinco em investigação de LPI) e 49 casos confirmados de zika vírus (sendo 42 importados, seis autóctones e um em investigação de LPI).