Florianópolis, 22 de julho de 2016
Até o dia 19 de julho, 660 pessoas foram internadas em hospitais catarinenses por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocada por influenza, ou seja, por gripe. Destas, 87 evoluíram para óbito, conforme aponta o Informe Epidemiológico N° 19/2016 – Vigilância da Influenza, divulgado na última quinta-feira, 21, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Em relação ao Informe Epidemiológico anterior, divulgado no último dia 12, foram confirmados 13 novos casos de SRAG por influenza em todo o estado e cinco óbitos, sendo dois no município de Camboriú, um em São José, um em Tubarão e um em Canelinha. As regiões de Chapecó, Joinville e Blumenau concentram o maior número de casos confirmados no estado até o momento.
A importância do tratamento precoce é comprovada pelo fato de que os 573 casos de SRAG por influenza que evoluíram para a cura fizeram uso do antiviral Oseltamivir (Tamiflu), em média, até quatro dias após o início dos sintomas de síndrome gripal - febre, tosse ou dor de garganta – associados à mialgia, cefaleia ou artralgia.
O Informe Epidemiológico revela, ainda, que a grande maioria das pessoas hospitalizadas por gripe (85,2%) apresentava algum fator de risco associado, sendo 310 portadores de doença crônica, 29 gestantes, três puérperas, 35 crianças menores de dois anos, 143 idosos (maior que 60 anos) e 42 obesos. As pessoas acima de 50 anos de idade representaram 41,7% do total de casos confirmados.
Prevenção
A campanha de vacinação contra a gripe em Santa Catarina este ano atingiu uma cobertura de 98% em todos os grupos prioritários, sendo esta uma estratégia eficaz na redução da doença grave entre a população mais vulnerável. Além da vacinação, outras formas eficazes de prevenção para a gripe são lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia e adotar a chamada etiqueta da tosse. Isso porque as mãos são um importante veículo de transmissão do vírus da gripe.
A partir do contato com um doente ou com uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, se a pessoa levar a mão ao rosto, causando doença grave se não tratada a tempo. O vírus é transmitido de pessoa a pessoa a partir das secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou do espirro. Ele pode, também, sobreviver por horas no ambiente, especialmente em superfícies tocadas frequentemente por várias pessoas, como corrimão, interruptores de luz, maçanetas, carrinhos de supermercado, entre outros.