A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° 10/2018 sobre a situação epidemiológica da febre amarela (FA), vigilância de epizootias de Primatas Não Humanos – PNH (macacos) e de eventos adversos pós-vacinação, em Santa Catarina, com dados até o dia 24 de abril de 2018.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Vigilância de casos humanos
A vigilância de casos humanos é feita por meio da notificação de casos com sintomatologia compatível com FA.Todo caso suspeito deve ser imediatamente comunicado por telefone ou e-mail às autoridades de saúde (em até24 horas), por se tratar de doença grave com risco de dispersão para outras áreas do território nacional einternacional.
No período de 1º janeiro a 24 de abril de 2018, foram notificados 43 casos suspeitos de febre amarela em SantaCatarina. Desses, 1 foi confirmado por critério laboratorial, 42 foram descartados (17 pelo critério laboratorial e 25pelo critério clínico epidemiológico), conforme a Tabela 1.
Tabela 1: Casos notificados de febre amarela, segundo classificação e evolução. SC, 2018.
Classificação |
Casos |
Óbitos |
||
n |
% |
n |
% |
Confirmados |
1 |
2 |
1 |
50 |
Autóctones |
0 |
0 |
||
Importados |
1 |
100 |
||
Descartados |
42 |
98 |
1 |
50 |
Em investigação |
0 |
0 |
||
Total Notificados |
43 |
100 |
2 |
100 |
Fonte: SINAN NET (com informações até 24 de abril de 2018).
O caso confirmado de febre amarela é de um residente no município de Gaspar, com histórico de viagem para omunicípio de Mairiporã/SP, o que caracteriza um caso importado.
A Tabela 2 mostra a distribuição dos casos por Região de Saúde e município de residência.
Tabela 2. Casos notificados para febre amarela segundo região de saúde e município de residência. SC, 2018.
Região de Saúde |
Município de Residência |
Notificados |
Em investigação |
Confirmados |
Descartados |
Médio Vale do Itajaí |
Gaspar |
1 |
- |
1 |
- |
Timbó |
1 |
- |
- |
1 |
|
Extremo Sul Catarinense |
Sta. Rosa do Sul |
1 |
- |
- |
1 |
Carbonífera |
Criciúma |
3 |
- |
- |
3 |
Alto Vale do Itajaí |
Trombudo Central |
1 |
- |
- |
1 |
Alfredo Wagner |
1 |
1 |
|||
Grande Florianópolis |
Florianópolis |
9 |
- |
- |
9 |
São José |
5 |
- |
- |
5 |
|
Nordeste |
Joinville |
5 |
- |
- |
5 |
São Joaquim |
1 |
- |
- |
1 |
|
Serra Catarinense |
Correia Pinto |
1 |
- |
- |
1 |
Capão Alto |
1 |
- |
- |
1 |
|
Lages |
3 |
- |
- |
3 |
|
Xanxerê |
Lageado Grande |
1 |
- |
- |
1 |
Entre Rios |
1 |
- |
- |
1 |
|
Oeste |
Palmitos |
1 |
- |
- |
1 |
Meio Oeste |
Joaçaba |
2 |
- |
- |
2 |
Campos Novos |
1 |
- |
- |
1 |
|
Foz do Rio Itajaí |
Balneário Camboriú |
1 |
- |
- |
1 |
Balneário Piçarras |
1 |
- |
- |
1 |
|
Alto Uruguai Catarinense |
Peritiba |
1 |
- |
- |
1 |
Planalto Norte |
Campo Alegre |
1 |
- |
- |
1 |
TOTAL |
43 |
0 |
1 |
42 |
|
Fonte: SINAN NET (com informações até 24 de abril de 2018). |
Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos – PNH (macacos)
A vigilância de epizootias em PNH consiste em captar informações sobre o adoecimento ou a morte desses animais para investigá-las oportunamente, a fim de se detectar precocemente a circulação do vírus amarílico e subsidiar a tomada de decisões para a adoção das medidas de prevenção e controle.
Os dados das epizootias serão divulgados conforme a sazonalidade da doença e a padronização da Secretaria deVigilância em Saúde do Ministério da Saúde, para melhor comparabilidade dos dados com os demais estados dafederação. Dessa maneira, será considerado o período de julho de 2017 a junho de 2018.
No período de julho de 2017 a junho de 2018, foram notificadas 134 mortes e 4 adoecimentos de PNH em 40 municípios de Santa Catarina, como se vê na Tabela 3.
Tabela 3. Distribuição do número de PNH acometidos, por município de ocorrência e classificação. SC, jul. 2017 a jun. 2018.
Mortes de PNH |
Total de Notificações |
||||
Município de ocorrência |
Confirmadas |
Descartadas |
Indeterminadas |
Em investigação |
|
Anchieta |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
Blumenau |
0 |
11 |
4 |
2 |
17 |
Brusque |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
Capão Alto |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Campo Belo do Sul |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Caxambu do Sul |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
Chapadão do Lageado |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Cerro Negro |
0 |
0 |
0 |
1 |
1 |
Concórdia |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
Cunhataí |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Cordilheira Alta |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Corupá |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
Florianópolis |
0 |
22 |
17 |
20 |
59 |
Guaramirim |
0 |
0 |
2 |
0 |
2 |
Indaial |
0 |
7 |
0 |
0 |
7 |
Itapiranga |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Jaraguá do Sul |
0 |
1 |
1 |
1 |
3 |
Joinville |
0 |
1 |
1 |
1 |
3 |
Lages |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Mafra |
0 |
0 |
2 |
0 |
2 |
Morro da Fumaça |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
Nova Erechim |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Novo Horizonte |
0 |
0 |
0 |
1 |
1 |
Orleans |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Paial |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Peritiba |
0 |
0 |
2 |
0 |
2 |
Pescaria Brava |
0 |
2 |
0 |
0 |
2 |
Pomerode |
0 |
0 |
3 |
0 |
3 |
Ponte Alta |
0 |
0 |
0 |
1 |
1 |
Pouso Redondo |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Rancho Queimado |
0 |
0 |
0 |
1 |
1 |
Rio do Sul |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Rio Negrinho |
0 |
2 |
0 |
0 |
2 |
Santa Rosa de Lima |
0 |
0 |
0 |
2 |
2 |
São Bento do Sul |
0 |
1 |
1 |
0 |
2 |
São Francisco do Sul |
0 |
1 |
2 |
0 |
3 |
São José do Cerrito |
0 |
0 |
2 |
1 |
3 |
Schroeder |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
Vargem |
0 |
0 |
1 |
1 |
2 |
Videira |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
TOTAL |
0 |
55 |
51 |
32 |
138 |
Informações até 24 de abril de 2018.
Eventos Adversos Pós-Vacinação
Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação e que não possui, necessariamente, uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou achado laboratorial anormal (CIOMS; WHO, 2012).
No período de 1º de janeiro a 26 de março de 2018, foram aplicadas 105.843 doses da vacina contra a febreamarela no estado de Santa Catarina. Nesse período, foram notificados 10 (0,009%) casos suspeitos de eventoadverso grave pós-vacinação. Destes, 6 (60%) foram descartados, 3 (30%) confirmados e 1 (10%) está sobinvestigação.
Reforça-se que a vacina contra a febre amarela é considerada segura, sendo a medida mais eficaz para a proteçãocontra a doença. Ela é feita a partir de vírus vivo atenuado, que estimula a produção de anticorpos contra adoença. A ocorrência de eventos adversos, em especial os considerados graves, é rara, necessita de atendimentomédico imediato e deve ser investigada pela vigilância epidemiológica.
Mais informações
- Hotsite da DIVE/SC sobre febre amarela: http://dive.sc.gov.br/febre-amarela
- Página sobre febre amarela do Ministério da Saúde: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre- amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao
- Página da Anvisa sobre saúde do viajante: http://portal.anvisa.gov.br/dicas-de-saude-para-viagem