De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), o estado tem 74 municípios infestados pelo Aedes aegypti. No mesmo período do ano passado, havia 61 municípios infestados. O dado atualizado no início de Setembro revela um aumento de 21,3% no número de cidades infestadas pelo mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
A DIVE esclarece que os municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti são aqueles com disseminação e manutenção do vetor nos domicílios. Ou seja, quando um foco é encontrado nas atividades de vigilância do vetor (realizadas por meio de armadilhas distribuídas nos municípios e por monitoramento de locais considerados pontos estratégicos, como: ferros-velhos, borracharias, depósitos de veículos etc) uma ação de varredura é desencadeada na região, dentro de um raio de 300 metros, para identificar e eliminar recipientes com água nos imóveis, locais onde o mosquito deposita seus ovos. Além disso, é realizada a coleta de larvas na ação, com o intuito de detectar outros focos. Após dois meses dessa atividade inicial, retorna-se à área para fazer a identificação e eliminação de recipientes com água. Caso novos focos forem encontrados, o local passa a ser considerado infestado. O município só deixa de ser considerado infestado após um período de oito meses sem a identificação de novos focos na área.
A Vigilância Epidemiológica Estadual vem apoiando os municípios por meio de supervisões e assessorias realizadas pelas equipes das Gerências Regionais de Saúde e capacitações dos agentes de combate às endemias. Além disso, uma equipe técnica também apoia as ações locais de forma complementar, em especial na vigilância ambiental, mediante solicitação do gestor, como ocorreu em Cunha Porã, Itapema e Pinhalzinho. O principal objetivo é manter e monitorar os indicadores, por meio de um sistema de informação de vigilância entomológica elaborado pela DIVE/SC e através do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), proposto pelo Ministério da Saúde e realizado pelos municípios infestados nos meses de Abril e Novembro. Com essas informações é possível identificar áreas de risco para transmissão de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti com antecedência, possibilitando a execução de ações preventivas de forma a minimizar o risco.