Os municípios Águas de Chapecó, Palmitos e Quilombo, localizados na Região Oeste de Santa Catarina, apresentam alto risco para transmissão de dengue, zika vírus e chikungunya, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nessa terça-feira, 27, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
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Outros 28 municípios têm indicativos de médio risco para a transmissão das doenças e 43 com risco considerado baixo.
Conforme definido na Estratégia Operacional do Estado de Santa Catarina, os municípios infestados devem realizar o LIRAa duas vezes ao ano, normalmente nos meses de Abril e Novembro. Ao todo, 74 municípios realizaram o levantamento. Santiago do Sul foi considerado infestado no final de Outubro e por isso não participou dessa atividade.
Durante o levantamento foram inspecionados 76.900 depósitos que continham água parada. Todos considerados potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti foram analisados. A maioria continha lixo ou sucata (35,8%) e depósitos móveis, como balde e prato de plantas, (34,5%). “Esses dados revelam o quanto todos temos que manter a vigilância sobre nossas casas, o nosso local de trabalho e as nossas ruas. Especialmente nessa época do ano, com calor e mais chuva, condições perfeitas para a proliferação do mosquito”, alerta João Fuck, coordenador da Sala de Situação Estadual para o Controle ao Aedes aegypti.
O objetivo do LIRAa é identificar o tipo e a quantidade de depósitos encontrados que possam ser potenciais criadouros do mosquito nos imóveis vistoriados. A atividade foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MS) em 2002, sendo realizada atualmente pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. O levantamento é feito por meio da visitas a um determinado número de imóveis do município, com a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).