Pioneira no Estado de Santa Catarina, a criação da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) do Extremo Sul começou com a preocupação dos profissionais farmacêuticos em garantir o acesso da população da região aos medicamentos essenciais, visando sua prescrição e uso, além de melhor aplicar os recursos públicos e reduzir desperdícios. A comissão orienta que a população procure os postos de saúde dos municípios para a retirada dos medicamentos prescritos. A CFT, vinculada à Regional de Saúde de Araranguá, é uma instância colegiada de caráter permanente, normativo, consultivo e deliberativo, responsável por elaborar e atualizar a Relação Regional de Medicamentos Essenciais (REREME), nas secretarias municipais de saúde dos municípios de Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Ermo, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Sombrio, Timbé do Sul e Turvo.
Para a farmacêutica Adaiane Darós, coordenadora da CFT, a aprovação do regimento interno, bem como a nomeação dos seus membros, é uma grande conquista para o Extremo Sul no que diz respeito ao assessoramento das secretarias municipais de saúde nos assuntos referentes a medicamentos e demais tecnologias de interesse no SUS. “O trabalho que culminou na concretização da criação da CFT teve início ainda no ano de 2016, com a realização de inúmeras reuniões com farmacêuticos e gestores municipais.
A padronização da Relação Regional de Medicamentos (REREME) e os protocolos de dispensação serão disponibilizados para todos os profissionais de saúde e gestores do setor, além dos usuários do Sistema Único de Saúde da região que tiverem interesse”, comenta Adaiane Darós. A criação e funcionamento da comissão foram instituídos por meio da Portaria nº 753, de 22/08/2018. A CFT tem em sua composição um profissional titular e um suplente da área da saúde de cada um dos 15 municípios que integram a região, entre eles farmacêuticos, além de médicos, enfermeiros, cirurgiões dentistas, nutricionistas e assistentes sociais.
A organização da solicitação de medicamentos que não estão incorporados ao SUS, com articulação junto às secretarias municipais e também aos promotores deJustiça, também teve grande impacto tanto na Regional de Saúde quanto nos municípios. “Estamos à disposição para trocar experiências exitosas e de como organizar o trabalho. O objetivo é o de cumprir a legislação vigente, sem esquecer o acesso da população ao insumo central da saúde, que é o medicamento”, complementa Darós.