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O governador Eduardo Pinho Moreira recebeu do secretário da Saúde, Acélio Casagrande, um balanço da gestão no setor nos últimos 10 meses. Os números mostram o aumento de cirurgias eletivas, a melhora do estoque de medicamentos, que passou de 36% para 90%, e a diminuição e regularização da dívida do setor.

Pela primeira vez em mais de 10 anos, todas as despesas da pasta foram empenhadas. Com o fortalecimento da regionalização, atualmente mais de 85% dos pacientes são atendidos em suas respectivas regiões. No Norte, o número chega a 97,17%. Ações como o Projeto Ver zeraram a fila da cirurgia de cataratas em Santa Catarina: foram mais de 23 mil procedimentos neste ano. 

Ao assumir a secretaria, Acélio Casagrande encontrou uma dívida de R$ 1,084 bilhão, sendo R$ 592 milhões de dívida contabilizada e R$ 492 milhões não contabilizadas. Em 10 meses, mais de 80% da dívida foi regularizada. Do total de R$ 1,084 bilhão, mais de R$ 500 milhões foram pagos e R$ 400 já estão empenhados. Ainda dentro do passivo da secretaria, um acordo na Justiça possibilitou que R$ 81 milhões de pendências com os municípios de Farmácia Básica e Cofinanciamento da Atenção Básica serão pagos, com intermediação do Ministério Público.

“Entregamos um avanço extremamente significativo para o próximo governador. Enfrentamos a dívida, melhoramos nossos estoques e aumentamos os procedimentos, levando mais segurança e tranquilidade às pessoas. A regionalização da Saúde está melhorando a qualidade de vida daqueles que precisam dos serviços”, destaca o governador Eduardo Moreira.

Ao todo, em 2018, foram realizadas em média 91.137 cirurgias emergenciais e 18.588 eletivas por mês em todo o estado. Santa Catarina tem o melhor desempenho de cirurgias eletivas do país. O Estado também é pioneiro em doação e transplantes de órgãos, tendo realizado 1.139 procedimentos até novembro.

Com gestão eficiente, o Estado reduziu o tempo das licitações do setor de 258 para 105 dias, comprando mais e por melhor preço. A Saúde responde atualmente por 67% de todas as compras do executivo estadual. “Hoje Santa Catarina tem um projeto de Estado, um plano regional de atenção à saúde. Buscamos a eficiência da gestão, fazendo mais com menos, reduzindo dispensas e buscando alternativas junto ao Ministério da Saúde e fortalecendo a parceria com os municípios”, ressalta Casagrande. 

Números

- O estoque de insumos e medicamentos passou de 36% para 90%. Com mais medicamentos, o número de cirurgias eletivas nos 13 hospitais públicos aumentou. Foram 10 mil a mais na atual gestão. Neste anos, os 13 hospitais próprios receberam R$ 88 milhões, as sete organizações sociais R$ 40 milhões e os 4 hospitais terceirizados R$ 4,1 milhões.

- A folha de pagamento dos servidores da Saúde caiu de R$ 80,4 milhões para R$ 77,6 milhões.

- Com serviços de teleconsultoria, 6.920 pacientes não tiveram que sair de suas regiões para obter seus diagnósticos. Cerca de 80% das consultas foram respondidas em menos de 72 horas.

- A integração do Samu e do Corpo de Bombeiros Militar permitiu mais agilidade aos atendimentos, que caíram em média de 14 para 12 minutos. A junção permitiu também uma redução de R$ 365 para R$ 315, economia de R$ 50 reais em cada uma das 315 mil ocorrências deste ano.

Farmácia Básica

- Ao atender mais e ampliar os estoques de medicamentos, passando de 36% para 90%, em 2018, a judicialização da saúde caiu. Os números da farmácia básica passaram de R$ 9,7 milhões em 2017, para mais R$ 22,4 milhões neste ano.

Municípios

– O cofinanciamento de atenção primária, recurso repassado aos municípios pelo Estado, passou de R$ 19 milhões, em 2017, para R$ 61 milhões em 2018.