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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° 09/2018 sobre a situação epidemiológica de febre amarela (FA), vigilânciade epizootias de Primatas Não Humanos – PNH (macacos)e eventos adversos pós-vacinação,em Santa Catarina, com dadosaté o dia9 de abril de 2018.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

 Vigilância de casos humanos

A vigilância de casos humanosé feita por meio da notificação de casos com sintomatologia compatível com FA. Todo caso suspeito deve ser imediatamente comunicado por telefone ou e-mail às autoridades de saúde (em até 24 horas), por se tratar de doença grave com risco de dispersão para outras áreas do território nacional e internacional.

 

No período de 1ºjaneiro a 9 de abril de 2018, foram notificados 41casos suspeitos de febre amarela em Santa Catarina. Desses, 1 foi confirmado por critério laboratorial, 38 foram descartados (14 pelo critério laboratorial e24pelo critério clinico epidemiológico) e 2 permanecem em investigação, conforme os dados da Tabela 1.

Tabela 1: Casos notificados de febre amarela, segundo classificação e evolução. SC, 2018.

Classificação

Casos

Óbitos

n

%

n

%

Confirmados

1

2

1

50

        Autóctones

0

0

        Importados

1

100

Descartados

38

93

1

50

Em investigação

2

5

Total Notificados

41

100

2

100

Fonte: SINAN NET (com informações até 9 de abril de 2018).

Os 2 casos em investigação têmhistórico de deslocamento para Áreas Com Recomendação de Vacina nos 15 dias antes do início dos sintomas. Nenhum dos casos suspeitos em investigação tinha sido previamente vacinado contra a febre amarela.

O caso confirmado de febre amarela é de um residente do município de Gaspar, com histórico de viagem para o município de Mairiporã/SP, o que caracteriza um caso importado.

A Tabela 2 mostra a distribuição dos casos por Região de Saúde e município de residência. Os dois casos em investigação residem em município de Área Sem Recomendação de Vacina (Joinville).

Tabela 2. Casos notificados para febre amarela segundoregião de saúde e município de residência.SC, 2018.

Região de Saúde

Município de Residência

Notificados

Em investigação

Confirmados

Descartados

Médio Vale do Itajaí

Gaspar

1

-

1

-

Timbó

1

-

-

1

Extremo Sul Catarinense

Sta. Rosa do Sul

1

-

-

1

Carbonífera

Criciúma

2

-

-

2

Alto Vale do Itajaí

Trombudo Central

1

-

-

1

Grande Florianópolis

Florianópolis

10

-

-

10

São José

4

-

-

4

Nordeste

Joinville

5

2

-

3

Serra Catarinense

São Joaquim

1

-

-

1

Correia Pinto

1

-

-

1

Capão Alto

1

-

-

1

Lages

5

-

-

5

Xanxerê

Lageado Grande

1

-

-

1

Entre Rios

1

-

-

1

Oeste

Palmitos

1

-

-

1

Meio Oeste

Joaçaba

2

-

-

2

Campos Novos

1

-

-

1

Foz do Rio Itajaí

Balneário Camboriú

1

-

-

1

Alto Uruguai Catarinense

Peritiba

1

-

-

1

TOTAL

41

2

1

38

Fonte: SINAN NET (com informações até 9 de abril de 2018).

>>> Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos – PNH (macacos)

A vigilância de epizootias em PNH consiste em captar informações sobre o adoecimento ou a morte desses animais para investigá-las oportunamente, a fim de se detectar precocemente a circulação do vírus amarílico e subsidiar a tomada de decisões para a adoção das medidas de prevenção e controle.

Os dados das epizootias serão divulgados conforme a sazonalidade da doença e a padronização da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, para melhor comparabilidade dos dados com os demais estados da federação. Dessa maneira, será considerado o períodode julho de 2017 a junho de 2018.

No período de julho de 2017 a junho de 2018, foram notificadas 118 mortes e 4 adoecimentos de PNH em 36 municípios de Santa Catarina, como se vê na Tabela 3. 

Tabela 3. Distribuição do número de PNH acometidos, por município de ocorrência e classificação.SC (jul. 2017 a jun. 2018).

Município de ocorrência

Mortes de PNH

Total de Notificações

Confirmadas

Descartadas

Indeterminadas

Em investigação

Anchieta

-

1

-

-

1

Blumenau

-

11

2

2

15

Brusque

-

0

-

1

1

Capão Alto

-

-

1

-

1

Caxambu do Sul

-

1

-

-

1

Cerro Negro

-

-

-

1

1

Concórdia

-

1

-

-

1

Cunhataí

-

-

1

-

1

Cordilheira Alta

-

-

1

-

1

Corupá

-

1

-

-

1

Florianópolis

-

17

17

24

58

Guaramirim

-

-

2

-

2

Indaial

-

6

-

-

6

Itapiranga

-

-

1

-

1

Jaraguá do Sul

-

1

-

-

1

Joinville

-

1

1

1

3

Lages

-

-

1

-

1

Morro da Fumaça

-

1

-

-

1

Nova Erechim

-

-

1

-

1

Novo Horizonte

-

-

-

1

1

Orleans

-

-

1

-

1

Paial

-

-

1

-

1

Peritiba

-

-

2

-

2

Pescaria Brava

-

1

-

-

1

Ponte Alta

-

-

-

1

1

Pouso Redondo

-

-

1

-

1

Rancho Queimado

-

-

-

1

1

Rio do Sul

-

-

1

-

1

Rio Negrinho

-

2

-

-

2

Santa Rosa de Lima

-

-

-

2

2

São Bento do Sul

-

1

-

-

1

São Francisco do Sul

-

-

2

1

3

São José do Cerrito

-

-

1

1

2

Schroeder

-

-

1

-

1

Vargem

-

-

1

1

2

Videira

-

-

1

-

1

TOTAL

0

45

40

37

122

Fonte: Dive/SC. Informações até 9 de abril de 2018.

Do total de PNH acometidos, 40 (32,7%)tiveram a causa do óbito indeterminada (sem possibilidade de diagnóstico devido à ausência de coleta de amostras para análise), 45 (36,8%) foram descartados por critério laboratorial (resultado negativo para febre amarela) e 37(30,3%) permanecem em investigação.

Os municípios que registraram epizootias no período de monitoramento de julho 2017 a junho de 2018 estão dispostos naFigura 2. Até o dia 4 de abril de 2018, o estado de Santa Catarina não registrou nenhuma epizootia confirmada por FA.

Figura 2.  Epizootias em PNH segundo município de ocorrência. SC (jul. 2017 a jun. 2018).

Historicamente, a maior frequência de óbitos de PNH ocorre entre dezembro emaio (período sazonal), mesesem que os serviços de vigilância devem estar mais sensíveis à suspeição de casos humanos e à ocorrência de epizootias. No entanto, é essencial que a população, diante do conhecimento de mortes de PNH, informe,em até 24 horas, as autoridades de saúde para que as coletas de amostras ocorram em tempo oportuno, visando a redução do número de epizootias indeterminadas.

>>> Eventos Adversos Pós-Vacinação

Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação e que não possui, necessariamente, uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou achado laboratorial anormal (CIOMS; WHO, 2012).

No período de 1º de janeiro a 26 de março de 2018, foram aplicadas 83.288 doses da vacina contra a febre amarela no estado de Santa Catarina. Nesse período, foram notificados 10 (0,012%) casos suspeitos de evento adverso grave pós-vacinação. Destes, 6 (60%) foram descartados, 3 (30%) confirmados e 1 (10%) está sob investigação.

Reforça-se que a vacina contra a febre amarela é considerada segura, sendo a medida mais eficaz para a proteção contra a doença. Ela é feita a partir de vírus vivo atenuado, que estimula a produção de anticorpos contra a doença. A ocorrência de eventos adversos, em especial os considerados graves, é rara, necessita de atendimento médico imediato e deve ser investigada pela vigilância epidemiológica.     

               

>> Mais informações

• Hotsite da DIVE/SC sobre febre amarela: http://dive.sc.gov.br/febre-amarela/

• Página sobre febre amarela do Ministério da Saúde: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao

• Página da Anvisa sobre saúde do viajante: http://portal.anvisa.gov.br/dicas-de-saude-para-viagem