A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirma o segundo caso de febre amarela em humano neste ano. O paciente está internado no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, unidade referência de infectologia em Santa Catarina. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC) confirmou o diagnóstico para a doença no último domingo, dia 2.
O homem de 40 anos é morador de Jaraguá do Sul, no Planalto Norte do estado, e não tem registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
O primeiro paciente diagnosticado com febre amarela neste ano, no dia 24 de janeiro, também permanece internado no mesmo hospital. Ele tem 47 anos e é morador do município de São Bento do Sul, Planalto Norte, também sem registro de vacina no sistema. Em 2019, o estado registrou duas mortes em humanos por conta da doença.
A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A vacinação é a melhor forma de se proteger da doença. A dose é gratuita. Até o momento, a cobertura vacinal do Estado está em 84%, abaixo do que é recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de vacinar pelo menos 95% do público-alvo.
“Por isso, reforçamos que todas as pessoas com mais de nove meses, que ainda não receberam a vacina, precisam procurar uma unidade de saúde para se proteger. A vacinação é essencial, sobretudo para as pessoas que residem nos locais onde estão acontecendo as mortes dos macacos” afirma João Fuck, gerente de zoonoses da SES.
Mortes de macacos
A SES também confirmou nesta segunda-feira, 3, mais dois macacos mortos por febre amarela. Os bugios foram localizados em Corupá, no dia 26 de dezembro de 2019, e em Blumenau, no dia 7 de janeiro deste ano.
No total, foram contabilizadas nove mortes de macacos por febre amarela em 2019 (Garuva, Joinville, Indaial, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Corupá) e dois animais diagnosticados com a doença em 2020 (Blumenau e Pomerode).
Na semana passada, a SES solicitou que a população se vacine contra a febre amarela. Uma reunião envolvendo técnicos da pasra serviu para a definição de protocolos e de um esforço conjunto entre vários setores visando o enfrentamento da doença. Além do secretário Helton de Souza Zeferino participaram do encontro o médico Rafael Galliez, do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS) do Rio de Janeiro e a infectologista Ho Yeh Li, que atua na UTI da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Os dois atuaram no combate à febre amarela nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e são considerados especialistas na questão do manejo e assistência a pacientes com a doença.