Santa Catarina tem 1.339 casos de dengue confirmados neste ano. O número representa mais do que o dobro registrado no mesmo período do ano passado, quando o estado contabilizava 564 casos da doença. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça as orientações de prevenção para evitar a doença. Os dados estão disponíveis no último boletim da Vigilância Entomológica do Aedes aegypti e Situação Epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus divulgado nessa quinta-feira, 16, pela SES.
Para João Fuck, gerente de zoonoses da SES, o cenário é preocupante. “As equipes da Secretaria de Estado da Saúde monitoram diariamente a situação da doença no estado, acompanhando e auxiliando tecnicamente os municípios nas ações a serem realizadas. Mas, mais uma vez, é importante reforçar que todos precisam fazer a sua parte para controlar a proliferação do mosquito. É preciso eliminar locais que possam acumular água e que sirvam de criadouro para o Aedes aegypti”, salienta.
Com relação aos casos autóctones, aqueles contraídos dentro do estado, SC contabiliza 1.110 casos. O que representa um aumento de 120% em relação ao boletim anterior, divulgado 15 dias atrás, quando o estado tinha 503 casos autóctones confirmados. O município de Joinville tem 608 casos autóctones, o que representa 54,8% do total do estado.
Dois municípios do Oeste estão em condição de epidemia: São Carlos e Coronel Freitas. A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Em São Carlos, a taxa de incidência é de 593,9 casos por 100 mil/ hab. e em Coronel Freitas, é de 430,8 por 100 mil/ hab.
O que é dengue?
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
A primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
• evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
• guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• mantenha lixeiras tampadas;
• deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
• trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• mantenha ralos fechados e desentupidos;
• lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
• retire a água acumulada em lajes;
• dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
• mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
• evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
• denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
• caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Acesse o boletim compelo aqui