O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN/SC) recebeu nesta terça-feira, 14, um lote com insumos que irão contribuir para a redução do tempo de espera por resultados. A unidade recebeu 100 kits de extração viral, o que equivale a 25 mil testes, que foram adquiridos pela Secretaria de Estado de Saúde. Nesta semana, o Lacen recebeu também 200 kits de detecção do Ministério da Saúde (CGLAB), totalizando 19,2 mil testes.
Foto: Robson Valverde
Até semana passada, a maior fonte dos kits de extração de RNA era proveniente do Ministério da Saúde e tinha capacidade limitada de atendimento. A compra realizada pela SES marca uma nova fase para a agilidade dos exames. “Com isso, Santa Catarina aumentará suas condições de testagem e isso terá impacto imediato nos exames que aguardam processamento”, resume a Superintendente de Vigilância em Saúde, Raquel Bittencourt.
Parceria resulta em agilidade dos resultados
Graças a uma parceira entre o Governo do Estado de Santa Catarina e o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde já encaminhou aproximadamente quatro mil amostras do Lacen Florianópolis e do Lacen Joaçaba/Embrapa Concórdia para os centros de testagem de Covid-19, disponibilizados pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública. Nesta semana, serão encaminhados mais mil amostras. Com essa estratégia, o Lacen voltará a liberar os resultados dos exames de Covid-19 em até 72 horas. Os centros de testagem foram implantados pelo Ministério da Saúde nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará para aumentar o número de testes realizados no país.
“Todos os testes que nós tivermos excedentes serão transportados para laboratórios como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o DASA e o IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná), que possuem uma capacidade de testagem de até oito mil testes ao dia. Hoje, o Lacen de SC faz cerca de mil testes/dia”, destaca a superintendente Raquel Bittencourt.
O Laboratório Central em Santa Catarina conta ainda com a colaboração de importantes parceiros, como o Hemosc, a Universidade Federal de Santa Catarina e a Embrapa Concórdia, que atua na região Oeste e Meio-Oeste juntamente com o Laboratório Regional de Joaçaba.
“O exame de RT-PCR para identificação do vírus causador da Covid-19 é complexo e, dentro do laboratório de Biologia Molecular, está dividido em duas importantes fases: a extração do RNA Viral e a detecção, propriamente dita, totalizando cerca de oito horas para a execução do exame”, explica Marlei Pickler Debiasi, diretora do Lacen/SC. “As ações conjuntas das esferas de governo, instituições e sociedade vão resultar em maior capacidade de resposta à população”, acrescenta.
Mais equipamentos para processamento de testes
Recentemente, a SES adquiriu para o Lacen mais um equipamento para a fase de detecção do vírus, somando-se aos seis já em utilização pelo laboratório, sendo que três foram emprestados por organizações parceiras. Em breve, o Laboratório Central receberá ainda um equipamento da Fiocruz para ampliar a capacidade de realização da fase de extração do RNA viral das amostras dos pacientes, que hoje é realizada parte de forma automatizada e parte de forma manual.
“Nós conseguimos fazer 43 testes a cada duas horas e meia com nosso equipamento atual. Com o reforço, passaremos a fazer 100. Isso refletirá em nossa capacidade de atender o máximo de demanda que conseguirmos e diminuirá o tempo de espera pelo resultado”, resume Raquel.