Referência para a região da Associação dos Municípios do extremo Sul Catarinense (AMESC), a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Regional de Araranguá (HRA) completa dois anos com histórias de superação. Desde sua implantação, em 12 de setembro de 2018, a unidade já atendeu 370 recém-nascidos. Entre eles, o caso raro do bebê prematuro extremo.
Foto: Julio Cavalheiro / Secom
“Sem a UTI Neonatal no HRA, a Anallu não teria sobrevivido. Fazer uma transferência com ela tão pequena e sem condições de respirar sozinha não seria possível. O suporte, atenção e dedicação da equipe médica e de enfermagem salvou a nossa filha. Certamente Deus utilizou as mãos da equipe Neonatal do hospital para cuidar da nossa princesa”, contou a paciente Aline Rosa Barrim Teixeira, mãe da pequena Anallu, recém-nascida que foi atendida pela UTI Neonatal do Hospital Regional de Araranguá.
O bebê prematuro foi salvo devido à agilidade e eficiência da equipe. Em decorrência da mãe ter síndrome de HELLP, condição de paciente com pré-eclâmpsia grave (complicações de pressão arterial elevada durante a gravidez), Anallu nasceu com 24 semanas (metade do período de gestação), pesando 620g e com 26 centímetros de comprimento, no Hospital Regional de Araranguá. Após meses de internação, recebeu alta já pesando 2,335 kg.
“Nós sentimos todo esse amor, carinho, empenho e cuidado da equipe ao acompanhar diariamente a evolução da Anallu. Trataram nossa família de um jeito especial, não éramos simples pacientes, éramos vidas preciosas. Foram mais de 98 dias de estadia no hospital e a equipe era como se fosse da família. Fomos tratados com muito respeito, dignidade e profissionalismo. Somos eternamente gratos a essa equipe que nos devolveu nossa menina absolutamente perfeita e saudável”, emociona-se Aline.
Anallu. Foto: Divulgação / IMAS
Estrutura que salva os pequenos
A UTI Neonatal do Hospital Regional de Araranguá conta com cinco leitos e uma equipe multiprofissional exclusiva composta por médicos neonatologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, entre outros. Ao total são 36 profissionais divididos em turnos, que diariamente se dedicam aos cuidados minuciosos com os pequenos.
Atualmente o setor oferece estratégias de humanização, a exemplo do método canguru, a hora do soninho, banho de ofurô, musicoterapia, redeterapia e polvo de crochê, que proporcionam medidas de conforto para aproximar o prematuro com o vínculo materno, melhorando o desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo.
Atenção para mamãe e bebê
Segundo a direção do HRA, para facilitar o acesso à UTIN, as mães dos recém-nascidos são acolhidas e acomodadas em um ambiente da instituição, onde recebem alimentação balanceada para facilitar o aleitamento materno exclusivo que é incentivado até o momento da alta hospitalar. São oferecidos também outros serviços como fonoaudiologia e atendimento psicológico, já que muitas mamães vivenciam situações de incertezas durante todo o período de internação de seu filho.
‘’É muito gratificante acompanhar a evolução dos nossos pacientes, desde suas pequenas conquistas diárias até o momento da alta para enfermaria. Buscamos sempre trabalhar priorizando a humanização do cuidado e conseguimos visualizar na prática o quanto isso reflete diretamente no binômio, mãe e recém-nascido’’, afirma Bruna Coelho, enfermeira coordenadora da UTI Neo do HRA.
A equipe do HRA proporciona aos recém-nascidos com necessidade de suporte intensivo uma oportunidade de sobrevida. São bebês que necessitam de cuidados em tempo integral e de equipamentos específicos, como por exemplo, monitores multiparâmetros, incubadoras e respiradores.
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