A Matriz de Risco Potencial atualizada nesta quarta-feira, 09, pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que Santa Catarina está com três regiões em estado gravíssimo em relação à pandemia de Covid-19, menor número desde julho. Naquele mês, SC chegou a ter 12 locais neste patamar. Na semana passada, eram cinco regiões que estavam na situação.
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Arquivo / Secom
“Essa atualização demonstra que estamos no caminho certo no enfrentamento à pandemia de Covid-19 em Santa Catarina. Junto com os municípios e com os catarinenses, estamos avançando neste combate ao inimigo comum. Nosso foco sempre foi preservar vidas e para isso ampliamos a rede de atendimento hospitalar em todas as regiões. Por outro lado, também tivermos a retomada das atividades econômicas com responsabilidade, para garantir o emprego e renda no estado”, reforça o governador Carlos Moisés.
A matriz de risco potencial das regiões foi atualizada durante a semana e os dados divulgados preliminarmente aos municípios catarinenses.
"Aumentamos em 120% nossa estrutura hospitalar desde o início das ações de enfrentamento à pandemia para que nenhum catarinense ficasse sem atendimento médico. Nosso estado é referência no enfrentamento à pandemia. Agora o importante é continuar avançando nos índices, seguindo as medidas de prevenção estabelecidas”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.
Em relação à avaliação realizada na semana passada e divulgada no dia 02 de setembro, deixaram a situação gravíssima as regiões Carbonífera, Oeste, Meio-Oeste e Alto Vale do Itajaí.
Pelo levantamento realizado esta semana, foram classificadas para o risco mais elevado as regiões de Laguna e Alto Vale do Rio do Peixe. A região Nordeste permaneceu com o risco gravíssimo e a o Extremo Oeste foi reclassificado para o risco alto.
A avaliação de risco potencial mostra que as dimensões relacionadas à taxa de isolamento social e também de isolamento dos casos foram as que mais contribuíram para o cenário grave e gravíssimo das regiões. Além disso, são avaliadas as dimensões de ampliação de leitos e de reorganização de fluxos assistenciais.
Tais dados orientam as medidas de restrição e isolamento que devem ser tomadas regionalmente, de acordo com o determinado na portaria 658, divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde.
Mudanças na avaliação
A Matriz de Avaliação de Risco Potencial Regional desta semana trouxe uma alteração. Até então, o cálculo de ocupação de leitos de UTI considerava a “taxa de ocupação de leitos de UTI SUS GERAL”. A partir da avaliação realizada no dia 09 de setembro, a medida adotada no seu cálculo foi alterada de para “taxa de ocupação de leitos de UTI SUS COVID”.
Essa alteração vem em um momento que se observa diminuição da internação de pessoas em UTIs no estado de Santa Catarina por casos graves de Covid-19. Nos hospitais, os leitos reservados para a doença têm um isolamento respiratório específico, e a ocupação de leitos de UTI não reservados se dá quando há esgotamento de vagas isoladas. Com a redução do número de casos graves, a possibilidade de ocupação de todas as vagas em isolamento que gere necessidade de ocupação de outros leitos de UTI diminui, tanto que as cirurgias eletivas foram autorizadas e podem ocupar leitos de UTI gerais.
O Estado continua contando com os leitos de UTI geral para a internação de casos graves de Covid-19 que necessitem de vaga, no entanto, especificou o indicador para cálculo de risco, no intuito de qualificar a matriz para a realidade apresentada. Desde a sua implantação, a ferramenta adotada pelo estado para identificação do risco regional possibilita a sua atualização de acordo com o cenário pandêmico, disponibilidade de dados e aumento do conhecimento técnico-científico disponível.
A SES criou a ferramenta de acompanhamento da situação do coronavírus que pode ser acessada também pelos cidadãos. A plataforma aponta o cenário das macrorregionais de saúde divididas em quatro situações: Gravíssimo, Grave, Alto e Moderado. A atualização ocorre semanalmente e no link ainda é possível encontrar as recomendações para Poder Público, iniciativa privada e setor produtivo.
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