O Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), de Florianópolis, está participando do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), por meio do Projeto Conectando Vidas do Hospital Sirío Libanês. A iniciativa, que integra o Programa de Cuidados Paliativos do SUS, visa contribuir com a facilitação da comunicação entre pacientes internados com Covid-19 e seus familiares, além do boletim médico virtual, e deve se estender para 2021.

O novo coronavírus trouxe mudanças nas dinâmicas hospitalares com relação às visitas e acompanhantes. Cinthia Rosa, coordenadora do serviço social hospitalar e ponto focal do projeto no HGCR, conta que “o projeto chegou ao hospital em um período primoroso, tendo em vista a grande necessidade já avaliada por toda a equipe multiprofissional, no que diz respeito aos processos de luto, redução das angustias e organização emocional de familiares e pacientes acometidos por este distanciamento. Notamos que as dificuldades de comunicação desses pacientes vão sendo sanadas e organizadas, e que trás satisfação não só para a família e paciente, como para os profissionais envolvidos”.

Segundo a profissional, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a direção hospitalar do HGCR são instituições altamente humanizadas, pois adotaram a proposta, se colocando à frente e à disposição do projeto. “A adesão e comprometimento da equipe multiprofissional, psicologia, medicina e enfermagem foi essencial para a que o projeto se firmasse”, explica Cinthia.

Como funciona

O projeto está sendo desenvolvido desde o início de novembro e deve se estender diante da necessidade do Hospital Celso Ramos e da SES. “O HGCR trabalha com dispositivos de comunicação (tabletes) e internet doados pelo Sírio Libanês, que contratou uma equipe para unir o que já é oferecido pela unidade hospitalar às ferramentas do projeto. A comunicação com as famílias, é feita por meio de vídeo-chamadas e boletins virtuais”.

De acordo com Cinthia Rosa, a chegada do projeto conectando vidas é um grande legado para a SES. “Criar estratégias de se reorganizar diante do cenário atual de pandemia e das restrições indiscutivelmente necessárias, pensar em alternativas para reduzir o sofrimento dos envolvidos e sustentar a prática da assistência humanizada, é ter um olhar muito sensível e aguçado para as necessidades de nossos pacientes”.

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