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O leite materno é o principal alimento de bebês nos primeiros seis meses de vida. A Organização Mundial da Saúde - OMS, indica que crianças devem receber o leite materno até os dois anos, porém, para os bebês prematuros, aqueles nascidos antes das 37 semanas de gestação receber esse alimento pode ser um desafio.

Os Bancos de Leite Humano - BLH atuam diretamente nessa causa, auxiliando mães e bebês no processo de amamentação. Além de acolher as mulheres com dificuldades de realizar o procedimento de forma correta, são também responsáveis por coletar e distribuir o alimento para os recém-nascidos internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. “Por vezes as mães passam por uma gestação de alto risco e no pós-parto ainda não estão em condições de realizar a amamentação de seus bebês. Então, precisamos dessas doações enquanto as próprias mamães não conseguem atender as necessidades de amamentação de seus filhos”, explica a Coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Carmela Dutra, Cecília Melo.

Para seu funcionamento o BLH depende diretamente de suas doadoras e esse ano, em especial, as dificuldades se tornaram maiores devido à pandemia da COVID-19. O reflexo disso pode ser visto nos estoques. Na maternidade Carmela Dutra, são necessários 20 litros de leite por semana, porém o Banco tem recebido entre 10 e 12 litros. “Nesta época é esperada uma redução no número de doadoras, como habitualmente acontece, porém, esse ano a redução foi grande aliada a uma grande ocupação de leitos na UTI Neonatal”, afirma Cecília.  

Atualmente a UTI Neo da Maternidade está com 11 recém-nascidos internados, além dos bebês internados no Alojamento Conjunto, que havendo a necessidade, também podem vir a receber o leite. Segundo a Rede Global de Bancos de Leite Humano as evidências científicas indicam que bebês prematuros e/ou com patologias que se alimentam de leite humano no período de privação da amamentação possuem mais chances de recuperação e de terem uma vida mais saudável.

Mayara Santana sabe bem da importância da amamentação, mãe de Caio de 2 anos e Hugo de apenas um mês, ela começou a doar logo depois do nascimento do primeiro filho. “A gente sabe o quanto é importante a amamentação com leite materno que é o alimento de ouro e tantas crianças na UTI com mães que ainda não conseguiram produzir o leite, que tem dificuldades e que podem ser ajudadas com esse simples ato que é só tirar o teu leite e congelar”, afirma a doadora.

Para facilitar o processo de doação, a equipe do BLH realiza a coleta domiciliar. Os profissionais levam na casa das mães os vidros já higienizados e depois fazem a retirada. Para Mayara isso facilita muito o processo. “A Carmela Dutra faz tudo, elas vêm na tua casa entregam o pote, tu tiras o leite, tu congelas e elas vem buscar então para a gente fica muito fácil, eles facilitam o trabalho para a doação”, complementa.  

Toda mulher saudável, que não seja caso suspeito ou confirmado de COVID-19 e que tenha leite excedente a necessidade do bebê que amamenta, pode doar. Buscando aproximar o contato com as doadoras, o Banco de Leite criou um WhatsApp em que todas as dúvidas podem ser esclarecidas: (48) 9169-3822.

“Eu não tive dúvidas de que eu doaria novamente se eu tivesse condições. Eu sempre me coloquei no lugar daquelas mães daqueles bebes da UTI pensando que se eu não conseguisse dar para o meu filho eu queria ter uma solução, e se cada um faz um pouquinho todo mundo é ajudado”, complementa Mayara.

Mais informações para a imprensa:

Karla Lobato
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde - SES
Fone: (48) 3664-8820 / 99913-0316
E-mail: imprensa@saude.sc.gov.br
Site:www.saude.sc.gov.br