icone facebookicone twittericone instagram

Um levantamento da Secretaria da Saúde (SES) apontou que, até setembro deste ano, 134.203 cirurgias eletivas foram realizadas no Estado, um número que, inclusive, supera o do ano passado inteiro, que foi de 98 mil eletivas, quando Santa Catarina já havia ficado entre os melhores estados do país. Hoje, a fila é de 101.808 cirurgias eletivas de alta e média complexidade, sendo que 123.036 procedimentos entraram só neste ano, algo que nunca havia ocorrido antes.

Na avaliação da SES, o número alto de pessoas que foram inseridas no sistema de Regulação para uma cirurgia eletiva em 2022 também evidenciou um sistema acolhedor e que funciona. "Estamos, afinal, falando de demanda para médicos especialistas, exames para encaminhamentos e assim por diante. O alto número de acessos em 2022 não significa apenas um aumento de adoecimentos, mas que as pessoas passaram a ter acesso a um serviço mais confiável, acolhedor e de qualidade", apontou o secretário da Saúde Aldo Baptista Neto.

Do primeiro ao nono mês de 2022, houve um aumento de 80% no número de cirurgias eletivas no Estado. Isto foi possível graças à média de produção hospitalar e ambulatorial das eletivas, que aumenta mês a mês: era cerca de 9,5 mil em janeiro; passou para 12,4 mil em fevereiro; 15,2 mil em março; 12,8 mil em abril; foi para 15,4 mil em maio; 16 mil em junho; 17 mil em julho; 17,3 mil em agosto; e 17,4 mil em setembro.

“Esse aumento na produção mostrou os esforços dos nossos servidores e dos nossos hospitais no dia a dia. Desde março, nós elaboramos grandes estratégias, que deram resultado. Uma delas foram as reuniões personalizadas com as equipes de gestores dos 35 maiores hospitais do nosso Estado. Implementamos a depuração da fila das eletivas, com a estruturação de equipes de telemarketing em cada uma das oito macrorregiões, as quais buscam o contato através de ligações telefônicas para compreender a situação de cada paciente. E também fizemos o acompanhamento mensal entre o que foi assinado em contrato pela unidade e o que de fato é realizado”, resumiu o secretário Aldo Baptista Neto.

Mais de 30 mil pessoas não atendem ou não querem fazer a cirurgia

Uma das ações prioritárias das equipes da SES foi se dedicar à depuração da fila de espera, buscando compreender a situação de cada um desses pacientes. Para isso, foram estruturadas equipes de telemarketing em cada uma das oito macrorregiões do estado que buscaram o contato por meio de ligações telefônicas. Algumas regiões já depuraram praticamente 100% da fila anterior à 2022, como o caso do Sul, da Serra Catarinense e da Foz do Rio Itajaí. As depurações mais longas estão na Grande Florianópolis, no Norte-Nordeste e no Grande Oeste.

Com esse trabalho, já foi possível avaliar o quadro de 52.342 pessoas que aguardam na fila por uma cirurgia. Destas, 25.973 não atendem ou estão com o número sem atualização no cadastro, mais de 3 mil não têm interesse e mais de 3,2 mil já realizaram.

No caso dos cidadãos que não foram encontrados via telefone cadastrado, a SES encaminhou aos gestores municipais seus dados para que procedimentos de contato fossem refeitos telefonicamente e presencialmente. Esse fluxo foi pactuado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Segundo o regramento da deliberação, os municípios devem realizar cinco tentativas de contato, eles devem ser realizados primeiramente por telefone, caso não tenha sido possível, equipes de atenção primária também deverão realizar a busca ativa nos endereços de cadastro.

Saúde próxima de zerar fila de alta complexidade anterior à 2022

Santa Catarina tem 7.587 pessoas na fila de espera para uma cirurgia de alta complexidade até 2021. Com a depuração e a aceleração das eletivas feitas pela Secretaria de Estado da Saúde se pôde reduzir a fila significativamente. “Havia pacientes desde antes de 2018, na alta complexidade. Hoje, a maior parte dos que aguardam entrou neste 2022. É natural, pois as necessidades não param e nunca pararão. Faz parte do Sistema Único de Saúde. Mas há exemplos extraordinários do que fizemos, como o da Serra Catarinense, onde há menos de mil pessoas esperando seu procedimento neste ano. Isso tudo pós-pandemia. Fizemos avanços significativos, dia após dia, com qualidade e técnica”, concluiu o secretário da Saúde Aldo Baptista Neto.

Política Hospitalar Catarinense

Para a produção das eletivas, a Política Hospitalar Catarinense (PHC) foi fundamental para acelerar os procedimentos desde que foi implementada. Ao todo, o investimento do Estado na PHC podia chegar a mais de R$ 600 milhões em 2022. Foi utilizado quase R$ 400 milhões. Um número histórico de investimento em saúde, já que em 2021 foram R$ 268 milhões.

Reconhecimento

Foi consenso nas regiões de Saúde do Estado que a Política Hospitalar Catarinense manteve financeiramente ativas mais de 150 unidades hospitalares durante períodos históricos de urgência e emergência vividos nestes últimos três anos. Atualmente, 173 hospitais são contemplados com contratos e convênios que preveem a realização de 25 mil cirurgias eletivas ao mês.

Mais informações para a imprensa:
Andrey Lehnemann
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
secretariadeestadodasaude@gmail.com