Para analisar o cenário epidemiológico de Palhoça e São José, que concentram a maior parte dos casos de dengue de Santa Catarina, a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, juntamente com técnicos da Gerência Regional de Saúde da Grande Florianópolis, da Superintendência de Vigilância em Saúde e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, estiveram reunidos nesta sexta-feira, 10.
O encontro ocorreu em Palhoça, que registra a maioria dos casos (650). “A situação em alguns municípios é mais complexa, como é o caso de São José e aqui. Precisamos intensificar as ações em conjunto com os municípios. Por isso, trabalharemos com medidas coordenadas que ultrapassam as secretarias de Estado da Saúde e dos dois municípios, mas também junto com a assistência social e com as demais estruturas de governo para que a gente possa minimizar os efeitos e evitar o máximo possível óbitos causados por dengue, uma doença que você pode prevenir”, relatou Carmen Zanotto.
Foto: Secom
Além disso, a adaptação do Aedes aegypti à região foi um dos pontos abordados. “O vetor está adaptado ao clima. Estamos vivendo um período de intenso calor e com chuvas significativas. Isso torna o ambiente propício para a reprodução e proliferação do mosquito e estamos passando pelo período sazonal da doença”, destacou Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde de SC.
Esse cenário e a situação de intensa vulnerabilidade social de alguns bairros da região tornam o controle ao mosquito ainda mais difícil. “Eliminar os criadouros segue sendo a melhor estratégia de prevenção à dengue. E o que encontramos em muitos locais e que preocupa bastante é lixo a céu aberto, por exemplo. Por isso, precisamos unir esforços e tentar reduzir os números. Cada um fazendo sua parte para eliminar locais que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito”, alertou João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.
Ações conjuntas
As medidas de controle ao vetor serão implementadas de forma organizada na Região da Grande Florianópolis. E para isso, será instalado em breve um centro de gerenciamento que vai concentrar e organizar as ações.
“Pretendemos aumentar o número de agentes de endemias. Temos um déficit desses profissionais e levaremos isso ao Ministério da Saúde. Queremos também buscar, junto ao Ministério e à Fiocruz, a expertise que eles têm em outros estados para que possamos adotar em Santa Catarina e minimizar os efeitos da doença. Em outra frente solicitar ao Ministério que se faça o mesmo esforço adotado durante a pandemia e que adquira as vacinas e as disponibilize para os Estados e municípios que tenham a necessidade de imunizar a sua população”, explicou Carmen Zanotto.
Dengue
Na presença de febre de início abrupto, associada à forte dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dores musculares, nas articulações e fraqueza, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde para evitar o agravamento do quadro.
Apesar de não haver um medicamento específico contra o vírus da dengue, o diagnóstico precoce é muito importante para reduzir o risco de dengue grave e de morte pela doença. A hidratação é o principal tratamento contra a dengue.
A Dive ainda orienta os profissionais de saúde do estado a utilizar o fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente com dengue, disponível aqui, mantendo atenção especialmente para grupos como crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, assim como para os sinais de alarme e gravidade da doença.
Confira aqui o último informe epidemiológico da dengue.
Prevenção
– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
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Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
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