Terapia nasal de Alto Fluxo (CNAF), utilizada no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, está auxiliando no tratamento do pacientes com bronquiolite viral aguda e demais casos de insuficiência respiratória leve a moderada. O equipamento é uma modalidade de apoio respiratório não invasiva - reduz a necessidade de internação na UTI, que fornece aos pacientes uma mistura de gases condicionadas, aquecidas e totalmente umidificadas, por meio de uma cânula nasal.
Os parâmetros do Alto Fluxo são definidos pela equipe médica ou de fisioterapia. É de responsabilidade do enfermeiro e do fisioterapeuta a instalação do equipamento no paciente, e a equipe de enfermagem é responsável pelo cuidado e manutenção segura da terapêutica, além da comunicação de alterações dos parâmetros respiratórios do paciente.
Conforme a coordenadora do serviço de Fisioterapia do HIJG, Ana Carolina da Silva Almeida, a terapia nasal de Alto Fluxo é indicada para pacientes com insuficiência respiratória leve a moderada, auxiliando na melhora da ventilação e na redução do esforço respiratório. “O uso pode prevenir necessidade de intubação e de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Reduz frequência respiratória, frequência cardíaca e sinais de esforço respiratório, contribuindo para estabilização clínica do paciente", explica.
O chefe do Serviço de Pneumologia Pediátrica do HIJG, Eduardo Piacentini Filho, ressalta que a principal estratégia terapêutica no manejo da bronquiolite viral aguda é a oxigenoterapia e entre as modalidades disponíveis para oferecer oxigênio ao paciente está a cânula nasal de Alto Fluxo. “Ela consiste na oferta de um fluxo de oxigênio, isolado ou misturado com o ar, acima do pico de fluxo inspiratório da criança. Os gases são umidificados e aquecidos até um valor próximo à temperatura corporal (34-40°C)”, descreve o médico.
Antes da aquisição dos Alto Fluxos, que ocorreu em maio de 2021, os pacientes do HIJG com insuficiência respiratória moderada necessitavam de internação em UTI para realização de ventilação não invasiva. Atualmente, com o uso dessa terapia, é possível manter uma parte desses pacientes em leitos de enfermaria.