A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está acompanhando e demandando todos os esforços, junto com a direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), para prestar assistência aos pacientes que procuram por atendimento na Emergência da unidade.
Foto: Secom/SC
Diante deste cenário de alta procura por atendimento, servidores do HIJG (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem) estão sendo remanejados para ampliar a força de trabalho e atender a todos de forma mais célere na Emergência da unidade, de acordo com a classificação de risco de cada paciente.
Neste domingo, 30, o setor já conta com mais profissionais prestando atendimento aos pacientes.
Entre as ações já realizadas, foram abertos, no dia 4 de abril, sete novos leitos pediátricos no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) para atender a demanda que chega na Emergência, além disso está sendo ampliado o quadro de pediatras da unidade. A chamada Unidade de Suporte à Emergência conta com sete leitos com cadeiras de acompanhante e está localizada na estrutura onde até o final do ano passado funcionava o Hospital Dia, anexa ao Ambulatório Geral. Os leitos estão equipados com bomba de infusão e cilindro de gases medicinais.
Esta alta procura por atendimento na emergência do HIJG está relacionada ao momento sazonal, com o aumento nos casos de doenças infecciosas virais identificadas como a dengue e as doenças respiratórias, refletindo na busca por atendimentos no sistema de saúde do Estado, abrangendo todas as regiões, não só a Grande Florianópolis.
Situação no Estado
Todas as unidades estão se organizando para atender a ampliação da demanda, no entanto, os dados apontam que cerca de 50% dos atendimentos são pacientes classificados como de baixa prioridade (verde), neste sentido é importante esclarecer que os hospitais utilizam o protocolo da SES na triagem de classificação de risco, priorizando os atendimentos de maior gravidade.
Para auxiliar os municípios na ampliação dos atendimentos, foi determinado pelo governador Jorginho Mello e publicado em portaria, a ampliação do horário estendido de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) até às 22h. A portaria determina também a ampliação de equipes nas UBS, UPAS e serviços de emergência de todo o Estado para atendimento à população. Essas ampliações serão custeadas com recursos do Governo do Estado no valor total de R$ 10 milhões. A ação busca, além de ampliar os atendimentos na Atenção Primária, reduzir a procura às emergências hospitalares, para que possam atender os casos mais graves.
Além disso, também foi publicado o decreto de situação de emergência em saúde pública nos hospitais da Grande Florianópolis. Entre as obras previstas estão a ampliação e a construção de uma nova emergência no Hospital Infantil Joana de Gusmão, além de mais 20 leitos de UTI para o mesmo hospital. Na Maternidade Carmela Dutra, além de todas essas melhorias internas, a proposta é também ampliar os leitos de UTI. Já no Hospital Regional os planos são para uma nova emergência, com a ampliação da estrutura atual.
A SES reitera que caso o número de solicitações de leitos de UTI exceda a disponibilidade de leitos SUS disponíveis nas macrorregiões, e havendo necessidade a Central Estadual de Regulação de Internações Hospitalares (CERIH) faz a busca na rede privada, realizando a contratação de leitos para suprir a demanda, o que já tem sido feito.
Além dos movimentos que vem ocorrendo com os municípios para a ampliação dos atendimentos, a secretária Carmen Zanotto, solicitou ao presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, a ampliação do horário de atendimento da emergência pediátrica do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal (UFSC), em Florianópolis. Atualmente a unidade atende das 7h às 19h, o que possibilitará mais uma porta no atendimento noturno.
Desta forma, a SES orienta que, nos casos de menor gravidade, as famílias procurem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que são fundamentais para o pleno funcionamento do SUS, colaborando para a diminuição das filas nas emergências dos hospitais.