O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Casa Civil, assinou nesta quarta-feira, 6, um Termo de Cooperação Técnica com o Rotary Club dos distritos 4652 e 4740 de Santa Catarina para ampliar as ações de vacinação. A parceria tem o objetivo de fazer a manutenção de ações e melhoria dos índices de vacinação, atingindo anualmente a meta nacional estipulada pelo Ministério da Saúde para os imunizantes disponíveis no SUS.

Segundo a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, a cooperação mútua com o Rotary é fundamental para melhorar, ainda mais, os índices de vacinação no Estado. “Esse termo de cooperação técnica que assinamos junto com o Rotary Club, tem a finalidade de motivar, incentivar e apoiar o conjunto dos municípios para a ampliação da cobertura vacinal, em especial a vacina da poliomielite. Ou seja, garantirmos que todas as nossas crianças de 0 a 5 anos recebam a vacina contra a paralisia infantil”.

O Governador do distrito 4652, Eduardo Pfutzenreuter reforçou o compromisso da entidade. “A gente acredita que é possível, através da conscientização e das parcerias, atingirmos 95% do índice vacinal. O que temos visto é que os municípios que fazem busca ativa, chegam muito mais perto, porque eles vão realmente buscar aquelas crianças, fazendo a vacinação extramuro, fora do posto de saúde”.

O prazo de vigência da cooperação técnica é até 30 de junho de 2024, podendo ser prorrogada por iguais e sucessivos períodos, caso haja interesse de ambas as partes e avaliando as melhorias nos índices de cobertura vacinal ano a ano.

“Com a ajuda do Rotary nós conseguimos, dentro dos municípios, ajudar, estimular, chamar a população para completar a caderneta vacinal, para estar mais adequadamente vacinados, principalmente pensando na proteção contra poliomielite, uma doença que foi erradicada do nosso país, mas que existem casos em outros locais do mundo e que acabam tendo sempre esse risco da reintrodução aqui no nosso estado. Então para que a gente aumente as coberturas vacinais, todas essas parcerias são bem-vindas e necessárias”, complementa o superintendente de Vigilância em Saúde da SES/SC, Fábio Gaudenzi.

Também participaram do ato o secretário da Casa Civil, Estener Soratto; o diretor da Vigilância Epidemiológica (DIVE) de SC, João Fuck; gerente de Doenças Infecciosas Agudas e Imunização da DIVE/SC, Arieli Schiessl Fialho; secretária de Saúde de São José, Sinara Simioni; e outros representantes do Rotary Club.

Ações que serão realizadas

- Publicidade da importância da vacinação nos diferentes meios de comunicação;

- Palestras de conscientização em unidades de saúde, escolas, creches, associações de pais e mestres;

- Promoção e defesa de campanhas anuais de multivacinação;

- Auxiliar direta e indiretamente as secretarias municipais de saúde em reuniões estratégicas para as campanhas de vacinação;

- Integrar os Clubes de Rotary de cada município nas atividades em conjunto com a Vigilância Epidemiológica;

- Fomentar atividades de vacinação extramuros e ações em horário especial das unidades de saúde;

- Colaborar no Dia D da Vacinação, apoiando as equipes das unidades de saúde;

- Acompanhar e divulgar números atualizados da cobertura vacinal no Estado, sensibilizando a população para a importância da ação.

Coberturas vacinais em queda

Segundo dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), do Ministério da Saúde (MS), o último ano em Santa Catarina alcançou a cobertura vacinal para todos os imunizantes recomendados para crianças menores de um ano e um ano foi em 2015. Depois dessa data, o percentual de vacinação começou a registrar queda. No ano de 2022, nenhum imunizante atingiu a cobertura desejada de 90% para as vacinas BCG e Rotavírus é de 95% para as demais vacinas. Os dados de 2023 são preliminares.

Campanha de vacinação contra a gripe

A diminuição das coberturas vacinais, segundo a DIVE, também é notada nas Campanhas de Vacinação. A adesão à Campanha de Vacinação contra a gripe deste ano está bem abaixo do esperado. De acordo com dados do Painel de Vacinação do MS, apenas 52,8% da população dos grupos prioritários, que são aquelas pessoas mais vulneráveis à doença, tomaram a dose. No ano passado, a cobertura vacinal geral alcançada foi de 63%, longe da meta de vacinação de 90%