O terceiro sábado do mês de novembro é marcado pelo Dia Nacional de Combate à Dengue. A data é um lembrete e um convite para que toda população se mobilize e elimine locais com água parada e que possam servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti. O vetor é transmissor de três doenças: dengue, Zika e chikungunya.
A secretária de estado da Saúde, Carmen Zanotto, destaca a importância da prevenção e orienta que as ações que serão realizadas pelos municípios levem em consideração a realidade de cada local devido às condições climáticas de fortes chuvas que atingem parcialmente o estado de Santa Catarina. "A data tem o intuito de reforçar as ações de prevenção em todo o Estado. Lembramos a população da importância de não descuidar e manter o hábito de vistoriar sua casa, quintal e ambiente de trabalho pelo menos uma vez por semana para eliminar locais que possam acumular água e servir de criadouro para novos mosquitos".
Entre as medidas a serem adotadas estão, esvaziar garrafas e mantê-las com a boca virada para baixo, limpar calhas, colocar areia nos pratos de vasinhos das plantas, tampar tonéis, lixeiras e caixas-d’água e colocar objetos, como pneus, abrigados da chuva. “Medidas simples podem ser adotadas, como substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia; deixar a caixa d´água tampada; e remover do ambiente todo material que possa acumular água”, completa a secretária Carmen.
Neste ano, Santa Catarina registrou mais de cem mil casos de dengue, com a confirmação de 99 óbitos. Já com relação à chikungunya, foram registrados 51 casos (sendo 16 deles contraídos dentro do estado). Nenhum caso de Zika foi confirmado. “São números altos. E é por isso, que é importante que cada um faça sua parte. Vistorie sua casa, quintal e ambiente de trabalho. Evitar a proliferação do mosquito segue sendo a melhor forma de prevenção às arboviroses”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.
O dia D serve de alerta para o próximo período sazonal das arboviroses, ou seja, época do ano em que mais casos são registrados. “A combinação de calor e chuvas favorece a proliferação do mosquito. E por isso é tão importante começarmos desde agora a eliminar locais que possam acumular água. Lembrando que estes cuidados devem se estender ao longo de todo ano e de preferência serem realizados uma vez por semana, que é o tempo do ciclo de vida do mosquito, ou seja, em sete dias ele se transforma de ovo até mosquito adulto”, explica o diretor.
Período chuvoso
Os períodos de calor intenso e muitas chuvas são oportunos para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) orienta para a importância do trabalho das equipes municipais.
“Com a maior quantidade de chuvas, aumenta a oferta de criadouros onde a fêmea do mosquito pode deixar seus ovos. Isso, juntamente com as altas temperaturas, acelera o desenvolvimento do mosquito. Outro detalhe importante: ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos ao entrarem em contrato com a água da chuva”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.
A dengue
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. ”Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, que são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, queda excessiva da pressão arterial, sangramentos de mucosas, sonolência ou irritabilidade”, alerta Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde de SC.
A hidratação adequada é outro ponto importante. “Desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é hidratar. Isso é essencial para evitar a evolução dos casos leves em graves”, destaca Gaudenzi.
Atividades sugeridas:
- Mobilizar e sensibilizar as redes intersetoriais no município (educação, meio ambiente, infraestrutura, entre outros) a respeito da importância da prevenção de doenças como dengue, Zika e chikungunya, a partir do controle do mosquito em toda comunidade;
- Reforçar as ações de comunicação, orientando para que as medidas de controle do Aedes aegypti sejam intensificadas;
- Intensificar a comunicação e mobilização via plataformas e mídias disponíveis (rádio local, jornal, lideranças comunitárias, redes sociais e produção de murais informativos) para ampla divulgação do cenário epidemiológico, ações de prevenção e medidas a serem adotadas pela população;
- Realizar reuniões municipais para a avaliação do cenário local e discussão de ações de controle;
- Intensificar as ações de controle vetorial nas áreas de maior risco para a transmissão das doenças, conforme análise dos indicadores entomológicos.
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