A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), realizou nos dias 29 e 30 de novembro, o I Seminário Estadual de Arboviroses. A abertura do evento teve a participação do secretário adjunto de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva; da técnica da Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Camila Ribeiro; da representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Priscila Leal Leite; do superintendente de Vigilância em Saúde de SC, o médico infectologista Fábio Gaudenzi; e do diretor de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck.
Foto: Divulgação Ascom/SES/SC
O secretário Diogo Demarchi destacou a importância da mobilização e integração dos serviços em saúde para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, Zika e chikungunya. “O cenário do estado com relação à dengue já está chamando atenção. E por isso, esse é o momento para planejar e agir. Precisamos integrar as vigilâncias com a atenção básica e o governo do estado está empenhado nisso. Destaco que para auxiliar nas ações municipais, o estado vai, mais uma vez, liberar uma verba de 10 milhões de reais”, afirmou.
O recurso estadual será destinado aos municípios em duas etapas. Uma delas ainda em 2023 e outra para o próximo ano. Para receber o repasse, os municípios precisam desencadear as ações que estão previstas nas Diretrizes Estaduais para a Vigilância Epidemiológica e Controle das Arboviroses, conforme foi deliberado em reunião na Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Confira aqui as Diretrizes Estaduais para a Vigilância Epidemiológica e Controle das Arboviroses.
Confira aqui a Deliberação da CIB.
Para o superintendente de Vigilância em Saúde de SC, Fábio Gaudenzi, além dessa intensificação nas ações, é necessário também reforçar a importância do manejo clínico das doenças. “O primeiro atendimento, ainda na suspeita da doença, seja dengue, Zika ou chikungunya, faz toda diferença. É a partir disso, desse primeiro atendimento oportuno, que vamos ter um número menor de desfecho em mortes. Já sabemos que teremos aumento de casos no próximo período sazonal e precisamos estar ainda mais atentos para gerar um menor impacto na saúde da população”, explica.
Foto: Ricardo Trida /Secom
Discussões e encaminhamentos
O Seminário é mais uma das ações da Secretaria de Estado da Saúde realizadas ao longo do ano de 2023, e que visa a preparação das equipes regionais e municipais para o enfrentamento das arboviroses no estado. Assim, entre os assuntos abordados e discutidos, estava a análise do cenário epidemiológico, ações a serem intensificadas, notificação dos casos, manejo clínico e organização dos serviços de saúde e novas tecnologias para o controle vetorial.
O diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, ainda destaca que o seminário abordou experiências exitosas das equipes municipais. “Desde o ano de 2020, os municípios catarinenses vem registrando aumento no número de casos de dengue. E temos o conhecimento de que 2024 não será diferente. Por isso, para a efetividade das ações realizadas, é preciso o engajamento de todos, do poder público e da população. Esses são os alicerces para o sucesso na prevenção e controle das arboviroses no estado. E o Seminário mostrou ações importantes que estão sendo realizadas pelas equipes, que podem ser replicadas em outros locais”, salienta.