Em uma reunião conjunta entre representantes da Secretaria de Estado da Saúde, Rede Estadual de Saúde do Homem, Rede Feminina de Combate ao Câncer e Lions Clube foi discutida uma parceria estratégica para incentivar a vacinação contra o HPV. O encontro tem como objetivo principal unir esforços no combate ao câncer e promover a conscientização sobre a importância da imunização.
A reunião abordou a temática da vacina do HPV e como as organizações da sociedade civil podem contribuir para ampliar as informações disponíveis para a população, melhorando a adesão e a cobertura vacinal de meninas e meninos na faixa etária entre 9 e 14 anos.
“É importante que as duas doses da vacina sejam aplicadas para aumentar a proteção contra os cânceres. Proteger as nossas crianças e adolescentes é um dever de todos nós. Precisamos aumentar os índices de cobertura vacinal para evitarmos a volta de muitas doenças. Vacinar é um ato de amor e cuidado”, destaca a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
A colaboração entre as entidades visa realizar campanhas de promoção e conscientização em diversos ambientes, como escolas, igrejas, empresas e outras organizações.
“A Rede Feminina, Rede Masculina e o Lions tem a possibilidade de capilarizar as informações sobre a vacina para as suas redes, lembrando que a vacina é uma das principais medidas para evitar o câncer de colo de útero”, sublinha João Augusto Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).
Maria Ciria Zunino, presidente Estadual da Rede Feminina de Combate ao Câncer, ressaltou a importância da parceria com a gestão pública para ampliar o alcance das ações voluntárias. Ela mencionou a necessidade de conscientização sobre a vacinação contra o HPV, abordando resistências e destacando a colaboração entre as entidades como uma forma eficaz de promover a saúde infantil e adolescente diante dos riscos do HPV.
Jefferson Zomignan, presidente da Rede Estadual de Saúde do Homem, destacou a relevância de iniciar a conscientização desde a infância, ressaltando os riscos do HPV para os homens. “O HPV pode induzir a cânceres de testículo, pênis, que é muito incomum e por isso as pessoas não sabem que existe, mas num período de 14 anos houve mais de 7 mil amputações de pênis. Então existe uma campanha muito grande para que os homens sejam conscientizados a terem cuidados com sua saúde, e isso começa na tenra idade, começa lá nos 9 anos”, reforça. Zomignan enfatizou o papel da Rede Estadual do Homem na promoção da saúde masculina, buscando quebrar paradigmas e mudar a cultura de cuidado preventivo.
Cirino Adolfo Cabral Neto, assessor para o Câncer Pediátrico do Distrito Múltiplo do Lions Clube (PR / SC / RS), abordou a necessidade de cooperação entre as entidades do terceiro setor e a Secretaria de Estado da Saúde. “A proposta é criar uma campanha conjunta, aproveitando a experiência técnica da Secretaria e a capilaridade das organizações não governamentais para alcançar diferentes comunidades”.
A Secretaria de Estado da Saúde assumiu o compromisso de disponibilizar materiais para divulgação e apoiar as iniciativas das organizações do terceiro setor. O foco é impulsionar uma campanha conjunta visando alterar os indicadores de adesão à vacinação contra o HPV. Esse esforço é particularmente direcionado aos meninos, grupo que demonstra taxas de adesão mais baixas, especialmente em relação à segunda dose da vacina.
Imunização
Atualmente, a vacinação contra o HPV é indicada para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, seguindo o esquema de duas doses, com um intervalo de seis meses entre elas. As doses estão disponíveis nos postos de saúde da rede pública e visam proteger contra os tipos de HPV mais frequentes (6, 11, 16 e 18), responsáveis pelo câncer de colo de útero, vagina, vulva, ânus e pênis, bem como pelo aparecimento de verrugas genitais. A campanha conjunta das organizações busca conscientizar a população sobre a importância dessas medidas preventivas.
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