A espera pela cirurgia de vesícula chegou ao fim para a paciente Benta Graziela de Souza, de 44 anos. Após cinco anos, ela conseguiu realizar o procedimento no Hospital Nereu Ramos de Florianópolis, devido a uma estruturação proposta pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que possibilitou a realização desses procedimentos na unidade.
“Nós entendemos a necessidade de reduzir as filas de espera e conseguimos nos organizar dentro do centro cirúrgico para realizar também esses procedimentos, que não são apenas de pacientes do Nereu, mas de pessoas que estão aguardando por muito tempo na fila e estavam direcionados a outros hospitais”, explica o cirurgião do aparelho digestivo, Gilberto Kremer.
Até então, os procedimentos realizados no centro cirúrgico da unidade eram focados apenas em pacientes que já eram acompanhados no hospital. O Nereu Ramos, unidade própria da SES, é referência em infectologia no Estado. Com essa nova organização e a aquisição, este ano, de uma nova e mais moderna torre cirúrgica, foi possível ampliar para que as cirurgias de colecistectomia, que correspondem à retirada da vesícula biliar, fossem iniciadas.
Os procedimentos são realizados por videolaparoscopia, sendo um cirurgia minimamente invasiva que promove menos dor no pós-operatório, melhores resultados estéticos, com uma recuperação mais rápida gerando uma menor permanência hospitalar e menores riscos de infecções.
Segundo o cirurgião Tiago Onzi, a estrutura do hospital permite focar nas cirurgias eletivas. “Diferente do que acontece nos hospitais de porta aberta, aqui conseguimos nos organizar para a realização dos procedimentos. Inicialmente, serão realizadas duas cirurgias por semana, todas as segundas-feiras.”
Para Benta, este Natal será ainda mais especial. “Quando me ligaram chamando para fazer a cirurgia, eu fiquei muito feliz. Eu sentia muita dor, não conseguia comer direito. Agora, vou poder aproveitar o Natal sem esse desconforto”, comemora.
Nova torre cirúrgica de vídeo
Com um investimento de R$632 mil, o novo equipamento possui alta definição nas imagens e capacidade de gravação. Possui também um insuflador de gás carbônico (CO2), que permite ampliar a cavidade abdominal proporcionando maior visibilidade para e euipe médica na realisação tanto de procedimentos endoscópicos tanto para diagnósticos quanto terapêuticos. O antigo equipamento possuia mais de 10 anos e vinha apresentando falhas frequentes.