A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), realizou nos dias 7 e 8 de dezembro o Seminário de atualização HIV/Aids: desafios na 4º década da pandemia. O principal objetivo do evento foi proporcionar momentos de discussão sobre as "inovações" para prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/Aids. Participaram como palestrantes do Seminário médicos infectologistas, da família, pediatras e equipe laboratorial.
A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, esteve presente na abertura do evento e destacou a importância de abordar o tema das infecções sexualmente transmissíveis. “Precisamos dar visibilidade para as questões que envolvem as ISTs e a Aids. Temos pessoas que por falta de informação ou por achar que temos medicação esse não é um problema de saúde pública. Mas é. Temos que alertar essa nova geração da importância do uso de preservativos nas relações sexuais, temos que sensibilizar os profissionais da saúde para que esse seja um tema a ser abordado. A Aids continua existindo”, alerta a secretária.
A médica infectologista e gerente de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Aids e Hepatites Virais, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), Regina Valim, destaca que o Dezembro Vermelho é justamente o mês que marca a importância de fortalecer as ações na prevenção contra o HIV/Aids “E uma dessas ações foi a realização do seminário. O evento é um marco depois da pandemia, no qual podemos nos reunir e discutir esse assunto, principalmente abordando temas importantes para os profissionais de saúde, como o diagnóstico precoce e tardio, novas tecnologias de diagnóstico, novos tratamentos e abordagens e coinfecções como a tuberculose e hepatites. Ou seja, tudo que envolve o melhor tratamento, uma melhor assistência, uma melhor testagem, ações de prevenção para as pessoas que vivem com o HIV”, afirma a gerente.
Para o diretor da DIVE/SC, João Augusto Brancher Fuck, o evento serviu também para integração dos profissionais de saúde. “São momentos de discussões, de análises e de avaliação. Tudo contribui para o aprimoramento do serviço de saúde. Esse é um trabalho de imensa importância e que conta com a dedicação de diversos profissionais”, finaliza.
Seminário de atualização HIV/Aids: desafios na 4º década da pandemia também contou com a participação de diversas autoridades de referência e foi voltado para profissionais da área da saúde do Estado.
Dados em Santa Catarina
Em Santa Catarina os casos de HIV/Aids mantêm uma estabilidade. No ano de 2021 foram notificados 3.562 novos casos, em 2022 foram 3.468 e, em 2023, até o mês de novembro, foram 2.746.
Os adultos jovens com idade entre 20 e 29 anos são os mais infectados, seguido da faixa etária de 30 a 39 anos. Com relação ao sexo, no ano de 2022, 1.555 homens foram infectados pelo vírus HIV para 679 mulheres.
O estado distribuiu, durante o ano de 2023, mais de 10,4 milhões de preservativos para os municípios catarinenses. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente todos os métodos preventivos disponíveis, além da testagem e do tratamento. A pessoa que faz o diagnóstico do HIV pode começar a receber a medicação no mesmo dia e ter um aumento na expectativa de vida, além de quebrar a cadeia de transmissão do vírus.