SURTO DE BACTÉRIAS
Trinta bebês sob risco
Hospital do Distrito Federal anuncia medidas para evitar mais mortes
Atingido por um surto de bactérias, que matou 11 bebês em 40 dias, o Hospital Regional da Asa Sul (Hras), a maior unidade de saúde neonatal de Brasília, determinou medidas especiais de proteção a 30 recém-nascidos suspeitos de contágio. Também proibiu novas internações até que a situação seja controlada. Os seis bebês sob maior risco foram isolados e passam por terapia intensiva. A Secretaria de Saúde mandou reforço de material hospitalar e aumentou o número de servidores na unidade em todos os turnos. Ao anunciar ontem as medidas, o diretor da UTI Neonatal do hospital, Alberto Henrique Barbosa, disse acreditar que o pior do surto já passou, mas não deu previsão de quando a situação estará totalmente sob controle, por isso há a necessidade de evitar superlotação. “Mortes em UTIs neonatais acontecem, mas aqui passou do razoável”, lamentou o médico. As bactérias relacionadas às mortes dos bebês são klebsiella, serratia e estafilococos. O diretor da UTI Neonatal negou a existência de casos de contaminação da superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).
Neste ano, um surto de infecção hospitalar causado pela superbactéria, resistente à maior parte de antibióticos disponíveis no mercado, provocou 18 mortes e é suspeito de contaminar 108 pacientes no DF. Pelas estatísticas na Secretaria de Saúde, qualquer número acima de até três mortes ao mês é considerado fora do normal. O hospital tem 30 dos 81 leitos disponíveis em todo o Distrito Federal para atendimento emergencial de bebês. A crise na unidade gera saturação nos demais hospitais e apreensão entre as mães, principalmente nas cidades satélites mais pobres, que dependem da rede pública.
O Ministério Público começa a investigar hoje as causas do surto, para detectar se houve negligência e se cabe denúncia criminal ou funcional contra os responsáveis. Inspeção feita no fim de semana constatou irregularidades, como imperícia de profissionais e erros de prescrição e manipulação de remédios, mas ainda não estabeleceu os elos de responsabilidade.
Proposta polêmica
Peninha já tem até alguns projetos, como o que prevê a criação da Agência Nacional de Medicina, que seria independente do Ministério da Saúde. O novo órgão regulamentaria o valor das consultas particulares, o custo dos atendimentos via SUS e obrigaria médicos recém-formados a pelo menos dois anos de serviço em cidades de pequeno e médio portes. O assunto é polêmico e deve provocar manifestações dos próprios médicos.
EM RISCO
Surto atinge UTI neonatal em Brasília
A principal Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal pública do Distrito Federal foi atingida por um surto de três bactérias, que matou 11 bebês em 40 dias. Por questão de segurança, a direção do Hospital Regional da Asa Sul (Hras) – onde ocorreram as mortes – determinou o isolamento de seis bebês e 24 são mantidos sob observação.
Em todo o Distrito Federal há 81 leitos na rede pública à disposição da população – todos lotados. O diretor da UTI Neonatal do Hras, Alberto Henrique Barbosa, afirmou que foram tomadas três providências: a redução de novas internações, a ampliação do material hospitalar e o aumento de funcionários trabalhando em cada turno. Segundo ele, a expectativa é acabar com o surto, mas não há data para isso ocorrer.
– A gente espera que o surto seja debelado. Agora quanto tempo vai demorar para isso ocorrer? Não tem data. Mortes em UTIs neonatais ocorrem, mas aqui (no Hospital Regional da Asa Sul) passou do razoável – afirmou o médico. O número normal de mortes em UTIs neonatais é de três casos por mês.
Revista Saúde Catarinense
Hospital Infantil Joana de Gusmão aproveita o Dia de Atenção à Dislexia para alertar os professores sobre o problema
Os profissionais do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, alertam sobre a necessidade de se oferecer auxílio especializado para as crianças disléxicas. A desordem orgânica no processo de aquisição da leitura e da escrita dificulta a aprendizagem, fazendo com que este público represente 90% dos casos atendidos pelo Ambulatório de Dificuldades de Aprendizagem da instituição. O alerta marca o Dia Nacional de Atenção à Dislexia, comemorado na próxima terça-feira, 16 de novembro.
Segundo a psicopedagoga e coordenadora do ambulatório, Lucimara Maia,a maior parte das crianças disléxicas e repetentes na escola não recebe ajuda especializada e, por isso, acaba desenvolvendo distúrbios mais graves, como baixa auto-estima, depressão, agressividade, hiperatividade e desatenção. Para ela, a participação dos pais é fundamental para melhorar o desempenho de seus filhos na escola. “Normalmente, o desinteresse pelos estudos provoca a reprovação, e as crianças não deveriam encarar isso como um fracasso. Precisamos oferecer meios para que entendam que é a possibilidade de trilhar uma nova caminhada, tendo os pais e a escola como parceiros”, explica.
O conceito de dislexia existe há mais de 100 anos, e é tão amplo quanto curioso, já que pacientes reconhecidamente inteligentes podem
apresentar dificuldades específicas de linguagem. Para Fábio Luczynski, autor do livro e do site “Dislexia”, a doença é uma dificuldade específica de aprendizado da Linguagem, e pode se manifestar em leitura, soletração, escrita, em linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculo matemático, em linguagem corporal ou social. Segundo ele, a doença não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, nem tampouco falta de acuidade visual ou auditiva, e ainda assim é grande responsável pela evasão escolar
Em alusão ao Dia Nacional de Atenção à Dislexia, os responsáveis pelo Ambulatório de Dificuldades de Aprendizagem do Hospital Infantil Joana de Gusmão solicitaram aos pacientes que elaborassem redações sobre o tema, como forma de externar seus sentimentos acerca das dificuldades que experimentam no dia-a-dia. A equipe do Infantil também chama a atenção dos educadores para que revejam os casos de reprovação e de promoção de alunosque sejam possíveis portadores do problema, inclusive quando não tenha sido diagnosticado o caso nem prescrito o tratamento. “Sempre é tempo de se buscar uma nova prática educativa que possibilite ao aluno sucesso no processo escolar, mas para isso é necessário o suporte de uma equipe multidisciplinar, com profissionais especializados em dislexia”, observa Lucimara.
Notícias
Geral
Saúde inaugura obras nos hospitais Celso Ramos e Nereu Ramos
10.11.2010
O governador Leonel Pavan e o Secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza, inauguram nesta quarta-feira, 10 de novembro, uma série de melhorias nos Hospitais Nereu Ramos e Celso Ramos, em Florianópolis. Na primeira solenidade, às 15h, serão inauguradas, oficialmente, as reformas do Centro Cirúrgico, do Centro de Estudos com Auditório, da UTI e da Unidade de Pneumologia, além de ser aberto o Serviço de Polissonografia do Nereu Ramos. Na seqüência, às 16h15min, será inaugurada a reforma do Serviço de Hemodiálise do Celso Ramos.
Entre 2007 e 2010, foram investidos quase R$ 6 milhões no Hospital Nereu Ramos. O Centro Cirúrgico, com a mais alta tecnologia em
equipamentos e sistema de climatização, se compara aos melhores da rede pública hospitalar. A UTI teve sua capacidade duplicada, passando de cinco para 10 leitos. No pavilhão da Pneumologia, dos 24 leitos, quatro constituem o setor de isolamento e dispõem de um sistema de pressão negativa, mecanismo que evita a circulação do ar contaminado. Também será inaugurado nesta quarta-feira o Serviço de
Polissonografia do Nereu Ramos, que permite a avaliação de pacientes durante o sono. A Polissonografia é o método mais objetivo para a avaliação das variáveis fisiológicas do sono. “Entre os sintomas de distúrbios do sono estão o ronco intenso e a sonolência durante o dia, e
através destes exames, que agora passam a estar disponíveis em um hospital público aqui no Estado, teremos muito mais precisão ao traçar diagnósticos de doenças como a apnéia do sono, a insônia e a hipersonolência”, observa o pneumologista Israel Silva Maia, responsável pelo setor.
A série de melhorias compreende ainda a troca de 6.233 m2 de telhado; a construção de 600 m2 de muro, para delimitar a área do hospital; a
reforma do Necrotério, que agora conta com quatro gavetas; e a reforma do Centro de Estudos, que passou a dispor de auditório para 60 pessoas, sala para Residentes, biblioteca e outros ambientes climatizados. “O Hospital Nereu Ramos é referência estadual no atendimento a portadores de doenças infecciosas e pulmonares, e estes investimentos vão garantir mais segurança aos profissionais e mais conforto aos pacientes”, destaca o Secretário de Estado da Saúde, dr. Roberto Hess de Souza. No Hospital Celso Ramos, a solenidade será no Térreo, onde funciona o Serviço de Hemodiálise. Com investimento de R$ 460 mil, a Secretaria de Estado da Saúde reformou todo o Setor. Além da melhoria nas instalações, as poltronas e os equipamentos foram substituídos por modelos mais modernos. Após a solenidade, o governador fará uma vistoria nas obras de reforma do Serviço de Hemodinâmica e da Emergência do hospital.
HOSPITAL NEREU RAMOS:
Setor de Pneumologia: 600 m2 com 24 leitos
Investimento em reforma e aquisição de equipamentos: R$ 306 mil.
Centro Cirúrgico: 128 m2
Investimento em reforma, climatização e aquisição de equipamentos: R$ 340 mil.
UTI: ampliação de cinco para 10 leitos
Investimento de R$ 1 milhão na reforma e R$ 1,6 milhão na aquisição de equipamentos.
Serviço de Polissonografia:
Investimento de R$ 426 mil para aquisição de 10 monitores e 2 polissonógrafos.
Centro de Estudos e Auditório: 288 m2 Investimento de R$ 241 mil na reforma e climatização.
Necrotério: 45 m2
Aquisição de câmara mortuária com quatro gavetas: R$ 117 mil.
Muro: 600 m2
Investimento de R$ 143 mil na construção do muro que delimita o hospital.
Telhado: 6.233 m2
Investimento de R$ 605 mil na renovação do telhado.
Total de investimentos, entre as obras inauguradas nesta quarta-feira e
outras melhoriasrealizadas no hospital, é de R$ 5.905.797,30.
Endereço: Rua Rui Barbosa, bairro Agronômica – Florianópolis
HOSPITAL CELSO RAMOS:
Serviço de Hemodiálise: substituição das poltronas e dos equipamentos.Investimento de R$ 460 mil.
Endereço: Rua Irmã Benwarda, 297 – Centro – Florianópolis
Informações adicionais: jornalista Ana Lavratti
Fones: (48) 3221-2071, 3221-2065
E-mail: imprensa@saude.sc.gov.br