icone facebookicone twittericone instagram


DISTRITO FEDERAL
Onze bebês morrem em UTI

A morte de 11 bebês por infecção em menos de um mês e meio acionou o alerta no Hospital Regional da Asa Sul, em Brasília, referência em obstetrícia e pediatria na rede pública da capital. Na unidade, o limite de morte considerado “aceitável” é de três bebês por mês. Eles eram prematuros ou com má-formação. Estavam internados na UTI neonatal.

Nenhuma morte foi atribuída à superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) – resistente a antibióticos –, que já matou 42 pessoas no Distrito Federal e em São Paulo.

“Com certeza, não é a nova superbactéria, até hoje não”, disse o diretor do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), Alberto Henrique Barbosa. Superlotação e a falta de material de uso rotineiro e de pessoal podem ter provocado as infecções pelas bactérias estafilococos, serratia e Klebsiella, que não são resistentes a antibióticos.

 

 

SAÚDE
O ALÍVIO QUE VEM DAS MÃOS


Criada há mais de um século, a quiropraxia pode ajudar no tratamento da dor

Dores na lombar, no pescoço, nas articulações e até enxaqueca. São muitas as razões que levam pacientes a procurar um quiropraxista. A técnica, pouco conhecida no Brasil, mas muito comum nos Estados Unidos, ganha cada vez mais adeptos, que buscam ajuda para problemas do sistema neuromusculoesquelético. O tratamento é feito por meio de ajustes, em que o profissional manipula as articulações com um movimento rápido e preciso, que restaura a função articular e, com isso, provoca um relaxamento da tensão muscular.

Mas os benefícios não param por aí. Segundo o quiropraxista Roger Dunn, muitas pessoas chegam ao consultório para tratar dores pontuais e relatam melhoras em outras áreas da saúde. “Quando começam os ajustes, o corpo funciona de forma mais harmônica. Muitos relatam que estão dormindo melhor, estão menos estressados, com mais energia e vitalidade. Também é comum as mulheres sentirem uma diminuição de cólicas menstruais e sintomas da TPM”, exemplifica.

Para Dunn, isso ocorre porque, ao aliviar a pressão sobre os nervos comprimidos, é liberado um fluxo maior de sangue, que permite uma melhor irrigação dos órgãos. A quiropraxista Janice Cavalcante explica que muitas situações podem gerar desvios na coluna: má postura, esforços repetitivos, sedentarismo, tombos, entre outros. Segundo ela, é muito importante procurar tratamento logo nos primeiros sintomas.

“A maioria das pessoas convive com a dor e demora para procurar ajuda de um especialista”, alerta. Ela atribui isso à cultura. “Quando uma criança cai, a mãe pega no colo e diz: ‘Vai passar, não foi nada’. E muita gente leva as dores achando que uma hora passa, quando o correto seria, além de tratar, sempre prevenir qualquer tipo de dor.”

A dor, nesse sentido, pontua Janice, é positiva. É um sinal que o corpo manda para dizer que algo não vai bem. A consulta com um quiropraxista começa com um diagnóstico em que o profissional investiga o histórico do paciente, questiona em quais situações a dor piora ou melhora, faz um teste para avaliar as razões do desconforto e observa vícios de postura e hábitos da pessoa. Após essa etapa, ele indica o tratamento e dá orientações para a recuperação e a prevenção de lesões.

O tratamento depende muito do estilo de vida que a pessoa leva. Segundo Janice Cavalcante, o paciente pode ser comparado a uma cartolina dobrada. “Ele chega aqui e a gente desdobra a cartolina, mas se ele não rever os hábitos, as vértebras voltam para o mesmo lugar. É muito importante estar atento à postura, tanto no trabalho, quanto na hora de dormir e até no lazer.

Para a terapeuta, é mais fácil tratar quem se exercita e cuida da alimentação. “Uma dica é beber bastante água e evitar o consumo de doces. A água ajuda a manter as articulações lubrificadas. Já o açúcar degenera as cartilagens e funciona como um chiclete, que dificulta o movimento das articulações”, alerta.

Ao procurar um quiropraxista, é importante verificar se ele é membro da Associação Brasileira de Quiropraxia. A profissão não é regulamentada no Brasil e existem muitos terapeutas sem formação adequada atuando na área, o que pode representar um risco aos pacientes. Certifique-se de que o profissional tem formação em nível superior em quiropraxia. O curso, oferecido em duas universidades no País, é reconhecido pelo Ministério da Educação e segue os padrões internacionais preconizados pela Organização Mundial da Saúde.

 

 

UM DUELO NA MESA
Pesquisa que reabilita a margarina traz à tona embates clássicos no consumo de alimentos

As pessoas passam o tempo inteiro tomando decisões sobre o que ingerir. Alguns escolhem pelo preço, outros pelo sabor. E há aqueles que levam em conta a saúde no momento da compra, uma preocupação atual se pensarmos que quase a metade da população brasileira tem sobrepeso – de 2006 a 2009, a proporção cresceu de 42,7% para 46,6%, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Há alguns duelos clássicos declarados nas gôndolas de supermercados. Um dos mais tradicionais é travado desde 1906, quando o processo de industrialização apresentou a margarina à população. Antes disso, a manteiga reinava absoluta. Quando se descobriu que a gordura trans, resultado do processo químico de fabricação, estava presente na margarina, o trono ficou ameaçado.

Para alimentar a discussão, uma pesquisa sobre gorduras e arterosclerose do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, publicada em julho dos “Arquivos Brasileiros de Cardiologia”, concluiu: margarina é menos prejudicial do que manteiga.

“O malefício da gordura saturada no organismo é maior do que o do consumo de um teor mínimo de gordura trans”, afirma o cardiologista Jorge Pinto Ribeiro.

 

SAÚDE
E qual escolher?

Ao longo do século, manteiga e margarina se revezaram na preferência de médicos e nutricionistas. Resultado de um mecanismo natural de processamento do leite, a manteiga é rica em gordura saturada. Em outro extremo está a margarina – substância industrializada adquirida depois de uma intervenção química de adição de gordura hidrogenada (trans) para dar a consistência pastosa. Bem à saúde, nenhuma delas faz.

A discussão é sobre qual é menos maléfica para o organismo. Por se tratar de uma modificação de moléculas de hidrogênio, os pesquisadores desconfiavam de que a gordura trans fizesse mal à saúde. Para se ter uma ideia, 2% das calorias totais da dieta diária preenchida por ácidos graxos trans pode aumentar em até 29% o risco de infarto, conforme o geriatra e lipidólogo, especialista em colesterol, Emilio Hideyuki Moriguchi.

Segundo o cardiologista Jorge Pinto Ribeiro, um dos autores do estudo do Hospital de Clínicas, a pesquisa mediu e comparou o teor de gordura de derivados de leite, ovos, margarinas e óleos e as implicações para aterosclerose (entupimento das artérias).

“Chegou-se à conclusão de que a quantidade de gordura trans na margarina era mínima e que os malefícios de ingerir a gordura saturada da manteiga era maior”, explica Ribeiro.

Ainda assim, muitos especialistas preferem a manteiga, como a nutricionista Patrícia Chagas. Para ela, a gordura trans presente na margarina é altamente prejudicial mesmo em quantidades mínimas, mas recomenda atenção na quantidade: “Se um tablete de 200 g de manteiga durar pelo menos um mês para uma pessoa, e ela tiver bons hábitos alimentares, como consumir diariamente 400 g de frutas e verduras, não tem problema nenhum. O erro está no alto consumo da gordura saturada”.

Conforme a Organização Mundial da Saúde, a quantidade consumida de trans não deve ultrapassar um grama por dia. A legislação brasileira permite que o produto seja caracterizado como livre de trans se o conteúdo não ultrapassar 0,2 g desse tipo de gordura em cem gramas do produto.

 

Mas a questão não é unanimidade entre os especialistas. O mesmo impasse ocorre com outros alimentos. É melhor comer light ou diet? Leite integral ou desnatado? Açúcar ou adoçante? A dúvida persiste com o passar das décadas. A nutricionista clínica esportiva Lenice Zarth Carvalho afirma que, nessa situação, um velho recurso pode salvar: optar pelo saudável: “Um copo de suco é mais calórico do que um refrigerante light, mas a longo prazo este mais magro provoca problemas. Quando as pessoas saem do industrializado emagrecem mais rápido, mesmo comendo um pouco mais, porém alimentos naturais”, diz.

 

 


SAÚDE
CHAVE DO METABOLISMO
Problemas na tireoide, associados a variações hormonais, têm sido mais comuns nos últimos anos

 

Você pode passar a vida inteira sem se preocupar com a tireoide. Mas a discreta glândula, localizada no pescoço, abaixo da saliência conhecida como pomo-de-adão ou gogó, é da maior importância. Ela produz dois hormônios – T3 (triiodotironina)e T4 (tiroxina) – responsáveis pelo metabolismo do corpo, ou seja, pela forma como o organismo armazena e gasta energia. Nos últimos anos, o órgão tem sido objeto de estudos, consequência do número crescente de casos de tireoidismo.

“O envelhecimento da população e a maior exposição à radiação e a ondas eletromagnéticas podem ser a causa dessas ocorrências. A facilidade de diagnóstico também contribuiu para o aumento de casos”, diz a endocrinologista Laura Ward, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp).

Segundo ela, o uso frequente de produtos químicos, o consumo em excesso de alimentos industrializados, a falta de exercícios físicos e a pouca ingestão de iodo (no Brasil, presente no sal de cozinha) são hábitos que contribuem para os problemas. Uma pesquisa coordenada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo revela que 60% da população brasileira apresentam esse tipo de alteração, mas apenas 5% têm tumores malignos.

O tratamento consiste no monitoramento do distúrbio e no uso de medicamentos. A funcionária pública Leila Maria da Silveira, 52 anos, convive com uma glândula preguiçosa, com baixa produção de hormônio, desde 2002. Ao voltar das férias, passou a sentir cansaço, indisposição e dores no corpo: “Fiz uma maratona, indo a oito médicos. Cheguei a receber até um diagnóstico de fibromialgia”, conta.

A professora adjunta de endocrinologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Gisah Amaral de Carvalho explica que, na fase inicial do hipotireoidismo, os sintomas são discretos. “Porém, um teste simples de sangue, o de TSH, é capaz de detectar a doença”, esclarece.

Gisah alerta que metade dos pacientes com hipotireoidismo apresenta sintomas depressivos. Ela explica que os hormônios T3 e T4 agem em sistemas importantes para o humor, a memória, a libido, entre outros. O hipotireoidismo resseca pele e cabelos e enfraquece as unhas.

“O organismo fica preguiçoso. Há tendência a ganho de peso porque o paciente se movimenta menos e pode reter líquido. Ao contrário, existe o hipertireoidismo, que acelera todo o metabolismo”, afirma.

A endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, informa que o hipotireoidismo é até cinco vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens. Isso ocorre por causa das alterações hormonais na gestação e no período da menopausa. A médica reforça que o impacto do hipotireoidismo na vida do indivíduo está associado também com o aumento de colesterol e lipídios sanguíneos que levam à doença coronariana isquêmica e, daí, o maior número de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Apesar da gravidade, a pessoa com hipotireoidismo consegue normalizar os índices de hormônios e levar a vida normalmente, fazendo uso de medicação contínua que garante a reposição do hormônio T4. Gisah salienta que, apesar de simples, a adesão ao tratamento ainda é um complicador.

“As pacientes se sentem mal por depender de alguma coisa para a vida toda”, afirma. A dosagem varia de acordo com o peso e o nível de TSH e deve ser indicada pelo endocrinologista.

 

MARIA VITÓRIA | CORREIO BRAZILIENSE

 


SAÚDE
CAMINHADA

Caminhar dez quilômetros por semana pode proteger o cérebro na idade avançada, ajudando a impedir ou a desacelerar o desenvolvimento de problemas de memória e declínio cognitivo. A pesquisa está na revista “Neurology” deste mês.

“Sempre estivemos em busca da pílula mágica para tratar desordens cerebrais. Com caminhadas regulares, mantendo um nível moderado de atividade física, você pode reduzir seu risco para a doença de Alzheimer”, orienta Kirk Erickson, professor de psicologia da Universidade de Pittsburgh (EUA) e autor do estudo.


 

SAÚDE
PERDA DE AUDIÇÃO

A frequência da perda de audição entre os adolescentes americanos aumentou cerca de 30% desde os anos 1990, afetando um a cada cinco jovens em 2006, alertou um estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”.

Uma análise feita a partir de dados de duas pesquisas nacionais mostra que a prevalência da diminuição das capacidades auditivas em indivíduos de 12 a 19 anos foi de 14,9% entre 1988 e 1994 e de 19,5% – quase 6,5 milhões de jovens – de 2005 a 2006, o que representa um aumento de 31%. As perdas foram leves na maior parte dos casos. Os pesquisadores não conseguiram estabelecer a relação entre perda auditiva e infecções no ouvido, uso de armas de fogo ou exposição a volumes sonoros elevados durante cinco horas ou mais por semana. “São necessárias mais pesquisas para determinar as causas e identificar os fatores de risco”, disse Josef Shargorodsky, do Hospital Brigham and Women’s de Boston, principal autor do estudo.

 

Causas possíveis
• Infecções no ouvido.
• Uso de armas de fogo.
• Exposição a sons altos.

 


SAÚDE
CIGARRO E ALZHEIMER

Fumar muito na meia-idade pode aumentar até duas vezes o risco de desenvolver Alzheimer e outras formas de demência, segundo uma pesquisa publicada na revista “Archives of Internal Medicine”. O estudo analisou dados de 21.123 pessoas entre 1978 e 2008. Em duas décadas, 5.367 pessoas (25,4%) desenvolveram alguma forma de demência. Um quinto dos casos era de Alzheimer. Segundo os autores do trabalho, em comparação com os não fumantes, aqueles que consumiam mais de dois maços de cigarro por dia tiveram mais do que o dobro de chance de ter demência e Alzheimer. A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes.

 


 

 

 Visor

A Catedral de Blumenau foi “dormir”, ontem, iluminada em tons de azul para marcar o Dia Mundial de Combate à Diabetes. Pelo terceiro ano consecutivo, a campanha é realizada na igreja do Vale do Itajaí.