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CARAMUJO AFRICANO
Qual o destino correto?

Animal deve ser levado até o posto de saúde para ser triturado no aterroTodos os dias, Maria Isabel de Oliveira, moradora do bairro Jardim Iririú, segue a mesma rotina pela manhã. Pega sacolas plásticas, luvas, pá e sai para recolher os caramujos espalhados pela calçada de casa. Mas, depois de juntá-los, ela não sabe qual o destino correto para esses animais. Algumas vezes, o coloca no lixo, em outras, usa a velha tática de queimar o molusco com sal. “Não sabemos o que fazer com os bichos recolhidos. O campinho de futebol ao lado da minha casa está infestado de caramujos e muitos crianças brincam por ali.”

Para evitar a reprodução sem controle deste animal e ajudar a comunidade, a Fundema, a Secretaria da Saúde e a Seinfra elaboraram um plano de ação. O objetivo é dar destino correto aos caramujos, além de desenvolver atividades de educação ambiental e sanitária no combate aos moluscos.

O caramujo deve ser recolhido pelo morador ou dono do terreno e entregue nos postos de saúde ou secretarias regionais. Depois, o animal é levado para o aterro sanitário, onde é triturado e depositado em vala impermeabilizada, que não permite que os restos do molusco contaminem o solo.

O aterro sanitário de Joinville é o primeiro do Estado a ter uma vala séptica para este fim. Cerca de 150 quilos do caramujo foram moídos em uma máquina que custou R$ 8 mil. Lucas Farias, agente de combate da vigilância ambiental, ressalta que o importante é evitar o contato com o molusco.


SÃO BENTO DO SUL
Falta de médico na mira da Justiça
Juiz acata o pedido do MP e Prefeitura terá de fazer escala de atendimentoA falta de médicos plantonistas nos atendimentos de urgência e emergência deixou o Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento do Sul, na mira da Justiça. O promotor Max Zuffo constatou que faltam profissionais para completar a escala de plantão do hospital, prejudicando os atendimentos.

Apesar de não ser uma instituição pública, o hospital tem um contrato com a Prefeitura que o obriga a oferecer os serviços de urgência e emergência. Conforme o Ministério Público, o desfalque levou o hospital a pedir que o Samu e os bombeiros levassem os pacientes atendidos em situação de emergência para outras unidades de saúde da região na sexta-feira e no sábado.

A situação levou o promotor a elaborar uma ação pública para cobrar a normalização do serviço. O juiz Cesar Tesseroli analisou a ação e publicou uma liminar esta semana determinando que o hospital contrate médicos suficientes para o atendimento.

A decisão exige ainda que o município garanta os serviços médicos de atendimento pré-hospitalar fixo e móvel de urgência e emergência para a população. O descumprimento pode levar a unidade a receber multa de R$ 30 mil por dia. Agora, o hospital é obrigado a montar escalas de atendimento em todos os períodos para não ser penalizado, mesmo não tendo contratado novos profissionais.

Por meio da assessoria de imprensa, o hospital informou que tem interesse em readequar o quadro de médicos, mas está com dificuldades para encontrar profissionais no mercado.


 


ORIENTAÇÃO
Dengue não tem férias em Campo Alegre

Cerca de mil alunos da rede municipal de Campo Alegre levarão para casa um livro sobre prevenção a dengue. O material, distribuído pela Secretaria de Saúde, é repleto de ilustrações para a criançada colorir. Com linguagem acessível, o material traz orientações sobre os tipos de dengue, principais sintomas, transmissão da doença e cuidados domésticos para evitar a proliferação do mosquito transmissor.


 

 


Enfim
Nesta sexta, sai a licença para o hospital da Pró-rim no bairro Boa Vista, em Joinville. Além de 150 leitos, o complexo vai contar com clínicas, apart hotel, entre outras estruturas. A mudança de zoneamento que permite a obra foi feita em 2007, mas somente neste ano foi feito o pedido de licenciamento.

 

 

  

Atropelo

Com pressa para inaugurar obras e mostrar serviço, Leonel Pavan vai entrar amanhã em uma saia justa. Em Ibirama, entregará oficialmente a UTI do Hospital Miguel Couto, mas apenas a parte física está pronta e com equipamentos. O pessoal especializado para tocar a unidade ainda não foi contratado por questões burocráticas. Se algum paciente necessitar de tratamento, terá que ser transferido para o Hospital Regional de Rio do Sul, ou para o Hospital de Ituporanga, onde Pavan inaugura, no mesmo dia, outra UTI, esta sim em pleno funcionamento.

 

 

 

Quase 1700 aguardam por transplante de órgãos na Santa & Bela15/12/2010 - 00:00 - Atualizado em 15/12/2010 - 00:29

Maior procura é por transplante de córnea, seguido de rim e fígado. Encontro internacional de órgãos tá rolando em Balneário e promete buscar soluções pra diminuir a fila
Órgãos mais procurados
1º Córnea
2 º Rim
3 º Fígado
4 º Pulmão
5 º Coração

Uma fila interminável preocupa quase 1700 moradores da Santa & Bela. A galera tá à espera da doação de algum tipo de órgão ou córnea - Santa Catarina é o primeiro estado em doação de órgãos do Brasil. Na contramão do bom desempenho no ranking, a fila dos transplantes cresce a cada ano no estado e pra diminuir o sofrimento do povão, médicos e profissionais da saúde têm buscado discutir o assunto e orientar a comunidade sobre a importância da doação. Com este objetivo, começou ontem o 2º Fórum Internacional de Coordenadores de Transplantes, em Balneário Camboriú.
Fernando César Pereira dos Santos recebeu um transplante de órgão e foi ontem ao fórum, no hotel Marambaia, agradecer os três anos de vida que está gozando após a cirurgia. Portador de hepatite C, uma inflamação crônica do fígado, ele passou quatro anos esperando um transplante do órgão. Seu nome tava na lista de espera de São Paulo e, enquanto aguardava pela doação, seu caso piorou. Ele teve cirrose e até desenvolveu um câncer. Em 2007, já tava malemal, quando surgiu a oportunidade de receber uma doação em Blumenau. Fez a cirurgia e hoje passa bem.

Pra mostrar gratidão pela doação, já que não pode agradecer pessoalmente a família do morto que lhe deu o órgão, Fernando montou a ONG Hércules, que orienta os pacientes que aguardam pelos transplantes. A ONG realiza trabalhos em Blu e Florianópolis.
Mas nem todos os pacientes têm a sorte de Fernando. Atualmente, 1699 pessoas esperam por algum tipo de transplante em Santa Catarina. Destes, mais de 1100 aguardam a doação de córnea, que é aquela parte transparente dentro dos zoios. “Pra doença de córnea, tem aumentado a procura”, conta o coordenador da central de transplantes do estado, o médico Joel Andrade.Os outros órgãos mais procurados pra doação são rim, fígado, pulmão e coração. Embora a córnea seja a mais procurada, a situação mais grave é a do paciente que espera um fígado. Após quatro anos em uma fila, a doença pode se tornar fatal.

Poucos hospitais

Se faltam órgãos pra doação, também faltam hospitais no estado preparados pra realizar a cirurgia. A maioria tá cadastrada e apta pra recolher os órgãos, mas apenas unidades em Blumenau, Florianópolis, São José, Joinville e Chapecó tão equipadas pro transplante. A ideia é buscar investimento dos governos do estado e federal pra aumentar o atendimento por aqui.

O doutor Joel conta que, apesar do grande número de espera, Santa Catarina é líder nacional em doações. Em 2009, chegou ao índice de 19,8 doadores por um milhão de pessoas, muito acima do segundo colocado, São Paulo, que não teve nem 10 doadores a cada milhão. “O estado investe muito em divulgação e orientação”, justifica.Apesar disso, o médico relembra que é sempre necessário o povão buscar informação sobre os transplantes e, se for de seu interesse, tornar-se um doador após a morte. Pra isso, basta avisar à família. Na região, o hospital Marieta Konder Bornhausen, no Itajaí, tá apto a fazer coleta dos órgãos a serem doados, levando em conta o tempo e o armazenamento correto.

Os especialistas explicam que cada órgão tem um tempo certo pra ser retirado do corpo do doador, pra garantir que ele seja transplantado e funcione bem em outra pessoa. O tempo pra retirada varia de 30 minutos, como é o caso dos rins, a 10 horas, como no caso de doação de pele ou tecido. Se receber os cuidados necessários, os órgãos podem ficar armazenados por até uma semana em uma geladeira. O transporte até o doador também deve ser feito com cuidado, pra evitar que os órgãos chacoalhem dentro dos compartimentos ou percam contato com os antídotos, que garantem a sobrevida dele.

 

 

 

Ponto Final
(Carlos Damião)

“Se o prefeito e a secretária não são capazes de gerenciar a saúde que entreguem seus cargos para que seja feita nova eleição”. Do vereador Antônio Battisti, reagindo ao projeto da prefeitura de São José que pretende privatizar parte da assistência local da saúde.


Região

Hospital
Regional teve um dia mais tranqüilo ontem

Durante a manhã de ontem, a situação da emergência do Hospital Regional de São José estava mais tranqüila. A maioria dos pacientes que aguardava atendimento esperou, em média, duas horas. Bem diferente do dia anterior, quando o setor de ortopedia viveu um dia de caos e longas esperas para quem precisou de atendimento.

Citada na edição de terça-feira, a aposentada de 70 anos, Iracema Borges, aguardou 15 horas para ser atendida. Ela chegou acompanhada da vizinha Sônia Márcia, às 7h e foi internada somente às 22h.

Ontem, o vigilante Neilton Costa, 39, machucou os ligamentos do joelho e precisou enfaixar a perna. “Hoje foi rápido, mas na sexta-feira aguardei das 7h às 15h para ser atendido e ainda voltei para casa do mesmo jeito que cheguei”, diz.