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SAÚDE PÚBLICA
  

Governo reforça luta contra o crack

Ministro da Saúde participa de audiência no Congresso e anuncia reação interministerial contra a droga no País

  

A epidemia de crack no País levou a Câmara dos Deputados a realizar ontem uma audiência pública para discutir formas de coibir o avanço da droga. Na primeira reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, o ministro da Saúde, José Temporão, afirmou que o governo deve anunciar nas próximas semanas um programa interministerial com o objetivo de ampliar a rede pública de tratamento e criar medidas de prevenção.

“O presidente Lula pediu uma integração de esforços. Vamos reunir ações de educação, saúde, cultura e combate ao tráfico para tentar diminuir o acesso à droga”, disse Temporão, que destacou ainda a campanha Crack, Nem Pensar, do Grupo RBS.

Vice-presidente Institucional e Jurídico do Grupo RBS, Paulo Tonet Camargo apresentou aos parlamentares as iniciativas da empresa. Segundo Camargo, a degradação social, a dificuldade de recuperação dos usuários e a dependência imediata causadas pela pedra motivaram a realização, pelo segundo ano consecutivo, de uma campanha para esclarecer a população sobre os perigos do crack. “Muitas vezes, é a falta de informação que provoca esse cotidiano de tragédias vinculado ao crack”, resumiu Camargo.

Entre os painelistas, dois especialistas em saúde traçaram um diagnóstico da epidemia no País. Segundo o psiquiatra Pablo Roig, o crack já tem 1,26 milhão de usuários no Brasil. Coordenadora de um programa de atendimento a bebês expostos a drogas no Rio Grande do Sul, a pediatra Gabrielle Cunha revelou que 80% das mães atendidas pelo sistema são viciadas em crack.Os dados preocuparam o deputado Alceni Guerra (DEM-PR). “Já não se trata mais de uma epidemia, mas sim de uma tragédia nacional. O crack é o mais grave problema de saúde pública do País”, disse o deputado.

  

SERVIÇO

Saúde mental

 

As inscrições para o encontro sobre saúde mental “O eu, o outro e a mente” terminam amanhã. O evento acontece nos dias 17 e 18 de maio no campus da Unisul da Pedra Branca, em Palhoça. Informações: (47) 3279-1084.

 

  

 

 Como esperar

 

 Cidadão em tratamento de câncer no Hospital São José de Joinville escreve para pedir atendimento. Exames teriam apontado a necessidade do atendimento. Só que a consulta só poderia ser realizada em outubro. “Os tumores podem esperar até lá?”, reclama ele.

 

 

 

 

 

ESTADO DE GREVE

Servidores vão esperar proposta

O impacto do abono de 16,76% nos salários dos funcionários será avaliado pelo governo

 

Os servidores estaduais da Saúde continuam em estado de greve, mas não devem paralisar suas atividades até o dia 14 de maio, quando está prevista uma nova reunião com representantes do governo do Estado.A decisão foi anunciada ontem à tarde, em frente ao Centro Administrativo de Florianópolis, depois do início das negociações com os secretários Paulo Eli, da Administração, e Cleverson Siewert, da Fazenda.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Florianópolis (Sindsaúde), Pedro Paulo das Chagas, os secretários vão realizar um estudo do impacto financeiro da proposta de incorporação do abono de 16,76% nos salários de todos os funcionários.Um dos itens que integra as oito reivindicações da pauta e zerar as perdas salariais dos 14.327 trabalhadores da saúde.

– No dia da próxima negociação, os servidores vão paralisar as atividades nas unidades do Estado. Mas só durante a reunião. Marcamos também uma nova assembleia para o dia 19 – anunciou Chagas.

Professores também se reuniram ontem de manhã

Os professores da rede pública estadual saíram decepcionados da Assembleia Legislativa de Santa Catarina ontem de manhã.Eles se reuniram no local às 9h para acompanhar a votação, pela Comissão de Finanças, da emenda que estende a toda a categoria a gratificação cedida aos funcionários da Secretaria Estadual da Educação e Gerências Regionais de Educação. Porém, os deputados não aprovaram a emenda que beneficiaria cerca de 60 mil servidores da área.

O sindicato da categoria informou que os professores ficaram extremamente decepcionados com a decisão. Já a medida provisória que eleva a gratificação de 15% para 65% para cerca de mil funcionários das secretarias estaduais e das gerências regionais de Educação foi aprovada pela comissão e será levada para votação em plenário.

nanda.gobbi@diario.com.br

 

 

NANDA GOBB

        

CRACK NEM PENSAR

Governo vai anunciar novas ações

O objetivo é criar medidas de prevenção contra a droga e ampliar a rede pública de tratamento

  

A epidemia de crack no país levou a Câmara dos Deputados a realizar, ontem, uma audiência pública para discutir formas de coibir o avanço da droga. Na primeira reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, o ministro da Saúde, José Temporão, afirmou que o governo deve anunciar nas próximas semanas um programa interministerial.O objetivo é ampliar a rede pública de tratamento e criar medidas de prevenção.

– O presidente Lula pediu uma integração de esforços. Vamos reunir ações de educação, saúde, cultura e combate ao tráfico para tentar diminuir o acesso à droga – disse Temporão, que destacou a campanha Crack Nem Pensar, do Grupo RBS.

Vice-presidente Institucional e Jurídico do Grupo RBS, Paulo Tonet Camargo apresentou aos parlamentares as iniciativas da empresa.Segundo Camargo, a degradação social, a dificuldade de recuperação dos usuários e a dependência imediata causadas pela pedra motivaram a realização, pelo segundo ano consecutivo, de uma campanha para esclarecer a população sobre os perigos do crack.

– Muitas vezes é a falta de informação que provoca esse cotidiano de tragédias vinculado ao crack – resumiu Camargo.

Entre os painelistas, dois especialistas em saúde pública traçaram um diagnóstico assustador da epidemia da pedra no país. Segundo o psiquiatra Pablo Roig, o crack já tem 1,26 milhão de usuários no Brasil.

Uma tragédia nacional maior que a gripe espanhola

Coordenadora de um programa de atendimento a bebês expostos a drogas em Porto Alegre, a pediatra Gabrielle Cunha revelou que 80% das mães atendidas pelo sistema são viciadas em crack.Os dados preocuparam o deputado Alceni Guerra (DEM-PR).

– Já não se trata mais de uma epidemia, mas sim de uma tragédia nacional que atinge o triplo de pessoas que foram abatidas pela gripe espanhola no século passado. O crack é o mais grave problema de saúde público do país – disse o deputado.

  

 Especialistas apoiam doentes a terem filhos

 Especialistas em Aids apoiam a intenção do governo de orientar soropositivos que querem ter filhos a engravidar naturalmente, desde que respeitem condições específicas. O ministério elabora um documento para ser apresentado em junho que instrui esses casais sobre a forma mais segura de reprodução natural.A estratégia inclui: fazer sexo desprotegido na data exata do período fértil; estar com a carga viral baixa; ter o CD4 (células de defesa) elevado e não ter outras doenças.

 Colunista Cacau Menezes

Podem dançar

O médico cardiologista Daniel Medeiros Moreira, sobre as duas mortes súbitas no mesmo baile da terceira idade, em Floripa, lembra que estas fatalidades realmente ocorrem, mas é necessário fazer uma ressalva: É grande a possibilidade de que esses casos sejam em decorrência de doença cardiovascular não identificada ou não tratada de forma adequada. A tua notícia não deve, contudo, inibir essa bela atividade entre nossos sábios de cabelo branco: o exercício físico é indispensável no controle não farmacológico de doenças comuns na melhor idade, como a hipertensão e o diabetes, além de ser conhecido fator de redução de risco cardiovascular.

Segundo o cardiologista, alguns estudos demonstraram, de forma elegante, que a dança promove, ainda, uma melhora significativa do condicionamento cardiovascular, da flexibilidade e do equilíbrio. Além disso, a prática da dança pode contribuir em quadros neurológicos: o tango, por exemplo, melhora significativamente o equilíbrio e os sintomas em pacientes com doença de Parkinson, conforme estudo publicado em 2007.

 

 

 Deputada Odete de Jesus (PRB), da Comissão de Saúde, acredita que a intermediação entre o governo do Estado e o sindicato dos servidores do setor vai dar pé e a greve não sai.

 

 

 

Política 

Gratificações. Proposta em negociação é de incorporar no salário o abono de 16,76%

Governo reabre negociações

 

No dia em que o SindSaúde marcou uma assembléia para tirar o indicativo de greve, o governo do estado, por meio da Secretaria da Administração, aceitou reabrir a negociação em cima de um ponto: a incorporação na tabela de salários do abono de 16,76%, concedido a todos os servidores que receberam a primeira parcela em janeiro e vão receber a segunda em maio.

 

“Já estamos estudando a incorporação do abono, que depende de estudos jurídicos”, afirmou o secretário da Administração, Paulo Eli. O Sindisaúde decidiu dar um voto de confiança ao governo. “Vamos esperar a respostas deles”, disse a presidente do sindicato, Edileuza Fortuna Garcia.

 

À Tarde, em assembléia no pátio do Centro Administrativo, os servidores decidiram dar um tempo ao governo e desistiram de entrar em greve. O secretário Paulo Eli disse que a Administração quer um basta ao tratamento setorial quando o assunto é salário. 

“A Secretaria da Administração trata da gestão de recursos humanos, então tem que tratar todos os servidores de forma eqüitativa”. Segundo o secretário Paulo Eli, o estudo começou antes da edição das PMs. 

Na reunião ficou acertado que o governo do estado tem até o dia 14 para dar uma resposta da repercussão financeira nos cofres do estado e se a incorporação pode ser aplicada já na folha dos servidores da Saúde.

 

 
Aids- Portadores de HIV que precisam tomar coquetel ficam sem medicamentos 

 Estoque de remédios é insuficiente

 Mesmo após o anúncvio do Ministério da Sáude, divulgado  esta semana, de que as doses de lamivuldina, medicamento mais usado do coquetel para tratamento do HIV/Aids, voltariam a ser distribuidos, pelo menos 11 mil pacientes portadores do vírus em Florinaópolis ainda correm o risco de ficar sem a medicação. De acordo com a presidente do Gapa( Grupo de Apoio à Prevenção à Aids) da capital, Helena Edilia Pires, o medicamento voltou às prateleiras das farmacias do SUS ( Sistema  Único de Saúde), mas não  quer dizer que todos os pacientes terão acesso a ele por muito tempo. Dos 27 medicamentos disponíveis para formar um coquetel, o Abacavir também está em falta desde dezembro de 2009. Já o Biovir é encontrado nos estoques, mas a quantidade da mesma forma que o Lamivudina, está abaixo da normalmente enviada pelo Ministério da Saúde.

Ministério alega falha burocrática

Em nota, o departamento de DST(doenças sexualmente transmissíveis), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, que faz a compra e distribuição dos medicamentos, divulgou que problemas na assinatura de contratos com laboratórioas públicos dos estados provocaram o desabastecimento dos medicamentos.

A Gerência da Vigilância de DST/ Aids, unidade que distribui os medicamentos aos órgãos que realizam o tratamento da Aids em Santa Catarina, diz que o pedido de abastecimento já foi feito ao Ministério da Saúde.