ARTIGO
SUS: um bom plano pra quem não está doente
Insisto no SUS. Acredito nele. Sei que é um dos melhores planos do mundo, embora a maneira como vem sendo administrado possa colocar tudo a perder. Quando não se está doente serve muito bem. A gente vai ao posto de saúde, aguarda na fila, é certo. Mas, de um jeito ou outro, se consegue a consulta para os exames de rotina e é possível fazer um bom acompanhamento da saúde. Os médicos de família são bons, as agentes visitam as casas, tudo certo.
Mas a coisa estraga quando a gente fica doente. Como já não há mais diagnóstico sem exames, a pessoa corre o risco de morrer até que consiga um resultado. É o que passei neste final de ano. De repente, apareceu-me uma bola no pescoço. Pirei. Pronto, deve ser uma baita infecção. Fui ao posto. Médica olha, apalpa. Hum! Não parece grave. Vamos aguardar. Espera mais uma semana, aparecem outras bolas. Agora é a morte.
Estamos perto do Natal. Febre, dor de cabeça, delírios. Não dá mais. Vou à policlínica, na emergência. Médica olha. “Hum... Parece grave, mas tem que ir ao posto.” Toca a pegar outro ônibus, meio grogue, mas vamos lá. Chego ao posto, outra médica. “É, pode ser toxo ou câncer no sangue. Mais para toxo, mas vamos fazer um exame para confirmar. Enquanto isso, toma um anti-inflamatório para aliviar a dor.” Lá vou eu marcar o exame. “Só depois do Natal, tudo fecha amanhã.” Ah, tá!
Passa o Natal e eu mergulhada na febre e na dor. Danação. Ir à emergência, nem pensar. Sem resultado de exame é perda de tempo. Passam os dias. Segunda-feira. Uff... Lá vou eu fazer o exame. “Moça, eu estou mal mesmo, será que dá para agilizar aí o resultado.” “Olha, é difícil, vem aí o Ano-novo, só lá pelo dia 4.”.
“Mas eu estou há três semanas me danando toda...” “É, mas não posso fazer nada agora.” E lá vou eu, outra vez, pegar o ônibus, meio aturdida. Uma semana a mais de sofrimento. Entrando 2010 muuuuito bem. E assim é. Só no começo do mês, isso se ainda houver vida para buscar o resultado. Enquanto isso, na Unimed...
Jornalista
ELAINE TAVARES
Geral
DENGUE
Saúde acha cinco focos do mosquito este ano
O Programa de Controle a Dengue de Joinville registrou este ano cinco focos do Aedes aegypti, mosquito que, infectado, transmite a dengue. Três deles foram achados em Pirabeiraba em armadilhas instaladas na cidade. Dois focos estavam em casas e o restante em transportadoras, diz a responsável pelo programa, Luciana Almeida.