MATERNIDADE DARCY VARGAS
Ultrassom na semana que vem
Após mais de 15 dias de atraso na entrega, aparelho licitado pela Prefeitura deve começar a ser montado hoje
O aparelho de ultrassom comprado pela Prefeitura com dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para a Maternidade Darcy Vargas deve começar a ser instalado hoje por um técnico especializado. A fabricante Philips do Brasil entregou o aparelho na terça-feira, com cerca de 15 dias de atraso em relação ao prazo final determinado no contrato de licitação (26 de abril). A expectativa é de que a instalação – considerada rápida – ocorra nesta semana e que as primeiras pacientes passem pelo novo ultrassom no máximo até a próxima semana.
Segundo a Philips, que venceu a concorrência em março, o ultrassom já estava no estoque da fábrica em São Paulo. Mas a necessidade de reunir outras máquinas que acompanham o ultrassom, entre eles uma impressora, acabou determinando a demora, justificou a indústria. “Sendo obrigatória a entrega do pacote completo, a aquisição dos itens locais provocou o atraso”, afirmou a fábrica, por meio da assessoria de imprensa.
A demora havia sido questionada pela Secretaria Municipal de Saúde na segunda. A secretaria havia alertado que hoje seria o prazo-limite para a entrega do aparelho para que o fabricante não sofresse punições – que, na semana anterior, tinha classificado o atraso como aceitável.
Segundo o diretor administrativo da secretaria, Vilson Meyer, o pagamento dos quase R$ 110 mil do SUS repassados ao município pelo governo estadual deve sair nos próximos 30 dias após a entrega. Ele afirma que a Prefeitura manterá as conversas com a Darcy Vargas para verificar novas necessidades e licitar mais equipamentos para o hospital. A maternidade atende à região de Joinville e tinha apenas um aparelho. Assim que for instalado, o novo ultrassom vai assumir a maioria dos exames realizados na instituição estadual – os de pronto-socorro e pacientes internadas.
Conforme o diretor da maternidade, Armando Dias Pereira Jr., o novo ultrassom é mais preciso (tem mais resolução), o que reduzirá o tempo de exame. E mostra imagens coloridas, ao contrário do antigo. A Darcy Vargas faz, em média, mil ultrassonografias mensais (30 por dia). Em abril, foram 1.030.
Pereira Jr. diz que a reforma que durará mais dois meses na maternidade, não prejudicará a instalação do ultrassom. Ele adianta que o hospital reservou um monitor de LCD para que as mães observem os bebês durante a ultrassonografia. Nos últimos meses, o hospital comprou pelo menos 15 TVs de LCD para quartos e recepções. O antigo aparelho será usado no setor de medicina fetal, que verifica indícios de má-formação nos fetos.
camille.cardoso@an.com.br
Grupo mantém estado de greve
Por volta das 16h, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) se reuniu com representantes da prefeitura para buscar um acordo sobre as negociações salariais.Segundo a diretora de comunicação do sindicato, Paula da Cunha, a categoria quer o avanço nas negociações sobre plano de cargos e salários. Outras reivindicações são o pagamento do piso nacional para auxiliares de sala e gratificação para auxiliares e técnicos da área da Saúde.
Até agora, os servidores conseguiram avançar no valor da reposição salarial. A administração municipal havia proposto um acréscimo de 3%, parcelado em três vezes (1% em maio, 1% em setembro e 1% em dezembro), mas aceitou dar um aumento de 5,5%. Os trabalhadores não ficaram satisfeitos. Reclamam que a proposta da prefeitura envolve adiar o pagamento de metade do 13º salário de junho para setembro, o que consideram injusto.Os servidores estão em estado de greve desde o dia 27 de abril, mas a primeira paralisação foi ontem.
VALE A PENA
Que tal mais um cafezinho?
Pesquisa revela que coffee break torna trabalhadores mais produtivosOs funcionários que não abrem mão de alguns minutos para relaxar durante o expediente agora têm o apoio da ciência para fazer a sua pausa para o cafezinho. Um estudo britânico revela que o coffee break torna os trabalhadores mais produtivos.
Pesquisadores do London School of Hygiene and Tropical Medicine descobriram que a cafeína ajuda a melhorar a memória e a concentração dos funcionários, e também a reduzir o número de erros cometidos durante o trabalho.
Para os trabalhadores que costumam esticar seus turnos madrugada adentro, a pausa para o café tem efeito similar ao de um “poderoso cochilo”, revela o estudo, publicado no periódico especializado The Cochrane Library Journal.
A pesquisa afirma ainda que tomar café ajuda a reduzir os acidentes de trabalho e até mesmo as batidas de carro envolvendo pessoas que acabaram de encerrar um longo expediente. O efeito é benéfico também a médicos e pacientes, já que a bebida reduz o risco de os profissionais da saúde cometam erros após longos períodos de plantão.
Os pesquisadores britânicos analisaram o resultado de 13 pesquisas anteriores que estudavam o comportamento de trabalhadores que costumavam trabalhar por longos períodos, a maioria com idade em torno dos 20 anos. Mais tarde, um grupo de voluntários foi chamado a realizar testes de memória, concentração, uso de palavras e raciocínio – duas das provas tinham como objetivo verificar se eles estavam propensos a cometer erros simples.
A uma parte dos voluntários foi permitido tomar café após os testes. Os grupos, então, repetiram os exames, desta vez sob a influência de mais fatores externos, como luzes brilhantes. Algumas pessoas puderam até tirar um cochilo.
Os resultados da segunda etapa mostraram que aqueles que puderam beber café tiveram melhores resultados nos testes de concentração, memória e raciocínio.
Entre os voluntários que tomaram café e os que tiraram um cochilo, houve pouca diferença nos resultados de uma forma geral, embora os primeiros tenham cometidos menos erros durante os exames.
– Os resultados mostram que a cafeína pode reduzir o número de erros e melhorar a capacidade cognitiva dos funcionários – disse Katharine Ker, líder do estudo.
Os resultados mostram que a cafeína pode reduzir o número de erros e melhorar a capacidade cognitiva dos funcionários
KATHARINE KER
Diario do Leitor
Gravidez e HIV
O Ministério da Saúde deveria ter muito mais cautela ao falar de um tema delicado que é o da gravidez de mulheres com HIV positivo. É e continua a ser muito arriscada a gestação nesses casos. Existem muitos casos de pessoas resistentes à medicação antiretroviral. Então, como essas mulheres criarão os seus filhos?
Elisa Siebert
Por e-mail
Geral
Carmela Dutra. Equipamento para detectar câncer de mama está quebrado e não tem conserto
Mamografias são canceladas
Mais de 500 mulheres com suspeita de câncer de mama aguardam para fazer exames de mamografia, no ambulatório da Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis. A fila e a espera são longas. O mamógrafo está quebrado e a secretaria de Estado da Saúde não tem previsão para trocar o aparelho.Segundo uma funcionária da maternidade, que prefere não se identificar, a situação já se arrasta há dois meses. Ela conta que em muitos casos as mulheres acabam não fazendo o exame, e quando descobrem o câncer de mama é tarde demais para o tratamento.
Diante da situação, quem não pode esperar precisa recorrer à rede particular para fazer a mamografia. Em clínicas particulares da capital o exame é feito no mesmo dia da solicitação, mas custa de R$140 aR$90. “Quem não tem como pagar este valor precisa esperar e ter esperança de que o nódulo não cresça neste período”, diz uma paciente que aguarda há 40 dias pela mamografia.
Aparelho deve demorar a chegar
O gerente técnico da maternidade Camela Dutra, Ricardo maia, confirma o problema, mas diz que ele ocorrer há duas semanas e que os casos urgentes são encaminhados ao Cepon. “Assim que o equipamento quebrou, encaminhamos uma notificação à Secretaria Estadual da saúde. Ele não tem conserto, por isso precisamos de um novo, que esperamos receber nos próximos 60 dias”, explica.De acordo com a assessoria de imprensa da SES, a Superintendência dos Hospitais Públicos está com o pedido da maternidade, e no momento o órgão faz uma pesquisa de mercado para saber qual tipo de mamógrafo será adquirido, e ainda não há prazo para entregá-lo à Carmela Dutra.
Rede de apoio é um caminho
As mulheres que precisam de orientações e encaminhamentos de exames para tratara câncer de colo de útero e de mama e que não estão sendo atendidas pela rede pública podem buscar ajuda na Rede Feminina de Combate ao Câncer do estado.A instituição, localizada na rua Rui Barbosa, bairro Agronômica, foi fundada em 1961, e desde lá atende em média 450 mulheres de baixa renda por mês que esperam por exames preventivos de câncer de colo de útero e de mama.Segundo a voluntária, Raquel Mendonça, os pedidos de mamografia são encaminhados ao Cepon e geralmente o agendamento é feito no mesmo mês do pedido. “Não temos encontrado problema com filas de espera”, lembra.