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SAÚDE

Pomada pode ter sido causa das mortes

Anestésico encontrado em clínica estava com o prazo de validade vencido

 

Uma pomada de lidocaína usada, vencida em março e encontrada no lixo da sala de endoscopia, reforçou a suspeita de que a morte de duas pessoas submetidas ao exame numa clínica em Joaçaba foi consequência da aplicação do medicamento fora do prazo de validade.

Além de utilizar material inadequado, a Conci Clínica Médica não tinha alvará para procedimentos invasivos, o que inclui a endoscopia. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o local tinha permissão para realizar apenas consultas.

A descoberta ocorreu ontem, quando o delegado Maurício Pretto e fiscais da Vigilância Sanitária abriram os envelopes apreendidos clínica, na sexta-feira, dia das mortes. A Polícia Civil acredita que a lidocaína, utilizada como anestésico de via oral, seja a causa mais provável dos efeitos colaterais nos oito pacientes que foram submetidos ao exame. Dois morrerram e seis internados – somente um permanece no hospital.

A lidocaína e o outros materiais recolhidos do consultório serão encaminhados ao Instituto Geral de Perícias (IGP) hoje. O exame será realizado pelo Instituto de Análises Ambulatoriais, em Florianópolis. O caso terá prioridade, mas o resultado não fica pronto em menos de 20 dias.

A Vigilância Sanitária fez nova vistoria no consultório e na sala de exames e determinou a interdição do local. Um computador e a maleta de primeiros socorros foram apreendidos. Técnicos de Florianópolis foram enviados a Joaçaba. Os especializada em farmaco-vigilância se concentraram nos medicamentosse e nas condições de atendimento.

O advogado da clínica, Germano Bess, considerou a interdição da clínica prematura. O médico Denis Braga e o advogado não foram localizados à tarde para comentar sobre a pomada vencida.

 

Médico não teve casos anteriores

 

 

O médico Denis Braga, 31 anos, responsável pela endoscopia que causou a morte de duas pessoas em Joaçaba, não responde a nenhum processo ético no Conselho Regional de Medicina (Cremesc). Mas a entidade já abriu sindicância para apurar a responsabilidade neste caso.

De acordo com o corregedor-adjunto do Cremesc, Wilmar Gerent, uma investigação foi aberta quando o Cremesc foi informado sobre o caso. “Assim que ficamos sabendo do episódio, abrimos sindicância, que deve ficar pronta em menos de um mês. Como houve mortes, provavelmente a sindicância vai se transformar em um processo ético, que deve demorar de um a dois anos para ser concluído”, afirmou.

Braga se graduou em medicina pela Universidade de Caxias do Sul, em 2003. Tem especialização em gastroenterologia na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, entre 2004 e 2006. Ele é professor da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) nas disciplinas de morfologia e estágio ambulatorial.

Ontem à tarde, três das quatro pacientes que estavam internadas em Videira tiveram alta. Vivian Deni Toudo, Lorizete Rodrigues e Elza Gemelli deixaram o hospital Divino Salvador e foram para casa em Iomerê. Até o início da noite, apenas a jovem Iara Penteado, de 15 anos, continuava hospitalizada. Ela está internada em coma induzido e respira com ajuda de aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba.

 

INVESTIGAÇÃO EM JOAÇABA
Pomada estava vencida e clínica não tinha alvará

Material encontrado reforça a suspeita de que medicamento irregular teria provocado as mortesUma pomada de lidocaína (princípio ativo da xilocaína) usada, vencida em nove de março e encontrada no lixo da sala de endoscopia, reforçou a suspeita da polícia. A morte de duas pessoas submetidas ao exame numa clínica em Joaçaba pode ter sido consequência da aplicação do medicamento fora do prazo de validade. A Conci Clínica Médica também não tinha alvará para procedimentos invasivos (internos ao corpo), o que inclui a endoscopia.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que o local, interditado ontem de manhã, tinha permissão para realizar apenas consultas. A descoberta ocorreu ontem, quando o delegado Maurício Pretto e fiscais da Vigilância Sanitária abriram os envelopes apreendidos na clínica, na sexta-feira, dia das mortes. A Polícia Civil acredita que a lidocaína, utilizada como anestésico de via oral, seja a causa mais provável dos efeitos colaterais nos oito pacientes que foram submetidos ao exame. Dois morreram e seis foram internados – um permanece no hospital.

Para o delegado, o prazo de validade vencido da pomada, uma superdosagem ou um erro de manipulação do anestésico são as hipóteses mais fortes para a causas da tragédia. A coordenadora do Centro de Informações sobre Medicamentos da Universidade do Vale do Itajaí, professora Ana Paula Veber, disse que o prazo de validade é determinado para garantir a segurança do paciente e a eficácia do produto.

Em caso de vencimento podem ocorrer três situações: o medicamento não fazer efeito, se tornar um local propício para a procriação de bactérias e fungos, ou se transformar numa substância tóxica. A última possibilidade é a mais provável de acordo com a professora.

A pomada foi manipulada pela Farmácia Granatta, em Itajaí, em 9 de novembro de 2009. A proprietária disse que consultaria um advogado e se manifestaria, o que não ocorreu até o fechamento desta edição. A suspeita de que os efeitos colaterais foram provocados pelo sedativo Compaz Diazepan não foi descartada.

A lidocaína e o outros materiais recolhidos do consultório serão encaminhados ao Instituto Geral de Perícias hoje. O exame será realizado pelo Instituto de Análises Ambulatoriais. A avaliação de seringas, amostras de água destilada, material de assepsia, lixo hospitalar, ampolas e frascos de Diazepan pode determinar a causa das mortes. O resultado sai em 20 dias.

Ontem, fiscais da Vigilância Sanitária interditaram a clínica e recolheram materiais. De acordo com a fiscal Kátia Valentini, a decisão é uma medida cautelar para evitar que o médico Denis Conci Braga continue atendendo. CADORE | Joaçaba Contraponto
O advogado do médico Denis Conci Braga, Germano Bess, considerou a interdição da clínica prematura e disse que “quem não deve, não teme”.

– Enquanto não houver um laudo pericial, interditar é prematuro. O meu cliente tomou todos os procedimentos corretos.Penso que o erro esteja em algum medicamento utilizado.
Braga e o advogado não foram localizados, à tarde, para comentar sobre a pomada com prazo de validade vencido.
Tire suas dúvidas
O que é a xilocaína?
É o nome comercial da lidocaína, um anestésico local em forma de spray ou pomada. O produto é comercializado em forma industrial ou manipulada. Além deste medicamento, antes de fazer a endoscopia o paciente é sedado.

Por que ela é usada na endoscopia?
Geralmente, é usada em forma de spray, na boca e na garganta do paciente. O objetivo é amortecer o local e evitar a ânsia de vômito na hora em que o endoscópio, um cano com uma câmera na extremidade for introduzido.

Onde mais a xilocaína é usada?
Para pequenos procedimentos cirúrgicos, como pontos. É muito comum também ser usada por dentistas. Ela pode ser comprada na farmácia, sem receita médica.

Então por que as pessoas podem ter morrido por causa deste medicamento?
A Polícia Civil encontrou uma pomada que estava vencida.

Quem não pode usar a xilocaína?

Na dose recomendada o produto não costuma apresentar problemas aos pacientes, a menos que a pessoa tenha alergia à substância.
Para que serve a endoscopia?

Para diagnosticar doenças no esôfago, estômago e duodeno.

Afinal, qual o risco de haver complicação com uma endoscopia?
O procedimento é bastante comum e muito utilizado. Desde que o profissional seja devidamente qualificado, o procedimento é considerado muito seguro.

Houve outros problemas semelhantes a este no Estado?
Não há registros nem da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Regional Santa Catarina (Sobed-SC), nem do Conselho Regional de Medicina (Cremesc), sobre qualquer morte associada à endoscopia até hoje.
Fonte: Silvana Dagostin, presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Regional Santa Catarina (Sobed-SC)
O que pode acontecer com um medicamento vencido?
O medicamento vencido pode sofrer três processos distintos: formar uma nova substância tóxica (o mais comum de ocorrer e o mais perigoso), ser local para proliferação de fungos e bactérias ou perder o efeito ativo e não funcionar.
Fonte: Ana Paula Veber, coordenadora do Centro
de Informações sobre medicamento da Univali

francine.cadore@diario.com.br

FRANCINE

 

INVESTIGAÇÃO EM JOAÇABA

Faltavam até itens de emergência

Vistorias preliminares na clínica onde foram realizadas as endoscopias apontaram a falta de equipamentos de emergência, declarou a diretora da Vigilância Sanitária estadual Raquel Bittencourt. Também não havia sala de repouso, nem aparelho de oxigênio, item considerado obrigatório. Até a sexta-feira, a Vigilância Sanitária deve elaborar um relatório com as irregularidades encontradas.

O documento será redigido por quatro técnicos de Florianópolis enviados a Joaçaba. A primeira dupla a chegar é de especialistas em farmaco-vigilância. Eles vão analisar sintomas dos pacientes e uma possível relação com os medicamentos. Outra tarefa, é rastrear a origem dos produtos.

A segunda dupla é de técnicos de inspeção. Eles vão verificar as condições de funcionamento da clínica e os procedimentos adotados pelo médico. A vistoria será realizada hoje.

A Polícia Civil aguarda os laudos periciais e exames bioquímicos. O delegado Maurício Pretto acredita que os resultados vão explicar as causas da morte da dona de casa Maria Rosa de Almeida dos Santos, 51 anos, de Joaçaba; e da agricultora de Iomerê, Santa Pagliarini Sipp, 60 anos.

O médico Denis Conci Braga, que fez a endoscopia nas duas, foi preso em flagrante por homicídio culposo, sem intenção de matar. Ele foi liberado depois de pagar fiança de R$ 2,550 mil. A clínica existe há quatro anos. O último alvará de funcionamento foi emitido pela prefeitura em abril, mas permitia apenas consultas. Nem o órgão municipal ou a Vigilância Sanitária estadual receberam pedidos de alvará para endoscopias.

Órgãos de saúde dizem que não faltou agilidade

A Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância Sanitária afirmaram que não foram negligentes no tratamento das duas mortes e das seis internações resultantes da endoscopia. A assessoria de imprensa da Secretaria informou que não havia problemas no alvará de funcionamento do consultório e que a fiscalização de endoscopias é responsabilidade do Estado.

A Vigilância Sanitária estadual informou que não foi avisada pela Polícia Civil sobre as mortes e tomou conhecimento do caso pela imprensa somente no sábado de manhã. A diretora Raquel Bittencourt afirmou que pediu para os representantes do órgão no Meio-oeste cuidarem do caso.

A fiscal sanitarista Kátia Regina Valentini disse que esteve na delegacia no sábado e conversou com pacientes e parentes. Ela justificou que não houve interdição da clínica porque não tinha a chave da galeria onde o estabelecimento funcionava.

felipe.pereira@diario.com.br

FELIPE


INVESTIGAÇÃO EM JOAÇABA


“Ganhei mais uma chance para viver

 

Ontem à tarde, três das quatro pacientes que permaneciam internadas em Videira tiveram alta. Vivian Deni Toudo, Lorizete Rodrigues e Elza Gemelli – que passaram mal após a realização de endoscopia na sexta-feira de manhã, em Joaçaba – deixaram o hospital Divino Salvador e foram para casa, em Iomerê.

Até o início da noite de ontem, apenas a jovem Iara Penteado, 15 anos, continuava hospitalizada.

Ela estava internada em coma induzido e respirava com ajuda de aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Santa Terezinha (Hust), em Joaçaba.

O marceneiro Fabrício Godinho, 27 anos, um dos pacientes que correu risco de morte após passar pela endoscopia, já está em casa, em Salto Veloso. Depois de passar quase 20 horas na UTI do Hust, ele ficou um dia na enfermeira e foi liberado no início da tarde de domingo.

– Quando cheguei em casa, tive a sensação de realmente ter voltado à vida. Deus me deu uma segunda chance de viver – contou, ao lado dos filhos André, sete anos, Andrieli, quatro anos, e da mãe Salete.

A dona de casa acompanhou o filho durante o exame e testemunhou a convulsão que ele teve na sexta-feira à tarde, cerca de meia hora após a realização da endoscopia.

– Não existem palavras para descrever o desespero que uma mãe sente quando está impotente diante do filho. Eu o segurava nos braços, tentava fazer com que ele parasse de tremer, mas não conseguia – relembrou.

Fabrício nunca havia feito endoscopia. Ele estranhou o gosto azedo das duas doses do medicamento e, antes de receber a injeção de Diazepan na veia, questionou o médico sobre o sabor. Ele teria dito que aquele gosto era normal.

Eles não pagaram a endoscopia. O agendamento da consulta foi feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Salto Veloso que, assim como outros municípios da região, possuem convênios com o gastroenterologista de Joaçaba.

 

 

 

INVESTIGAÇÃO EM JOAÇABA


Primeira investigação no Cremesc

O médico Denis Conci Braga, 31 anos, responsável pela endoscopia que causou a morte de duas pessoas em Joaçaba, não responde a nenhum processo ético no Conselho Regional de Medicina (Cremesc). Mas a entidade já abriu uma sindicância.

De acordo com o corregedor-adjunto do Cremesc, Wilmar de Athayde Gerent, a providência foi tomada assim que o Conselho foi informado.

– A sindicância ficará pronta em um mês. Como houve mortes, deve se transformar em um processo ético, de um a dois anos para ser concluído.

Braga se graduou em Medicina pela Universidade de Caxias do Sul, em 2003. Fez especialização em Gastroenterologia na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, entre 2004 e 2006. É professor da Universidade do Oeste (Unoesc) nas disciplinas de Morfologia e Estágio Ambulatorial.

 

 

NA CAPITAL
Bebê nasce em terminal de ônibus


Mulher não conseguiu internação no Hospital Carmela Dutra porque não tinha os documentosA diarista Cristina Inês da Silveira Lutckemayer, de 24 anos, grávida de 42 semanas, teve a filha embaixo de um toldo no Terminal Integrado do Centro (Ticen), em Florianópolis, no noite de ontem.

Escorada numa banca de jornal, Cristina pariu com a ajuda de pessoas que passavam no local.

– Escutei uns berros e vi dois homens do lado de uma mulher. Cheguei perto e vi que ela estava tendo um filho. Aí, chegou uma enfermeira, que também estava passando no Ticen, ajudou a retirar a criança de dentro da mãe e eu fique auxiliando. Quando saiu, tirei a minha jaqueta e cobri a criança – relembra a aposentada Maria Goretti Nasário, de 51 anos.

Quando Laura Vitória nasceu – o nome é em homenagem a uma enfermeira do Hospital Universitário –, uma salva de palmas marcou o momento. Testemunhas do parto se emocionaram ao descrever a cena:

– Fiquei sem reação, nervoso, sem saber o que fazer. Ela estava ali, em pé, e a criança já estava saindo – descreve Lauro Junior, corretor de imóveis que trabalha no posto de uma imobiliária que fica no Ticen.

O corte do cordão umbilical foi a única parte que não aconteceu ali. Quando os bombeiros chegaram, mãe e filha apenas aguardavam o transporte até a Maternidade Carmela Dutra.

Segundo Beatriz Alves da Silveira, irmã de Cristina, as duas procuraram atendimento na Carmela Dutra por volta das 18h, depois que Cristina começou a sentir dores durante uma caminha pelo Centro. Beatriz afirmou que sua irmã não recebeu atendimento porque estava sem documentos.

Foram embora e, ao chegar ao Ticen, a bolsa teria estourado. Cristina ficou aguardando enquanto a irmã foi de ônibus até o Bairro Ingleses – a 36 quilômetros do Centro – para buscar os documentos. Laura Vitória não esperou a volta da tia.

 

PEDRO ROCKENBACH

Contraponto
A assessora de imprensa da Secretaria do Estado da Saúde, Ana Lavratti, informou por telefone que assim que o secretário Roberto Hess soube do fato pela reportagem, ficou consternado com a situação. Ana explicou que ele entrou em contato com a direção da maternidade e solicitou imediatamente a apuração do ocorrido para que hoje sejam tomadas as medidas cabíveis. Depois das 19h, um gerente fica na unidade como responsável e não soube dar detalhes sobre o que aconteceu

 

Colunista Cacau Menezes

Inativos

Com relação à nota publicada ontem, nesta coluna (Ambulancioterapia), referente a estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, o governo do Estado esclarece que no caso de Santa Catarina, cerca de R$ 950 milhões foram repassados ao setor em 2008, incluindo pagamentos aos servidores inativos vinculados à saúde – que não são contabilizados pelo Ministério da Saúde. É aí que aparece a diferença entre os percentuais..., que eles estão discutindo se vale ou não na conta.

Cacau noticiou que Santa Catarina, considerado modelo em tantas áreas e por tantos anos, está investindo menos do que o obrigatório. Perde até para quatro estados nordestinos. Os dados foram divulgados no final de semana, pelo Ministério da Saúde, que analisou os balanços de todos os estados referentes a 2008.

 

 

 

  

Conferência vai reunir cerca de 800 pessoas para debater a Saúde Mental de forma Intersetorial‏


Secretaria de Estado da Saúde
 
A Secretaria de Estado da Saúde espera reunir, nos dias 20 e 21 de maio, 800 pessoas na IV Conferência Estadual de Saúde Mental - Intersetorial, que nesta edição tem como tema "Saúde Mental: direito e compromisso de todos - consolidar avanços e enfrentar desafios", com enfoque na Intersetorialidade.

As etapas municipais e regionais, realizadas entre os meses de março e abril, reafirmaram a importância do controle social no âmbito da Saúde Mental, ao permitir a eleição dos delegados que representarão os municípios na etapa estadual da Conferência, que inicia às 8h no Hotel Canto da Ilha, na praia de Ponta das Canas, em Florianópolis.

Pela primeira vez uma Conferência de Saúde Mental traz uma abordagem Intersetorial, com a participação das secretarias de Educação; Assistência Social, Trabalho e Habitação; Turismo, Cultura e Esporte; Justiça e Cidadania; Segurança Pública, Coordenadoria Estadual da Mulher; Coordenadoria Estadual de Promoção à Igualdade Racial; universidades e conselhos profissionais. "É importante que todos os atores sociais tomem a responsabilidade sobre as questões que envolvem a Saúde Mental, para que o avanço nesta área seja consolidado em todas as direções", destaca o Secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza.

Nesta quarta edição, a Conferência terá três eixos temáticos: Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais; Consolidar a Rede de Atenção Psicossocial e fortalecer os movimentos sociais; e Direitos Humanos e Cidadania como desafio ético e intersetorial.

Dos 692 delegados com direito a voz e voto, 50% são representantes de usuários e familiares e os outros 50%, representantes do governo, profissionais da Saúde, prestadores de serviços e representantes da intersetorialidade.

Durante a Conferência Estadual, serão eleitos 30 delegados que vão representar Santa Catarina na etapa nacional. Estima-se que cerca de 3% da população geral, em todas as faixas etárias, necessite de cuidados contínuos em Saúde Mental, em função de transtornos mentais severos e persistentes: psicoses, neuroses graves, transtornos de humor graves ou deficiência mental com grave dificuldade de adaptação.

Cerca de 9% da população geral, em todas as faixas etárias, necessita de cuidados gerais em Saúde Mental, na forma de consulta médico-psicológica, aconselhamento, grupos de orientação, ou outras formas de abordagem, em função de transtornos mentais considerados leves. Transtornos graves associados ao consumo de álcool e outras drogas (exceto tabaco) atingem pelo menos 10% da população acima de 12 anos, sendo o impacto do álcool dez vezes maior que o do conjunto das drogas ilícitas.

A Conferência Estadual de Saúde Mental será no Hotel Canto da Ilha, Av. Luiz Boiteux Piazza, 4.810, praia de Ponta das Canas. A abertura oficial será às 19h, na quinta-feira. A programação do dia 20 vai das 8 às 18h, e do dia 21 das 8h30min às 18h. A IV Conferência Nacional de Saúde Mental será realizada de 27 a 30 de junho, em Brasília.