GRIPE A
Morte não muda estratégias
Orientação é que a população tome os cuidados básicos para evitar contágioA primeira morte por gripe A em Santa Catarina não vai alterar nenhuma ação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) para o combate à doença. De acordo com o diretor da Dive, Luis Antonio Silva, todos os cuidados já estão sendo tomados desde o início do ano, e os profissionais da rede pública de saúde já foram orientados sobre como proceder em casos suspeitos.
O jovem Flávio Torílio, 24 anos, foi a primeira vítima da gripe A no Estado em 2010. Ele morreu no sábado, em Balneário Camboriú. Apesar de estar entre os grupos prioritários para receber a vacina, ele preferiu não ser imunizado.
A campanha de vacinação foi oficialmente encerrada no mesmo dia da confirmação da primeira morte. Se contabilizados os números gerais, a meta foi ultrapassada. De um total de 3.260.663 catarinenses nos grupos prioritários, 91,65% foram imunizados. Para o Ministério da Saúde, a meta é atingida quando se alcançam 80%.
“Daqui para frente, temos que cobrar da população que tome os cuidados básicos necessários para evitar o contágio. Além disso, quando uma pessoa sentir os sintomas da doença, deve procurar imediatamente um médico”, diz o diretor da Dive.
Nas cidades onde houve sobras da vacina, a Dive orienta para que as doses continuem sendo aplicadas caso as pessoas incluídas nos grupos prioritários procurem os postos de saúde. O Estado ainda não contabilizou quantas vacinas restaram e em quais cidades estão as sobras. A estimativa é de que o número não ultrapasse 3% do total adquirido em Santa Catarina – 3,3 milhões de doses.
Em Balneário Camboriú, conforme a diretora da Vigilância Epidemiológica Municipal, Andrea Bittencourt, a Secretaria da Saúde continuará vacinando a população contra a gripe A em todas as unidades de saúde.
“O nosso problema está na população de 20 a 39 anos. Todos nessa faixa etária deveriam procurar a vacina e são os que menos procuram. As pessoas que ainda não fizeram, façam a vacina porque a prevenção é o mais importante”, afirma Andrea.
MAIS SAÚDE
Integrantes de comunidades indígenas de Santa Catarina se reúnem, desde ontem, em uma manifestação na Funasa, em Florianópolis. Cerca de cem índios protestam contra a suspensão de um convênio na área da saúde que beneficiava aldeias catarinenses.
Visor
A Secretaria de Estado da Saúde acaba de lançar campanha para reduzir o número de acidentes com queimaduras em Santa Catarina. Por ano, são cerca de 1,5 mil atendimentos. Nada menos do que dois terços são de crianças. E ainda tem gente que vende álcool líquido. Um crime.
Geral
GRIPE A
Campanha termina, mas vacinação continua em SC
Grupos prioritários podem ser imunizados nos postos de saúde das cidades onde houve sobras de doseA primeira morte por gripe A em Santa Catarina não vai alterar nenhuma ação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) para o combate à doença. De acordo com o diretor da Dive, Luis Antonio Silva, os cuidados estão sendo tomados desde o início do ano e os profissionais da rede pública de saúde já foram orientados sobre como proceder em casos suspeitos.
O jovem Flávio Torílio, 24 anos, foi a primeira vítima da gripe A no Estado em 2010. Ele morreu na sexta-feira, em Balneário Camboriú. Apesar de estar entre os grupos prioritários para receber a vacina, Torílio preferiu não ser imunizado. A campanha de vacinação foi oficialmente encerrada no mesmo dia da confirmação da primeira morte. Se contabilizados os números gerais, a meta foi ultrapassada. De um total de 3.260.663 catarinenses nos grupos prioritários, 91,65% foram imunizados. Para o Ministério da Saúde, a meta é atingida quando se alcança 80%.
Quando considerados os dados de cada grupo, dois deles não chegaram ao valor esperado: os adultos de 30 a 39 anos, que somaram imunização de 77,5%; e as crianças de dois a quatro anos, que foram incluídas como prioritárias apenas em 24 de maio, e somaram 54,14%.
– Daqui para a frente, temos que frisar e cobrar da população que tome os cuidados básicos necessários para evitar o contágio. Além disso, quando uma pessoa sentir os sintomas da doença, deve procurar imediatamente um médico – diz o diretor da Dive.
Nas cidades onde houve sobras da vacina, a Dive orienta para que as doses continuem sendo aplicadas, caso as pessoas incluídas nos grupos prioritários procurem os postos de saúde. O Estado ainda não contabilizou quantas vacinas restaram e em quais cidades estão as sobras. A estimativa é de que o número não ultrapasse 3% do total adquirido em Santa Catarina – 3,3 milhões de doses.
Diferentemente do que foi divulgado ontem pela Dive, o número oficial de casos de gripe A investigados em Santa Catarina desde o início deste ano é 474. Dois foram confirmados como gripe comum, 466 foram descartados e dois foram confirmados como H1N1 – o de Balneário Camboriú e o de um homem de 34 anos em Papanduva, no Norte do Estado. Quatro casos ainda estão em análise.
Preços em particulares variam entre R$ 125 e R$ 139
Nas clínicas particulares, a vacinação contra a gripe A continua e a procura ainda é grande. Os preços variam entre R$ 125 e R$ 139. Na clínica Imunizar, de São José, de acordo com o dono Marlos Momm Pereira, no início da campanha nacional contra a doença a procura foi mais intensa. Até agora já foram vendidas 4 mil doses para particulares e 10 mil para convênios com empresas.
– Eram cerca de 150 pacientes por dia. Há duas semanas a busca caiu para menos da metade, mas com a notícia da primeira morte no Estado sentimos um acréscimo no número de ligações para pedir informações sobre a vacina – disse Pereira.
Na clínica Ciência, de Palhoça, as 500 doses compradas já foram aplicadas. Segundo o técnico de enfermagem Kauander da Rocha, responsável pela sala de vacinas, os pacientes ainda procuram por imunização. Um novo pedido foi feito, mas o laboratório fornecedor da vacina não tem previsão para a entrega.
Em Florianópolis, na clínica Arco-íris, 40 das 50 doses adquiridas já foram aplicadas. Nas clínicas Tio Cecim e Arnaldo Marcon, os donos não informaram a quantidade de vacinas já vendidas, mas afirmaram que ainda há estoques.
MAYARA RINALDI
GRIPE A
Vírus foi contraído em Balneário CamboriúA diretora da Vigilância Epidemiológica de Balneário Camboriú, Andrea Bittencourt, afirma que Flávio Torílio, 24 anos, que morreu na sexta-feira vítima da gripe A, contraiu o vírus H1N1 em Balneário Camboriú. Ele teria viajado em maio para Londrina (PR) e estaria resfriado desde então, mas isso não se confirmou:
– A doença, em princípio, não foi gerada por esse deslocamento – explicou Andrea.
O corpo foi enterrado domingo, no Cemitério de Camboriú. A família confirmou que o jovem não tinha se vacinado contra a gripe A e anunciou ontem que deverá entrar com ação por erro médico contra o profissional do Hospital Santa Inês que atendeu o jovem dois dias antes de sua morte, na última sexta-feira.
Na quarta-feira de manhã, o médico teria examinado, receitado medicamentos e liberado Torílio.
– Ele já tinha dor de cabeça, febre e escarrava sangue, mas o médico afirmou que era princípio de bronquite, receitou um xarope e uma injeção de benzetacil e o mandou embora. À noite, eu tive que levar meu irmão pro hospital, porque ele suava muito e desmaiou algumas vezes – afirmou Fábio Torílio, irmão gêmeo da vítima.
FERNANDO ARRUDA | Balneário Camboriú
EDITORIAIS
Gripe A, sinal de alertaUm jovem de 21 anos, que estava internado na UTI do Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, transformou-se na primeira vítima fatal da gripe A em Santa Catarina. A secretária da Saúde do município, no final da tarde de ontem, confirmou que o paciente contraiu a doença localmente, contrariando versões de que a a contaminação teria ocorrido durante viagem ao Paraná. Esta primeira morte causada pela doença no Estado vale como um alerta para que as autoridades sanitárias mantenham-se vigilantes e atuantes no combate ao mal, e para que a população não baixe a guarda, adotando todos os procedimentos preventivos recomendados lavar as mãos com frequência, usar álcool gel, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, manter os ambientes arejados, etc. Atos simples, que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
Há um ano, em junho de 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a gripe A como pandemia, e lançou um alerta às autoridades sanitárias de todos os países para os riscos da doença e a necessidade de vigilância epidemiológica constante, atualizada e globalizada. A OMS colocou a gripe A no patamar mais alto do alerta epidemiológico, ao constatar que, dois meses após os primeiros casos terem sido identificados, no México, ela já se disseminara por 74 países em quatro continentes, transformando-se na primeira doença em dimensão global deste século 21. Como foi observado na época, as comunicações globalizadas e a interação entre os sistemas nacionais de saúde, de fato, desempenham importante papel no esforço para controlar a doença, que já dispõe de vacina.
O Brasil fez sua parte, monitorando a progressão do vírus H1N1, divulgando medidas e procedimentos de prevenção e promovendo uma campanha nacional de vacinação que, até o último sábado, somente em Santa Catarina, já imunizara cerca de 2,7 milhões de pessoas de todas as idades. De lamentar que muita gente, Brasil afora, tenha recusado a vacina por medo de “efeitos colaterais adversos”. A desinformação e a boataria inconsequente também são, potencialmente, perigosas. Igualmente, há que combatê-las como medida profilática.
Brasil
Saúde. Ministério vai divulgar depoimentos de pessoas que tiveram suas vidas salvas com a transfusão de sangue
Campanha por mais doações
O Ministério da Saúde começou ontem uma campanha para incentivar a doação de sangue em todo o país, com o lema “Doe sangue, faça alguém nascer de novo”. Até o dia 30, a campanha vai mostrar como o gesto de doar sangue para poder salvar vidas.
Serão divulgados depoimentos de pessoas de pessoas que tiveram suas vidas salvas com a transfusão de sangue. Haverá também a imagem de um bebê fazendo tarefa de adulto, representando pessoas que nasceram novamente após receberem doações de sangue.
No Brasil, 1,0% da população é doadora de sangue. Ainda que esse percentual esteja dentro do parâmetro da OMS, o Ministério considera que é urgente e possível aumentar o número de brasileiros doadores. Se cada pessoas doasse duas vezes ao ano, não faltaria sangue para transfusão no país.
PORTAL DA ADJORI – ASSOCIAÇÃO DE JORNAIS DO INTERIOR
Vacina Gripe A
A Secretaria de Estado da Saúde encerrou, no sábado (12), a campanha de vacinação contra a Gripe A (H1N1) em Santa Catarina. Até a data, haviam sido imunizadas 2.988.551 pessoas, o que representa 91,65% de cobertura. A meta, estabelecida aos estados pelo Ministério da Saúde, era imunizar 85% do público-alvo, índice que acabou sendo superado em função dos novos grupos prioritários incluídos na estratégia de vacinação, a partir de maio.
Sábado também foi o Dia D da campanha de vacinação contra a poliomielite. A meta, em Santa Catarina, é imunizar 430 mil crianças menores de cinco anos. Até esta segunda-feira (14), haviam sido vacinadas 306 mil crianças, o que representa 71,2% do público-alvo da campanha. As doses desta primeira etapa de vacinação contra a paralisia infantil continuam disponíveis nos postos de saúde até o dia 26 de junho e os pais devem apresentar a caderneta de vacinação para que as crianças sejam imunizadas, independente da situação vacinal anterior.
O Estado de São Paulo
Vida & Saúde
Santa Catarina confirma primeira morte por gripe suína
Homem de 21 anos não recebeu vacina contra gripe A, apesar de pertencer a grupo de risco
SÃO PAULO- A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina confirmou nesta segunda-feira, 14, a primeira morte em decorrência do vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, no estado.
A vítima, um homem de 21 anos, apesar de fazer parte do grupo de risco, não recebeu a vacina contra a Gripe A, segundo a Secretaria de Saúde. O paciente estava internado no Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, e morreu no sábado, dia 12.