Dobra número de vasectomias
Em apenas dois anos, praticamente dobraram em Joinville as cirurgias de vasectomia pelo SUS. Entre 2006 e 2007, foram 731 esterilizações, segundo o Ministério da Saúde. Agora, entre abril de 2008 e de abril de 2010, são 1,4 mil. Se forem levadas em contas as operações realizadas somente nos primeiros quatro meses do ano, são mais de 11 vasectomias em média por semana na rede pública de saúde – o procedimento também é realizado nos estabelecimentos privados. Perto de 40% das vasectomias realizadas em Santa Catarina em 2010 (janeiro e abril) foram em Joinville. O percentual se mantém se aplicado nos últimos dois anos. Pelo SUS, só pode fazer a cirurgia quem tem mais de 25 anos e dois filhos ou mais.
CPI na Saúde
Como tem mais de um “palmo” de altura a pilha de documentos a ser analisada, o vereador Juarez Pereira (PPS) deverá demorar pelo menos dez dias para decidir se vai ou não pedir uma CPI para investigar os gastos com os veículos da Secretaria de Saúde de Joinville. Juarez quer descobrir se não foi gasto dinheiro demais.
Curetagens
Foi divulgada ontem pesquisa da USP apontando curetagens pós-aborto como as cirurgias mais realizadas no Brasil entre 1995 e 2007. Se a pesquisa fosse realizada em Joinville, as curetagens também estão entre as operações mais realizadas, embora não na liderança. Foram 1,2 mil desde janeiro de 2008 até agora, segundo o Ministério da Saúde.
Provocados
Na Maternidade Darcy Vargas, onde são realizadas as curetagens pelo SUS em Joinville, inclusive as que necessitam de cirurgia, as pacientes não são consultadas se houve aborto espontâneo ou provocado (de forma ilegal, é claro). Não há determinação desse tipo de registro pelo SUS. No País, a maior parte das curetagens é motivada por abortos provocados.
Campanha interna
Cartazes para incentivar aleitamento materno
Joinville terá um concurso para incentivar a campanha “Amamentação: 10 passos para ser amigo da criança”. Os funcionários dos postos de saúde terão de mostrar criatividade nos cartazes que irão confeccionar sobre o tema e que ficarão expostos na Secretaria da Saúde durante a Semana de Aleitamento Materno, que ocorre entre 1º e 7 de agosto. As três unidades que receberem o maior número de votação serão premiadas. A pediatra Fátima Mucha explica que o tema escolhido prevê os dez passos para o sucesso do aleitamento materno.
Meningite
Cinco casos no litoral
O Hospital Infantil Pequeno Anjo está com mais cinco casos de internação por meningite confirmados. São quatro crianças de Itajaí e outra de Camboriú. Uma delas, segundo o neuropediatra Léo Ricardo Honnicke, está na unidade de terapia intensiva (UTI) em estado grave. “Só uma está com meningite viral. As outras contraíram a meningite do tipo bacteriana”.
Na semana passada, uma menina de Navegantes também ficou internada por causa da doença. Mesmo diante das confirmações, o médico descarta a possibilidade de um surto de meningite. A Secretaria de Saúde de Itajaí está monitorando os casos e garante que a situação está controlada. E informa que nesta época de inverno, as doenças respiratórias se tornam frequentes. Quatro crianças são de Itajaí e outra de Camboriú. Uma delas está na UTI.
A doença
A meningite é a inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o encéfalo e a medula.
É contagiosa e pode ser contraída por meio de vírus, bactérias e fungos.
Os principais sintomas são febre, vômito, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Nos bebês, falta de apetite.
A meningite viral é menos agressiva. Não é preciso o uso de medicamentos para a cura. O paciente precisa somente ficar isolado. A bacteriana é mais grave e deve ser tratada com antibióticos.
Cartão Benefício Farmácia é lançado no Estado
A Secretaria da Administração está disponibilizando aos servidores públicos o Cartão Benefício Farmácia, que concederá descontos de até 50%. Outra vantagem é que o pagamento não precisará ser feito na hora e sim descontado em folha. A margem consignada de R$ 300 será renovável mensalmente. O cartão é de abrangência estadual e não tem custo para o servidor.
Saúde pré-fabricada
Hospital de Biguaçu vem dos EUA
Complexo de prédios está em 25 contêineres à espera de liberação no Porto de Navegantes e deve estar pronto até dezembroDepois de uma longa viagem com origem nos Estados Unidos, em um navio, está prevista para os próximos dias a chegada, a Biguaçu, dos 25 contêineres trazendo toda a estrutura para erguer o Hospital Regional que será construído na cidade. Neste momento, a carga se encontra parada no Porto de Navegantes, aguardando liberação da Receita Federal.
Para montar a estrutura, funcionários americanos já desembarcaraam em SC, sob a supervisão da Organização Mundial da Família, entidade parceira do município no projeto. De acordo com a presidente da organização no Brasil, Deise Kuszqra, as estruturas que compõem a unidade foram desenvolvidas nos EUA em aço pré-moldado. O projeto foi desenhado conforme as necessidades dos pacientes do município.
Com 131 leitos, a unidade de Biguaçu será composta de 13 blocos, divididos em administração, ambulatório de urgência, unidade de terapia intensiva adulto e infantil, farmácia, centros cirúrgicos e maternidade. O centro atenderá baixa e média complexidade, ou seja, 90% das especialidades, e 500 internações por mês.
Apesar da ideia do centro ser um hospital de “portas fechadas” – com atendimentos encaminhados por outros médicos –, a secretaria municipal da Saúde garante que, em casos graves, moradores de outras cidades também serão socorridos. Para tornar realidade, o projeto de construção da unidade foi inscrito no Fundo de Desenvolvimento da Organização Mundial da Família. Todos os anos, aproximadamente 27 países participam do banco para investir em outras nações.
Os profissionais envolvidos no processo selecionam os projetos considerados interessantes e doam dinheiro para o investimento. Deise ressalta que existe uma série de requisitos a cumprir antes de entrar no fundo. Anualmente, 0,7% do Produto Interno Bruno dos países é encaminhado ao banco de projetos. A proposta de Biguaçu levou apenas uma semana para ser escolhida pela Tunísia, Argélia, Alemanha e Arábia Saudita. Eles depositaram 30% da obra. Os outros 30% foram aplicados pela Secretaria Estadual da Saúde. O município entrará com os 40% restantes.
O modelo de fabricação de hospitais pré-moldados é utilizado em vários países. No Brasil, existem nove em funcionamento e um desativado, em Balneário Camboriú. Hoje, 11 cidades brasileiras estão na lista de espera. Como a estrutura chega pronta, os municípios têm de providenciar apenas asfalto e energia elétrica.
Funcionários participam de curso de capacitação
Com data marcada para o início do atendimento ao público em dezembro deste ano, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde pretendem definir, em breve, quem irá cuidar da administração do Hospital Regional de Biguaçu. A presidente da Organização Mundial da Família no Brasil, Deise Kuszqra – entidade parceira do município no projeto – explica que cabe à prefeitura decidir quem será o responsável pelo complexo hospitalar.
Ela salientou ainda que esta definição administrativa ocorrerá no tempo em que a prefeitura do município achar que é necessário. Enquanto isso não acontece, a presidente da organização realiza uma série de cursos de capacitação com os funcionários da saúde em determinadas áreas como: limpeza, escritórios, logística de higiene hospitalar, camareiras e zeladoras. "É uma oportunidade excelente para quem está dentro da rede de Saúde participar dos cursos e se qualificar mais", garante Deise.
Meningite
Mais cinco casos no LitoralO Hospital Infantil Pequeno Anjo, de Itajaí, registrou mais cinco casos de internação por meningite. São quatro crianças de Itajaí e outra de Camboriú. Uma delas, segundo o neuropediatra Léo Ricardo Honnicke, está na UTI em estado grave. Na semana passada, uma menina de Navegantes também ficou internada devido à ocorrência da doença. Mesmo diante das confirmações, o médico descarta um possível surto na região. A Secretaria de Saúde de Itajaí monitora os casos e garante que a situação está controlada.
– No inverno, as doenças respiratórias se tornam frequentes e a meningite, que está ligada ao sistema respiratório, também se torna mais comum – afirma o infectologista Carlos Manoel Correa da Silva. O infectologista alerta para os sintomas mais comuns, que são febre vômito, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Nos bebês, a irritação e a falta de apetite também aparecem.
Cartão benefício
Servidor estadual tem desconto em farmáciaA Secretaria de Estado da Administração está disponibilizando aos servidores públicos o Cartão Benefício Farmácia, que concederá descontos de até 50% nos preços. Outra vantagem é que o pagamento não precisará ser feito na hora da compra e sim descontado em folha.
A margem consignada de R$ 300 será renovável mensalmente. O cartão apresenta abrangência estadual e não tem custo para o servidor. A iniciativa possibilita que os servidores comprem em toda a rede credenciada de farmácias de Santa Catarina e obtenham descontos em mais de 500 itens de medicamentos em uma lista prédefinida.
Viver mais
Movimento pela Saúde Masculina, campanha idealizada pela Sociedade Brasileira de Urologia, estará em Florianópolis de hoje, 15, até domingo, 18, das 9h às 18h, no estacionamento do Angeloni Capoeiras. Trata-se de uma orientação médica gratuita à população masculina para conscientizar o homem sobre a importância da realização de exames preventivos, especialmente das doenças relacionadas à próstata. Segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens brasileiros vivem em média sete anos a menos do que as mulheres por falta de cuidados com a saúde.
Meningite
Mais casos no Litoral
Crianças estão internadas no Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, uma delas em estado grave ITAJAÍ - O Hospital Infantil Pequeno Anjo tem mais cinco casos de internação por meningite. São quatro crianças de Itajaí e outra de Camboriú. Uma delas, segundo o neuropediatra Léo Ricardo Honnicke, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. " Só uma está com meningite viral. As outras contraíram a meningite do tipo bacteriana", relata.
Na semana passada, uma menina de Navegantes também ficou internada com a doença. Mesmo diante das confirmações, o médico do Pequeno Anjo descarta a possibilidade de um surto na região. A Secretaria de Saúde de Itajaí monitora os casos e garante que a situação está controlada.
– Nesta época de inverno as doenças respiratórias se tornam frequentes e a meningite, que está ligada ao sistema respiratório, também se torna mais comum – afirma o infectologista Carlos Manoel Correa da Silva.
Silva explica que são vários os tipos de meningite, que se enquadraram nos grupos viral e bacteriana. As vacinas disponíveis pelo Ministério da Saúde ainda não protegem contra todos os tipos da doença, por isso, a indicação do infectologista é atenção aos sintomas:
– Com o diagnóstico precoce, as chances de morte por meningite são pequenas. Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas, que são principalmente febre, vômito, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Nos bebês, a irritação e a falta de apetite também aparecem.
Meningite
A meningite é a inflamação das meninges, membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. A doença é contagiosa e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos
Os principais sintomas da doença são febre, vômito, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Bebês e crianças podem ficar irritados e perder o apetite
A confirmação da meningite e a descoberta do grupo (viral ou bacteriana) em que se enquadra são feitas por meio de um exame, no qual é recolhido o líquido da espinha
A meningite viral é menos agressiva. Não é preciso o uso de medicamentos para a cura. O paciente precisa somente ficar isolado. Já a bacteriana é mais grave e deve ser tratada com antibióticos.
Consumidores de chimarrão têm mais chance de ter câncer
Substâncias presentes no chimarrão podem contribuir para o surgimento de câncer de esôfago, aponta estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O trabalho, coordenado pelo professor Renato Fagundes, foi publicado em maio, na revista especializada “Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention”, da Associação Americana para Pesquisa do Câncer.
O câncer de esôfago, segundo o estudo, é a sexta causa de morte pela doença no mundo e a quarta em países em desenvolvimento. O Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina, estão entre as regiões do mundo com maior incidência desse tipo de câncer (índice de 9% das mortes totais por câncer), pois são as regiões onde tradicionalmente se consome a bebida.
A primeira etapa da pesquisa aconteceu em 2005, quando duzentos pacientes saudáveis foram divididos em fumantes e não-fumantes. Resíduos de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP), foram encontrados na urina de fumantes e também não de não-fumantes que consumiam chimarrão. Esta substância tem potencial cancerígeno.
A pesquisa também provou que entre os que fumavam e tomavam chimarrão, o índice era ainda maior. Na segunda parte do estudo, oito marcas de erva-mate foram estudadas, com identificação de alto nível de HAP na bebida após a infusão (quando a água é colocada na cuia). A cada 12 doses de chimarrão servidas com água fria ou quente, estudiosos detectaram o mesmo índice de HAP existente em um maço de cigarro.
O risco de câncer era atribuído à temperatura elevada do chimarrão. “Agora, observamos na bebida hidrocarbonetos potencialmente cancerígenos, comuns em cigarros”, disse o coordenador da pesquisa. Ele ressalva que, apesar dos indícios, ainda não é possível afirmar que o consumo de chimarrão causa câncer.
“Os compostos do cigarro vão direito ao pulmão. No chimarrão, a bebida é ingerida e não sabemos quais as rotas percorridas por esses compostos. Precisamos de outros estudos. Esses compostos podem ser resultado da poluição ambiental ou da própria manufatura da erva-mate, secada ao fogo com madeira em combustão”, ressaltou o professor Renato Fagundes.
,A vigilante Suzana Alves Wolff, diz que toma chimarrão diariamente desde criança e que os pais a ensinaram que faz mal somente quando a água está fervendo . “Nunca vou parar de tomar. Nos finais de semana, tomo o dia inteiro”, ressaltou. Ela ainda conta que geralmente nos finais de semana passa a manhã em jejum e só toma chimarrão.
Tabagismo. Sem especialistas nos postos municipais, pacientes suspendem tratamento na rede pública de saúde
Falta de médicos inviabiliza a cura
Em 2008, a Secretaria de Saúde de São José implantou o programa antitabagismo para auxiliar dependentes do tabaco que desejam parar de fumar. Hoje, os usuários reclamam que não há médico disponível para fazer o acompanhamento, receitar a medicação e dar continuidade ao tratamento.
Fumante há 27 anos, Eliana Vargas conta que foi à primeira consulta médica, mas quando chegou à reunião se decepcionou, pois não foi realizada pela falta de especialista. "Recebi minha primeira medicação, que é a goma de mascar e o adesivo à base de nicotina, junto do antidepressivo Zyban, e estou há 15 dias sem fumar. A medicação está acabando, não há reuniões do grupo antifumo e estou ficando desanimada", conta.
Reuniões canceladas
De acordo com a coordenadora do Programa Antitabagismo, Marlene Rodrigues da Silva, apenas cinco unidades de saúde dão continuidade ao projeto. "Em Barreiros, o médico passou em concurso público para outra cidade e deixou o grupo. Os médicos aprovados no concurso para a saúde de São José, no in´cio do ano, foram chamados, mas alguns não se apresentaram", explica.
Há material para as reuniões do grupo, mas não especialista. "Estamos negociando com uma médica de outra unidade de saúde para ver se ela pode prescrever a medicação. As pessoas querem o trabalho, sabem que surte efeito", afirma.