Saúde
Mãe denuncia superdosagem de remédio
Uma menina de dois anos teria chegado à Clínica Arco-Íris, no bairro Agronômica, com intoxicação alimentar, na quarta-feira à noite. Lá, teria sido medicada com uma dosagem dez vezes maior do que a prescrita pela médica.
Segundo os pais, a medicação foi aplicada pela mulher que preencheu a ficha de atendimento. Quando a médica percebeu o equívoco, levou a criança e a mãe às pressas ao Hospital Infantil Joana de Gusmão. A criança foi liberada ontem às 6 horas. Segundo a mãe, ela passa bem, mas ainda está sonolenta. Depois do susto, a mãe disse que pretende denunciar os médicos para o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina e abrir um processo contra a clínica.
Um dos sócios da clínica, o médico Thiago Demathe, admite o erro, mas afirma que dose não era tóxica ou letal. Segundo ele, a aplicação do medicamento não é rotineira e, por isso, pode ter acontecido o equívoco.
“A medicação foi administrada por uma das funcionárias mais antigas da clínica. A criança não corria nenhum risco”, assegurou o médico. “Os casos que precisam de observação após as 22 horas (horário de fechamento) são transferidos para o Hospital Infantil porque não fazemos internação. A criança saiu da clínica e chegou ao hospital bem e lúcida,” completa. O médico afirmou que a clínica pretende rever seus procedimentos e vai tentar minimizar as falhas para garantir a segurança de seus pacientes.
Só para homens
Consultas no caminhão
Está passando por Florianópolis o caminhão da campanha Movimento pela Saúde Masculina, que promove a prevenção em homens a partir dos 40 anos em 23 cidades brasileiras.
Estacionado em Capoeiras, ao lado do Supermercado Angeloni, o posto atende até domingo, das 9h às 17h. Em todo o Brasil, já foram atendidos aproximadamente 6 mil homens e a média esperada, até o fim da campanha, é de 10 mil.
A campanha quer conscientizar os homens sobre a importância de ir ao médico e fazer a prevenção, mas o foco é alertar quanto à disfunção erétil, andropausa e doenças da próstata.
No caminhão, os homens recebem informações sobre doenças masculinas e tiram dúvidas. Depois, consultam e fazem exames.
O urologista Wilson Busato conta que os homens precisam aprender com as mulheres.
– Elas cresceram com a informação que têm que se cuidar. O homem não. Não há uma campanha que os incentive à prevenção e eu percebo eles querem saber como se cuidar – afirmou Busato
Erro na medicação
Menina de 2 anos passa mal
Uma menina de dois anos foi internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, após receber dosagem excessiva de remédio em uma clínica pediátrica particular.
A criança foi liberada às 6h de ontem. Segundo a mãe, a menina chegou à Clínica Arco-Íris, no Bairro Agronômica, com intoxicação alimentar na quarta-feira, por volta das 21h. Ela teria sido medicada com dosagem excessiva de remédio.
De acordo com os pais, a medicação foi aplicada pela mulher que preencheu a ficha de atendimento.
Quando uma médica percebeu o equívoco, levou a criança e a mãe para o Hospital Infantil.
– Depois de receber a medicação, a médica falou que minha filha ficaria meia hora em observação. Mas depois de 20 minutos, ela me chamou e disse que eu tinha que me preparar para o pior. Fiquei desesperada – contou a mãe, que não foi identificada para preservar a filha.
Contraponto
O que diz a clínica
Um dos sócios da clínica, o médico Thiago Demathe admite o erro, mas afirma que a dose não era tóxica ou letal. Segundo ele, a aplicação do medicamento não é rotineira e por isso pode ter acontecido o equívoco.
– A medicação foi administrada por uma das funcionárias mais antigas da clínica. A criança não corria nenhum risco – assegurou o médico. De acordo com ele, a médica acompanhou as duas até o hospital porque a mãe estava muito nervosa. O encaminhamento da criança para o hospital é um procedimento comum na clínica.
Quase
Fato ocorrido na noite-madrugada de ontem em uma clínica em Floripa. Criança de dois anos é internada com um pequeno problema de saúde e recebe 10 vezes a dose do medicamento que deveria ser ministrado. Criança ficou em estado grave, teve que ser levada às pressas para o Hospital Infantil, e a mãe recebeu a seguinte notícia da clínica: – Houve um erro e a senhora deve estar preparada para o pior.
Felizmente, nada de mais grave aconteceu, mas a mãe ficou em alerta até as 5h de ontem. Sufoco total.
Agentes de saúde demitidas pela prefeitura vão brigar na Justiça
Está longe de chegar ao fim a batalha judicial envolvendo a prefeitura de Lages e as Agentes Comunitárias de Saúde, que foram demitidas no início do ano. Após perderem no Tribunal de Justiça, uma ação coletiva de reintegração ao trabalho, elas prometem agora entrar com ações individuais.
De acordo com o advogado que representa as agentes, João Carlos da Silva Ramos, a ação coletiva perdeu efeito porque algumas das representadas na mesma, acabaram aceitando a demissão, mas agora com ações individuais, isto não deverá acontecer. Ele ressalta ainda que o entendimento do Tribunal é que as agentes estavam enquadradas no contrato temporário de trabalho, que ao seu final, não dá qualquer direito ao trabalhador.
“Só que o contrato temporário pode ter no máximo dois anos de duração, e na maioria dos casos, os agentes já estavam excercendo a função há cinco, oito anos, o que desconfigura a temporariedade do contrato”, relata o advogado. Ele frisa que existem outros casos específicos, que merecem uma atenção especial.
Este é o caso, por exemplo, da agente Geana Carbonera de Lima Ramos, que trabalhava no bairro Copacabana. Quando ela foi demitida, em fevereiro último, estava grávida, e a legislação proíbe a demissão de mulheres nesta condição. “Estava no segundo mês de gestação quando fui desligada da minha função”, lembra Geana, afirmando que chegou, na época, a apresentar um atestado de gestante e um outro comprovando que tinha pressão alta.
Vale lembrar que no início do ano, logo após anunciar a realização de um concurso público, a secretaria de Saúde de Lages, demitiu cerca de 90 agentes de saúde, alegando o fim do contrato temporário. Deste total, cerca de 80% devem agora ingressar com as ações individuais para voltarem ao trabalho.
Iniciativa
Impulso para os homens cuidarem da saúde
É realizada até domingo, na capital, campanha voltada à orientação da saúde do homem. A iniciativa já passou por 13 cidades brasileiras e passará por outras dez localidades até setembro desse ano. O Movimento pela Saúde Masculina, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Urologia, dá orientação médica gratuita à população masculina acima dos 18 anos.
A ação ocorre no estacionamento do supermercado Angeloni, localizado no bairro Capoeiras, das 9h às 17h. A intenção é chamar a atenção dos homens sobre a importância da consulta preventiva no tratamento de problemas como disfunção erétil, andropausa e doenças relacionadas à próstata.
O movimento surgiu depois da divulgação do IBGE. A pesquisa do órgão apontou que os homens brasileiros vivem em média sete anos a menos que as mulheres por falta de cuidados com a saúde.
Fobia social
Tratamento com maconha
Estudos da Universidade de São Paulo revelam que uma substância retirada da maconha pode se tornar um poderoso composto para o tratamento da fobia social, mal que faz com que pessoas tenham medo persistente de expor-se à avaliação pública. Durante o tratamento, pessoas que sofrem do distúrbio ingerem cápsulas de canabidiol, um dos 400 compostos encontrados na erva. Os resultadoa apontaram que o consumo do remédio faz com que áreas do cérebro que são hiperativadas do doente fiquem com atividade reduzida.
Outra etapa da pesquisa analisou os níveis de ansiedade de 36 pessoas que foram estimuladas a falar em público, situação complexa para quem sofre de fobia. Desses, 24 tinham o distúrbio e 12 ingeriram canabidiol. Os resultados apontaram que aqueles que ingeriram a substância mantiveram os padrões de ansiedade dos saudáveis, e os demais continuaram no mesmo estado.
A pesquisa ainda é desmembrada, mas já se sabe que o canabidiol tem efeito tranquilizante. Ainda que não haja autorização para uso terapêutico no Brasil, a droga já é utilizada para outros tratamentos no Reino Unido, por exemplo.