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Sem ala psiquiátrica

O Hospital Materno-infantil de Joinville já deveria contar com ala psiquiátrica de internação. O serviço está previsto no contrato com a organização social encarregada de administrar o hospital. A OS ainda não instalou o serviço porque há necessidade de adequações no prédio. O projeto foi enviado ao governo do Estado, onde está sendo analisado.

Hoje, criança ou adolescente com surto é atendida no Materno-infantil, estabilizada e, se há necessidade de internação, levada para a ala psiquiátrica do Hospital Regional. Há também estudos sobre a necessidade de duas alas em Joinville.

Quem é do meio diz que precisa, sim, afinal, a unidade do Regional não teria como atender toda a demanda e não pode ser ampliada (tem um limite de leitos, baseado na proporção dos demais leitos "comuns"). Internação psiquiátrica é uma polêmica. A orientação nacional é evitar ao máximo a longa permanência em unidades de internação, só que nem sempre a família quer (ou pode) ficar com o paciente.

 

 

 

Saúde pública
PA Norte passa a adotar protocolo

O novo sistema de pré-avaliação e classificação dos casos clínicos, o chamado Protocolo de Manchester, começa a ser usado, a partir deste domingo pelo Pronto-atendimento 24 Horas do bairro Costa e Silva (PA Norte).

O PA Norte atende em média dez mil pessoas por mês com atendimento de clínico-geral, pequenas cirurgias, pediatria, odontologia, enfermagem e serviço de raio X. A unidade será a quinta a adotar o modelo na cidade. O protocolo já é usado nos hospitais São José, Regional e Infantil, além do PA Leste, no bairro Aventureiro.

Os pacientes serão atendidos pela urgência do caso e não pela ordem de chegada. Seguindo o protocolo, enfermeiros e técnicos farão uma pré-avaliação dos pacientes, que receberão uma classificação, de acordo com a gravidade do caso, indicada por pulseiras de cinco cores (vermelho, laranja, amarelo, verde e azul).

 Todos os casos recebem atenção. Mas os pacientes com problemas menos graves, que podem ser atendidos em postos de saúde, vão esperar mais pela consulta. A metodologia de trabalho surgiu em Manchester (Inglaterra) em 1997 e foi amplamente divulgada no Reino Unido e depois expandiu-se para outros países.

 

 

Atendimento 24 horas

A Prefeitura de Balneário Camboriú inaugura hoje a Unidade de Atendimento 24 horas da região Sul. Haverá três consultórios e salas com raio-X, ultrassonografia e eletrocardiograma.

Coisas de inverno
Internações aumentam durante o inverno

Há quase 10 dias a tosse incomoda a pequena Eulália Costa, de três anos, e sua mãe, a agente comunitária de saúde Lunalva Moraes Pessoa, 36. Eulália sofre de bronquite, doença diretamente ligada ao frio. Na quinta-feira, ela precisou ser internada no hospital de São Joaquim, de onde deve sair apenas hoje ou amanhã.

Várias sessões de nebulização, raio-x, retiradas de sangue, exames, remédios na veia. Tudo isso faz a menina sofrer. E a culpa é do frio – Sofro por ela. Além da tosse, o estar internada a submete a um estresse emocional – lamenta Lunalva.

No hospital de São Joaquim, a maioria das internações durante o inverno são asma, bronquite, pneumonia, insuficiência respiratória, hipoglicemia e hipotermia estão entre os principais problemas.

Duas mortes em Joaçaba

Duas mortes aconteceram em consequência do frio, nesta semana em Joaçaba. De acordo com a enfermeira Beatriz Cadore, responsável pelo programa de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Joaçaba, um homem, de 47 anos, faleceu na madrugada da última quarta-feira e uma mulher, 68 anos, ontem, no dia em que a temperatura foi mais fria na cidade.

As vítimas foram encontradas pelos familiares em casa. A mulher, que tinha câncer, chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu. Beatriz acredita o homem, que era diabético, pode ter tido um infarto.

A enfermeira explica que as causas dos óbitos estão relacionadas ao aumento da quantidade de sangue que chega ao coração, por conta das baixas temperaturas.

 

 

Avança luta contra aids, apesar da ameaça de falta de recursos

Após décadas de luta contra a aids, o ritmo de propagação da doença diminuiu e a ciência avança pouco a pouco em direção a uma vacina, embora a falta de recursos seja um problema crescente que ameaça os avanços.

As autoridades sanitárias de todo o mundo se preparam para a 18ª Conferência Internacional sobre Aids, que será realizada entre os dias 18 e 23 de julho em Viena (Áustria), onde serão discutidos, entre outros temas, a sustentabilidade das campanhas sanitárias.

Como explicou à Agência Efe Paulo Lyra, porta-voz da Organização Pan Americana da Saúde para os temas da aids, alguns Governos dependem dos recursos doados pelo fundo global para lutar contra a pandemia.

Enquanto os países enfrentam a expansão da doença, a comunidade científica segue trabalhando sem descanso na busca de cura. Na semana passada, a revista "Science" divulgou novas descobertas que poderiam levar a uma vacina contra o vírus de imunodeficiência humana (HIV).

Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos identificou três anticorpos naturais que são capazes de neutralizar mais de 90% das variedades principais do HIV.

Os pesquisadores de entidades públicas de saúde dos EUA afirmam que é pouco o que se sabe sobre os anticorpos, que estão presentes no sangue de muitos infectados com HIV.

Mas esta descoberta poderia ajudar na elaboração de vacinas eficazes contra o vírus considerado o causador da síndrome de imunodeficiência adquirida.

Outra novidade partiu do instituto nacional de pesquisa médica do Reino Unido, onde os cientistas descobriram que um gene encontrado nos macacos africanos pode prevenir a infecção com o equivalente do HIV em símios.

O mesmo gene, nos humanos, não pode resistir ao vírus, mas aparentemente bastaria uma só modificação no gene para que fosse capaz de fazê-lo.

Em outra pesquisa, os cientistas da Universidade do Oregon e do Instituto de Tecnologia da Califórnia descobriram que um regulador genético - denominado Ctip2 -, crítico para muitas funções da vida, desempenha um papel-chave na formação das células do sistema imunológico, que poderia ser reforçado.

Apesar dos avanços científicos, as campanhas de prevenção e tratamento nos países mais pobres estão ameaçadas pela falta de recursos.

Segundo lembrou à Efe Paulo Lyra, muitos Governos não têm capacidade para financiar com seus orçamentos a luta contra a aids, por isso que dependem de ajuda externa. "Portanto, a continuação das campanhas estará ameaçada quando se termine o Fundo Global", uma iniciativa internacional impulsionada pela ONU para combater a aids, a malária e a tuberculose.

Em 2006, todos os Estados-membros das Nações Unidas se comprometeram em conseguir um acesso universal à prevenção e ao tratamento destas infecções até o fim de 2010. "Ao aproximar-se do prazo está claro que a comunidade global não completou esse compromisso", sustenta um estudo publicado há poucos dias na revista "Science".

"Em 2009, o Fundo das Nações Unidas para a Aids calculou que em 2010 seria necessário US$ 25 bilhões para a resposta a aids em países sem receita ou meios, e o que está disponível agora são US$ 11,3 bilhões", prossegue o estudo.

Lyra disse que na América Latina e no Caribe, onde há 2 milhões de pessoas portadoras do HIV, o atendimento deste problema de saúde consome até 30% dos orçamentos de vários países.

Assegurar os recursos no longo prazo se transformou em um dos principais desafios para os países que lutam para frear a expansão do vírus e por oferecer tratamentos com antirretrovirais para as pessoas infectadas.

"No mundo todo, há mais de 33 milhões de pessoas que vivem com o HIV e a cada ano há pelo menos 2,7 milhões de novas infecções", indicou Rachel Jewkes, do Conselho de Pesquisa Médica, em Pretória (África do Sul).

Há indícios, no entanto, que a velocidade de propagação das infecções com o HIV e o desenvolvimento da síndrome de imunodeficiência adquirida "está diminuindo em várias regiões do mundo", apontou Lyra.

Os analistas consideram que ainda há muito por fazer para alcançar tratamentos nos estágios iniciais do contágio, quando são mais efetivos. Conforme Jewkes, "menos de uma em cada oito pessoas infectadas com HIV no mundo todo recebe tratamento antirretroviral".

Por isso, a ONU lançou há poucos dias uma inovadora iniciativa chamada 2.0, que permitiria evitar 10 milhões de mortes e 1 milhão de novas infecções daqui até 2025.

O 2.0 é um tratamento que engloba iniciativas para a prevenção do HIV, novas práticas para sua detecção e inovadoras fórmulas para criar medicamentos mais inócuos, embora nenhuma tenha sido aplicada até agora.