Grana do Infantil
O ano de 2010 avança e o Hospital Materno-infantil Jeser Amarante Faria, de Joinville, segue sem gastar integralmente o repasse do governo do Estado. No primeiro semestre deste ano, a instituição administrada por organização social paranaense recebeu R$ 30 milhões. E gastou R$ 20 milhões.
Em caixa
Ao final do contrato, o superávit acumulado – se é que seguirá sobrando dinheiro até lá – volta para o governo do Estado. Conforme os balanços divulgados pelo hospital, a organização social conta com R$ 30 milhões em caixa, acumulados desde o início das operações, em setembro de 2008.
Pelo menos não
O PA do Aventureiro levou um ano para a ser entregue e as obras no 4º andar do São José ainda não foram concluídas? Não tem problema, pelo menos não foi feito foguetório. Quase nada está sendo feito em pavimentação? Tudo bem, não há fogos de artifício. Em 19 meses, não deu para entregar um só parque? Sem galho, só será entregue o que estiver pronto.
Mais chance para a vida
Cresce em 16% o número de transplantes feitos no Brasil em 2010
O Brasil fez 2.367 transplantes de órgãos no primeiro semestre. Recorde, o número é 16,4% maior que o registrado em igual período de 2009. O desempenho é comemorado pelo Ministério da Saúde, que atribui o avanço à melhor capacitação dos profissionais do setor. Apesar da alta, os procedimentos seguem concentrados: São Paulo tem 52% de todas as ocorrências e, juntos, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm outros 20%. Enquanto isso, Amazonas, Goiás e Rondônia não tiveram nenhum órgão transplantado.
Dados do Ministério da Saúde mostram que os procedimentos contemplaram praticamente todos os órgãos. Mais da metade dos casos foi com transplante de rim: 1.486 brasileiros recebem esse órgão nos seis meses. O número cresceu 21% se comparado ao ano passado. Em seguida, o fígado teve 663 ocorrências, com aumento de 36%. Já o coração teve um caso a menos na comparação com o 2009 e somou 99 procedimentos.
“Os números mostram o resultado da capacitação do pessoal envolvido como equipes hospitalares e centrais de transplantes”, diz o secretário nacional de atenção à saúde, Alberto Beltrame. Uma das ações treinou equipes para a manutenção de pacientes em casos de morte encefálica. Outra foi a criação de organizações de procura de órgãos.
Para Beltrame, medidas como essas aumentaram o número de doadores, que avançou 17% e atingiu 963 no semestre. Com essa evolução, o Brasil atingiu a média de 10,06 doadores por milhão de habitantes. O número ainda é muito inferior ao observado em países desenvolvidos, como a Espanha que tem cerca de 35 doadores por milhão.
Goiás ficou na lanterna
Enquanto algumas áreas caminham para indicadores europeus, alguns Estados simplesmente não têm transplantes. Em todo o semestre, Amazonas e Rondônia não tiveram nenhum doador e, por isso, nenhum procedimento. Mas o caso mais dramático é o do Estado de Goiás, onde 13 pessoas doaram órgãos, mas nenhum sequer foi aproveitado. O Estado ficou na lanterna do ranking de transplantes.
“Hoje, todos os Estados já têm centrais de transplante, mas é preciso avançar”, diz o secretário nacional de atenção à saúde, Alberto Beltrame. Uma das ações para tentar melhorar o quadro é o acordo do Ministério com o Hospital Sírio Libanês para treinar equipes em áreas com poucos doadores e transplantados.
Saúde
Floripa sedia, hoje e amanhã, o 2º Fórum de Promoção à Saúde, organizado pela Unimed Grande Florianópolis. O encontro tem como principal objetivo discutir o atual modelo de assistência em saúde, e conta com participantes dos Estados Unidos e da Holanda.
Doenças do frio
Ocorrências aumentam 30%
Mudanças repentinas de temperatura no inverno provocam gripes e resfriados, principalmente em crianças e idososO frio intenso e as mudanças bruscas de temperatura registradas nos últimos dias têm refletido diretamente na saúde dos catarinenses. O número de atendimentos médicos aumenta cerca de 30% em relação ao verão, segundo o pediatra Austregésilo da Silva, diretor clínico do Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis.
Segundo ele, aproximadamente 60% dos casos atendidos nos hospitais e emergências do Estado nesta época estão relacionados a doenças respiratórias. Amigdalite (infecção na garganta), otite (infecção nos ouvidos), pneumonia, bronquite e asma são problemas comuns.
– Crianças e idosos têm maior vulnerabilidade e são mais afetados. E com mudanças climáticas bruscas de uma hora para outra, o organismo não tem tempo de se organizar e os resfriados e gripes acabam surgindo com mais facilidade.
Silva lembra que, apesar de serem causados por vírus, resfriados e gripes são diferentes. Resfriados provocam coriza, obstrução nasal, mal estar, tosse não muito intensa e febre não muito alta.
Já as gripes causam mal estar, fortes dores no corpo, na garganta, nos olhos e na cabeça, febre alta e nem tanta tosse e coriza.
Gripe e resfriado não têm cura, só combate a sintomas
O pediatra lembra que nem os resfriados e nem as gripes têm tratamento específico. Não há remédios contra estas doença, apenas para combater os sintomas. As vacinas contra a gripe comum e a gripe A fazem efeito e são recomendadas.
A ocorrência de problemas respiratórios é maior principalmente em pessoas com mais sensibilidade à grande variação de temperatura, como as portadoras de asma e bronquite, que sofrem mais nestas situações. Algumas são tão sensíveis que é só o frio ameaçar chegar que elas já ficam doentes.
Em menos de um mês, os catarinenses tiveram uma forte onda de frio com temperaturas negativas, depois um calorzinho que lembrou o verão, e agora uma nova onda de frio está na área. É muita mudança repentina e tem gente que sofre com isso.
Transplantes
Recorde no primeiro semestre
O Brasil realizou 2.367 transplantes de órgãos no primeiro semestre. Recorde, o número é 16,4% maior do que o registrado em igual período de 2009, segundo o Ministério da Saúde, que atribui o avanço à melhor capacitação dos profissionais do setor.
Apesar da alta, os procedimentos seguem concentrados: São Paulo tem 52% de todas as ocorrências e, juntos, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm outros 20%. Enquanto isso, Amazonas, Goiás e Rondônia não tiveram nenhum órgão transplantado.
O procedimento mais realizado foi o que envolve o rim, com mais da metade dos casos: 1.486 brasileiros receberam esse órgão durante os seis meses. O número cresceu 21% se comparado ao ano passado. Em seguida, o fígado teve 663 ocorrências, com aumento de 36%. Já o coração teve um caso a menos na comparação com 2009. O número total de transplantes desse órgão foi de 99.
SC é único estado que garante medicamento gratuito a portadores de hepatite C
Santa Catarina é o único Estado brasileiro que garante aos portadores de hepatite C o acesso gratuito aos medicamentos. A medida é o resultado de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF). Não cabe recurso. Até agora, o Sistema Único de Saúde (SUS) assegurava o tratamento — feito com Interferon Peguilado e Ribavirina — aos pacientes que sofriam do genótipo 1 da doença.
O tratamento foi considerado eficiente no controle dos outros dois genótipos. Cada ampola com o medicamento chega a custar R$ 1,3 mil. Um paciente precisa de quatro ampolas por mês, ficando o tratamento em torno de R$ 8 mil a R$ 9 mil por mês. A medida é válida somente para pessoas que moram em Santa Catarina.
Com a determinação, os pacientes que contraíram o genótipo 2 e 3 também têm o direito de receber os remédios. Considerada uma doença endêmica no país, a hepatite é dividida em tipos A, B, e C, e subdivida em outros tipos. Enquanto em todo o mundo cerca de 170 a 190 milhões de pessoas estão infectadas, no Brasil, as estimativas chegam a 3,5% da população. Muitos casos são atribuídos a usuários de drogas injetáveis. Em Santa Catarina, o quadro é grave: estima-se que 2,1% dos catarinenses, 126 mil pessoas, tenham hepatite C. O número justifica que muitos pacientes tenham procurado o MPF para assegurar a medicação gratuita.
Três regiões estão no foco das atenções: o Litoral, Vale do Itajaí e o Oeste. Nos últimos 15 anos, Santa Catarina registrou 133 mortes por causa de hepatites virais. São 8,8 mortes por ano. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o procurador da República Mauricio Pessuto, antes da recomendação entrar em vigor, alguns pacientes dos genótipos 2 e 3 conquistavam na Justiça o tratamento gratuito.
Na decisão, decidiu-se que a medicação será acessível a todos os pacientes, mas a conservação dos remédios deverá ser feita pelo SUS. Para atender a demanda deverá ser ampliado o número do pólos de aplicação de medicamentos injetáveis, que são postos de saúde de referência.