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PESQUISA

Longa vida para os joinvilenses


População está vivendo em média quatro anos a mais do que no início da década de 1990. Veja por que isso está acontecendo

A população joinvilense está vivendo mais. A expectativa de vida na cidade, que em 1991 era de 70,6 anos, passou a ser de 74,5 em 2008, conforme estimativa do IBGE, número acima da média nacional, de 72,7 anos.

No Censo de 2000, Joinville tinha 28 mil idosos. Os números do censo a serem detalhados no início de 2011 deve confirmar o aumento para 43 mil habitantes com mais de 60 anos. São 54% mais idosos em dez anos.

Adolfo Dix, de 85 anos, diz que um dos segredos da longevidade é, justamente, “não parar nunca de se exercitar”. Todos os dias, ele e a mulher, Iolanda Catharina Dix, praticam algum tipo de atividade física.

Desde de que a praça Assis Brasil, pertinho da casa deles, no bairro Bom Retiro, foi inaugurada, em 2008, eles frequentam a academia da terceira idade. “E quando chove, não tem desculpa. A gente cumpre nossa cota diária de exercício na bicicleta ergométrica, em casa”, diz Iolanda.

Mas nem sempre foi assim. Iolanda conta que antes da inauguração da praça, não costumava fazer exercícios físicos com regularidade, e teve problemas nas articulações.

Mas as dores foram embora e a qualidade de vida melhorou depois que ela deixou as desculpas de lado para acompanhar o marido, que antes da praça ser inaugurada já se dedicava às caminhadas. Hoje é ela quem incentiva o companheiro e não deixa de se exercitar. “De segunda a domingo eu venho aqui, somos bem assíduos”, diz.

Segundo o geriatra Hercílio Hoepfner Junior, esse aumento da expectativa de vida pode ser atribuído, em grande parte aos avanços da medicina, à melhoria no acesso à rede de saúde e aos medicamentos.

“Além disso, as pessoas também estão procurando manter uma alimentação melhor e participar de grupos de terceira idade. Observa-se que o tabagismo continua alto entre adolescentes, mas o número de fumantes adultos está diminuindo, o que reduz o risco de muitas doenças”, complementa.

Ainda assim, o geriatra destaca que uma boa parcela dessa população não está envelhecendo com a qualidade de vida necessária. Segundo Hercílio Hoepfner, há um grupo que vive uma vida dependente. A maioria dos integrantes desse grupo teve algum derrame e problemas decorrentes da osteoporose ou do diabetes, por exemplo. “Esse é o lado ruim do envelhecimento”, diz.

Estudar o envelhecimento da população também foi uma das razões que levaram a uma pesquisa sobre como vivem os idosos em alguns bairros de Joinvlle. PEREIRAOs mandamentos da longevidade
- Pratique exercícios físicos regularmente. Deixe de ser sedentário.
- Se ainda é fumante, deixe o cigarro imediatamente.
- Procure se expor ao sol em horários adequados (antes das 10 e após as 17 horas). A carência de vitamina D, decorrente da falta de exposição aos raios solares, é ruim para ossos e para a musculatura.
- Se está mais isolado, procure participar de grupos, integrar-se à família e fazer amigos.
- Mantenha uma boa alimentação, com uma dieta equilibrada, rica em fibras e carnes magras.
- Evite alimentos gordurosos, principalmente os que contêm gordura trans.
- Caso seja diabético, hipertenso ou tenha colesterol alto, respeite as restrições impostas pelo médico.
- Não se automedique. Isso incluí medicamentos fitoterápicos.
- Faça exames regulares de diabetes e colesterol, e demais exames recomendados pelo médico durante o check-up. n Se puder ter um terreno para plantar alguma coisa, faça isso. Você vai praticar exercício físico, expor-se ao sol e comer um alimento de melhor qualidade.

mariana.pereira@an.com.br

MARIANA

 


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Estudo base para atendimento

Nos bairros mais afastados da área central de Joinville, a realidade de idosos é um pouco diferente. Numa pesquisa na qual foram entrevistados cerca de mil moradores das áreas de abrangência das unidades de saúde da família Jardim Paraíso 1 e 2, Boehmerwaldt II, Itinga Continental e Anaburgo, apenas 33% dos entrevistados disseram praticar alguma atividade física regularmente e 65% disseram ser sedentários.

Esses dados serão a base das ações do Programa de Saúde do Idoso e regulamentarão os atendimentos a partir de 2011. Eles foram coletados pela Universidade da Região de Joinville (Univille), em parceria com a Secretaria da Saúde e o PET-Saúde, um projeto do Ministério da Educação e da Saúde, e vão traçar um perfil dos idosos da região, planejar o atendimento de saúde voltado a essa faixa etária e melhorar a qualidade de vida da chamada terceira idade.

 

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Preocupação com a saúde dentária

Alguns números são surpreendentes. E os resultados apontam que a população dessas áreas que depende, em grande parte, da rede pública de saúde, ainda carece de atenção, principalmente na área odontológica.

Uma das professoras responsáveis pela pesquisa, a dentista Denise Vizzotto, ressalta que a maioria dos entrevistados (52,5%) não procurou atendimento quando teve problemas dentários; 34,1% deles buscaram dentista particular e apenas 8,4% dos idosos disseram ter procurado a unidade de saúde. “A pesquisa mostrou também que 79% dos entrevistados usam prótese, mas destes, 66% não estão satisfeitos com a prótese dentária”, complementa Denise. “Isso confirma a estimativa do Ministério da Saúde de 2003, de que três a cada quatro idosos usam próteses dentárias, e mostra que os idosos têm pouco acesso a um serviço de qualidade”.

Hoje, 35 dos 56 postos de saúde da cidade têm atendimento odontológico. A expectativa é de que, com base na pesquisa, a Secretaria Municipal de Saúde amplie esse quadro. “Além disso, a implantação do Centro de Especialidades Odontológicas da Univille, que contará com um laboratório de prótese, vai suprir parte dessa demanda”, diz Denise. O projeto foi recém-aprovado na Câmara.


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Dependência do SUS chega a 73%

Conforme a pesquisa, apenas 26,9% dos idosos entrevistados nas cinco regiões têm plano de saúde privado. A grande maioria (73,1%) depende do Sistema Único de Saúde (SUS) e, normalmente, procura pelo primeiro atendimento no posto de saúde (86,4%). Em seguida, vêm os Pronto-atendimento 24 horas (33,1%) e, por último, os hospitais (26,5%).

Quanto aos problemas de saúde, apenas 1,9% disseram ter uma saúde perfeita. No total, foram relatados 7.398 problemas, o que corresponde a uma média de 7,7 problemas por idoso. As queixas mais frequentes são os problemas visuais (76,6%), seguidos dos dentários (75,8% utilizam dentaduras) e de hipertensão arterial (67,4%).

Entre aqueles que apresentam problemas visuais, 69,8% usam óculos, mas alguns alegam não ter boa visão apesar do uso das lentes corretivas por problemas como a catarata. Outros 29,85% não fazem uso dos óculos, muitos porque estão aguardando pela consulta com especialista, exames especializados ou cirurgia, e com freqüência reclamaram da demora aos pesquisadores.

AN.com.br

 


Na Justiça

O governo do Estado não conseguiu derrubar liminar que determinou o fornecimento de três novos medicamentos contra o câncer no setor de oncologia no São José de Joinville. O hospital é municipal, mas há fornecimento de medicamentos mais caros pelo Estado. As drogas a serem oferecidas são herceptin, mabthera e temodal.

A liminar foi dada em ação do MP e vale para pacientes de Joinville e demais cidades da SDR. O Estado alegou que não havia dinheiro reservado para a compra. A liminar não caiu, mas há mais possibilidades de recursos.


 OPINIÃO DE A NOTÍCIA

Atenção aos idosos

Ao iniciar a divulgação dos dados preliminares do Censo 2010, o IBGE deu destaque a informação sobre o envelhecimento da população brasileira, resultado da combinação de queda da taxa de fecundidade e mortalidade infantil aliada às melhores condições de vida. A pesquisa da Univille em parceria com a Secretaria de Saúde de Joinville, exibida em reportagem nesta edição, mostra detalhes dessa realidade na cidade.

O número de pessoas com mais de 60 anos em Joinville pulou de 28 mil para 43 mil, em taxa de crescimento acima da observada no restante da população. Outras informações colhidas mostram que os idosos merecem mais atenção, especialmente na área da saúde, na qual a cobertura dos planos de saúde na faixa etária fica abaixo da média de Joinville.

A maior expectativa de vida é talvez o mais vigoroso indicador de qualidade de vida. Mas o envelhecimento da população requer um nova postura dos governantes, dadas as implicações previdenciárias e em saúde pública. A alegada economia com menor número de crianças não se confirma, afinal, os investimentos em educação e saúde são sempre crescentes, avançando mesmo em grupos menores de indivíduos. Boa parte das ações é de caráter nacional, mas ações locais, como as bem-sucedidas academias de melhor idade, por exemplo, pode, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos.

 


Paciente com gripe A deixa a UTI em Florianópolis
Mulher de 59 anos pode ter alta nos próximos dias Compartilhar

 

Uma mulher de 59 anos diagnosticada com gripe A (H1N1) deixou nesta terça-feira a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São Sebastião, no Centro de Florianópolis. Ela pode receber alta nos próximos dias.

O hospital não divulgou detalhes sobre o estado de saúde da mulher. O outro paciente internado com a doença, um homem de 51 anos, continua na UTI. O quadro dele é estável.

Os dois pacientes foram hospitalizados em 23 de setembro. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, ambos os casos são atípicos.

Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), nenhum dos pacientes havia tomado a vacina contra o vírus. Não há parentesco ou amizade entre eles, mas ambos vivem na parte continental da Capital. O homem mora no bairro Estreito, e a mulher, em Capoeiras.

DIARIO.COM.BR E RBS TV

 


Cidade

Saúde
Telemedicina na ambulância

A Secretaria de estado da saúde fará um treinamento hoje e amanhã com 170 profissionais do SAMU para uso de telemedicina em ambulâncias, agilizando os atendimentos em trânsito.

A telemedicina é cada vez mais usada nos atendimentos do SUS. As equipes poderão fazer eletrocardiogramas durante o transporte dos pacientes e enviar as imagens do exame em tempo real, ao especialista de plantão, que fará o laudo necessário para o diagnóstico.

Os treinamentos será feitos hoje, em Florianópolis, na sede da SES, e amanhã em Lages, na sede da Uniplac. Os professores são técnicos do Hospital do Coração de São Paulo, e os participantes são médicos e profissionais de enfermagem que atuam em unidades de suporte avançado (ambulâncias com UTI). Paralelamente, serão equipadas com o aparelho de telemedicina, que tem, em média, as dimensões de um telefone celular, 22 ambulâncias e dois helicópteros utilizados pelo SAMU em SC.

Florianópolis terá mais um hospital privado

Em 40 dias, os mais de 1.500 médicos cooperados da Unimed da Grande Florianópolis devem decidir se aprovam a compra do Hospital SOS Cárdio, em fase de construção na rodovia SC- 401. A oferta surgiu após a confirmação de que a Unimed compraria, ou construiria um hospital próprio na capital, para atender a demanda de cerca de 250 mil clientes. Se aprovada, a unidade poderá ser inaugurada no início do próximo ano.

A aquisição de um hospital em Florianópolis é um antigo desejo dos pacientes assistidos pela Unimed desde 2008, quando, por determinação do Ministério Público Federal, as unidades públicas que atendem a população ficaram proibidas de dar preferência aos clientes de planos de saúde particulares.

Se a compra se efetivar, os clientes da Unimed, e também quem tem condições de pagar por uma internação privada, terão à disposição mais 75 leitos e UTI. Além disso, segundo a assessoria de imprensa da Unimed, o prédio em construção da SOS Cárdio tem capacidade para a abertura de maias 55 leitos. A área construída é de 12 mil metros quadrados. O negócio está avaliado em R$ 50 milhões e, se aprovada, deverá ser financiada pela Unicred.

O sistema Unimed registra mais de 100 mil consultas por ano no estado, e conta com seis hospitais. Segundo dados da administração, o número de hospitais gerenciados por planos de saúde aumentou 66% nos últimos dois anos no Brasil, chegando a 500 unidades.

Abertura pode ocorrer em janeiro

Segundo o diretor de serviços próprios da Unimed Florianópolis, Hildebrando Scofano, a grande diferença entre optar por comprar a SOS càrdio da SC-401, e construir uma nova unidade é que, se a primeira opção for aprovada, o hospital pode ser inaugurado em três meses, entre janeiro e fevereiro de 2011. “Construir leva muito mais tempo, cerca de cinco anos”, analisa.

Ainda de acordo com Scofano, uma nova unidade privada se refletirá na rede pública, em razão do maior número de opções para quem opta por pagar pelo serviço. “Os pacientes que seriam encaminhados para UTI pública, por exemplo, podem passar a utilizar a UTI privada, deixando espaço para os demais”, diz.