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SAÚDE PÚBLICA

Espera até para pegar senha
Pacientes tiveram de aguardar até quatro horas para serem atendidos

Quem procurou ontem o Pronto Atendimento (PA) Sul de Joinville, precisou de uma dose extra de paciência antes de pegar a senha. Pacientes que chegaram ao PA do bairro Itaum no começo da tarde aguardaram mais de quatro horas na fila depois de passarem pela triagem até receberem atendimento.

Segundo um grupo de pacientes, uma senhora que esperava para ser chamada chegou a passar mal e precisou ser socorrida. A situação revoltou algumas pessoas, que se queixaram da falta de médicos na unidade. “Perdi um dia inteiro de trabalho esperando para ser atendida, com dor, e ninguém avaliou o meu problema”, critica a auxiliar de produção Solange Patrícia Machado, 20 anos.

O trabalhador autônomo Sílvio Delgado, 42, também passou o dia no PA à espera de um diagnóstico para a dor na garganta. “A gente tem que esperar horas sem ter ideia de quando será chamado pelo médico”, reclama.

Além dos bancos da recepção, os corredores da unidade também ficaram lotados de pacientes à espera de atendimento. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Município, todos os funcionários do PA Sul trabalharam normalmente ontem.

Para a secretaria, o movimento foi acima da média por causa do fim do feriadão. A expectativa é de que o ritmo de atendimento volte ao normal a partir de hoje.

ROGERIO DA SILVA

 

ESTÉTICA

CFM alerta que células-tronco não combatem rugas

O Conselho Federal de Medicina anunciou ontem ser contrário a que consultórios ofereçam terapias com célula-tronco para tratamentos estéticos. Há registros de médicos que têm feito injeções de gordura supostamente “enriquecida” com células-tronco para preencher rugas, procedimento que não tem comprovação científica, afirma o conselho.

 

 

GERAIS

Seminário discute a droga em Biguaçu

O seminário Crack! Uma pedra no caminho. E agora? ocorre hoje e amanhã na Univali de Biguaçu, das 8h às 18h. Durante o evento, realizado pela organização Cruz Azul no Brasil, profissionais da saúde vão falar sobre a droga, sua evolução e as consequências.

O público-alvo do seminário são estudantes e graduados das áreas da saúde, educação e recursos humanos; líderes e agentes comunitários, monitores, consultores, que atuem ou queiram trabalhar com dependência química. Mais informações no site www.cruzazul.org.br.

 

  

Saúde Catarinense

 Lacen adota nova tecnologia para detectar tuberculose        
 
O LACEN, Laboratório Central de Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde, inicia nesta sexta-feira, 15 de outubro, a utilização de um equipamento automatizado para o diagnóstico da tuberculose. Através deste sistema, é possível detectar casos e monitorar a evolução do tratamento com muito mais rapidez nos resultados. Normalmente, para se realizar o exame convencional de diagnóstico, leva-se de 30 a 60 dias. Com o novo equipamento, o teste pode ser concluído, em média, em 10 dias. No caso do monitoramento da evolução do tratamento, o resultado convencional é liberado em 42 dias. Já pelo método automatizado, o prazo varia de 4 a 13 dias.
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“Além de reduzir o tempo do diagnóstico, o novo equipamento permite que a terapêutica seja feita precocemente, favorecendo sua evolução para cura sem maiores complicações, diminuindo a disseminação da doença e reduzindo custos com internações hospitalares”, observa o Secretário de Estado da Saúde, dr. Roberto Hess de Souza, que, como médico pneumologista, acompanhou de perto o processo. Para controlar a tuberculose em Santa Catarina, a SES investiu, apenas este ano, R$ 280 mil em equipamentos e insumos.
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Gradualmente, o Estado vem incrementando a oferta de serviços de diagnóstico. “Em 2008 fomos o segundo estado em realizações de teste sensibilidade, chegando ao limite máximo que suporta o LACEN. E em 2010 implantamos a automação dos exames de cultura e teste de sensibilidade, o que agiliza ainda mais os resultados”, destaca o diretor do LACEN, João Daniel Filho.
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Atualmente dois grandes obstáculos agravam a situação da tuberculose: a infecção pelo HIV/AIDS, que predispõe o indivíduo infectado a desenvolver a tuberculose, e o abandono ao tratamento, que pode levar ao surgimento de formas resistentes de tuberculose (TBMR). No Brasil, são notificados cerca de 72 mil casos novos anualmente. Em Santa Catarina, foram registrados 2.183 casos no ano passado. Destes 1.705 são casos novos.
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Apesar de a tuberculose ser uma doença grave que pode levar à morte, o tratamento adequado garante a cura do paciente. Ao surgir sintomas como tosse  por mais de três semanas, falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, cansaço fácil ou febre baixa no final da tarde, a recomendação é que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico e o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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O tratamento da tuberculose consiste na ingestão diária de antibióticos durante seis meses, sem interrupção. Nos primeiros meses, o paciente já começa a apresentar melhoras, o que, eventualmente, o faz crer que não é mais necessário tomar os remédios. “O paciente que interrompe o tratamento indicado pelo médico pode desenvolver resistência aos medicamentos e adquirir um tipo de tuberculose ainda mais difícil de ser tratada”, alerta o Secretário Hess de Souza, lembrando que a tuberculose ainda é a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos.
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Há uma década, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência em relação à tuberculose. Segundo a OMS, um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Destes, 8 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano. A tuberculose está intimamente ligada às questões sócio-econômicas, sendo uma das doenças mais antigas que se tem relato na humanidade. Por se tratar de um grave problema de saúde pública, integra a lista de prioridades do Ministério da Saúde
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