icone facebookicone twittericone instagram

EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Timbó fechará as portas para as cidades vizinhas


Prefeito alega dificuldades financeiras para pagar conta dos municípios da região e rompe contratoOs municípios de Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Rio dos Cedros e Rodeio, no Médio Vale do Itajaí, começaram a discutir, sexta-feira, alternativas para os casos de urgência e emergência e especialidades, antes atendidas em Timbó.

Com a negativa da Secretaria de Saúde estadual em ajudar com recursos para manter o serviço, o prefeito de Timbó, Laércio Demerval Schuster Júnior, decidiu cancelar o convênio com o Estado, que previa os atendimentos aos municípios vizinhos, e suspender os serviços a partir de 16 de novembro.

– Não tenho mais recurso para pagar esta conta (dos pacientes dos municípios vizinhos) e muito menos infraestrutura para atender a demanda crescente dos municípios – lamenta Schuster.

O prefeito de Rio dos Cedros, Fernando Tomaselli, afirma que irá buscar um convênio com Pomerode, cidade mais próxima, para o atendimento de algumas especialidades. Outra alternativa seria encaminhar pacientes para Indaial.

Tomaselli diz que, por enquanto, não haverá problemas com os casos de urgência e emergência, já que Rio dos Cedros conta com uma unidade de Pronto -atendimento 24 horas.

– Vamos continuar discutindo a questão, pois mudar de cidade é transferir o problema e não resolver. Ou o Estado intervém ou ficará cada vez mais complicado – defende Tomaselli.

Os outros prefeitos e secretários de Saúde ainda estudarão as melhores alternativas para compensar os atendimentos em Timbó. Semana que vem, representantes dos cinco municípios devem reunir-se novamente para buscar alternativas.

Governo estadual pode bancar estrutura

O gerente de Saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Timbó, Flávio Berti da Cruz, explica que o Estado não pode arcar com os custos dos atendimentos, como o pagamento de médicos e consultas, mas estaria disposto a buscar verbas para a ampliar a estrutura física das unidades de saúde dos municípios.

– Vamos continuar conversando e vendo quais as necessidades de cada cidade – afirma o gerente.

Segundo o prefeito de Timbó, a questão também será levada a conhecimento do Ministério Público, para tentar buscar outras alternativas para o problema

daniela.pereira@santa.com.br

DANIELA PEREIRA | Timbó

O problema

- Desde abril deste ano, Timbó, Rio do Cedros, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rodeio estão discutindo a questão do custeio dos atendimentos de emergência e urgência e da policlínica. Timbó explicou que não conseguiria manter os atendimentos sem a ajuda do Estado para pagar os custos.
- Em 15 de outubro, representantes dos cinco municípios pediram uma reunião com o secretário de Estado da Saúde para expor o problema e buscar soluções. A reunião foi negada e ficou para a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Timbó resolver o problema.
- A ajuda financeira para custeio foi negada, porém, a SDR informou que há possibilidade de investir em infraestrutura.

 

CONTÁGIO FÁCIL
Cinco vezes mais casos de catapora

As feridas e a coceira da varicela, conhecida como catapora, são o primeiro sinal de alerta para os pais. Depois vêm a febre e o mal-estar.

Os pediatras da rede privada de saúde de Blumenau já registraram 164 casos da doença desde junho. No mesmo período de 2009, foram 30. É normal que as ocorrências se concentrem nesta época do ano.

– Não há um motivo específico para o vírus da catapora se espalhar. O que ocorre é a facilidade com que a doença é repassada, já que o vírus permanece no ambiente durante 45 minutos – explicou o médico pediatra Mário Celso Schmitt.

O diretor de Vigilância em Saúde de Blumenau, Marcelo Schaefer, diz que o aumento no número de casos na rede privada e nos postos de saúde pode ser consequência da nova orientação às professoras das creches, para que encaminhem as suspeitas ao médico antes de afastar da sala de aula. Antes, as professoras simplesmente chamavam os pais e pediam para que a criança ficasse em casa.

 

Blumenau

 

Colunista Cacau Menenzes


Questão de hábito

No ano passado, foi a gripe A que ameaçava a população; agora, a tal da superbactéria, que coloca todos em estado de alerta. Tudo bem que cada qual tem as suas características e fatores distintos de desencadeamento, mas em comum na prevenção para evitar os dois males, a higiene ganha destaque. Só quando assustada e muito amedrontada a população pensa nisso e faz coisas básicas, como lavar as mãos e usar o álcool gel. Limpeza e assepsia caminham juntas com a saúde
.