OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Alívio aos doentes
Uma reivindicação de mais de dez anos finalmente começa a virar realidade a partir desta segunda-feira em Joinville, com o início do atendimento dos três primeiros pacientes de câncer com o sistema de acelerador linear no Hospital Municipal São José. É com alívio que a cidade – principalmente doentes e seus familiares – vê entrar em funcionamento um equipamento que possibilita um tratamento menos invasivo na luta contra a doença. Mais moderno que o aparelho de cobaltoterapia – que vai continuar a ser usado no hospital – o acelerador já é conhecido de pacientes de outras cidades catarinenses como Florianópolis, Chapecó, Criciúma e a vizinha Jaraguá do Sul.
Se há alívio de um lado, de outro o tempo que se levou para tornar o projeto realidade precisa servir de alerta máximo. O aparelho foi comprado em 2006 pelo governo do Estado. De lá até aqui, foram longos anos e centenas de pacientes que ficaram à espera do serviço. Há de se registrar o empenho da atual administração em resolver a pendência que envolvia a construção da casamata – espaço especial para abrigar o equipamento – e que emperrava o início da operação.
A velocidade com que os casos de câncer têm crescido em Joinville é um dos exemplos da necessidade de maior celeridade do poder público em resolver questões envolvendo a saúde, enfim, a vida das pessoas. A partir de agora, fica a torcida de que a população possa contar com a operação regular do acelerador no tratamento dos doentes de câncer.
CÂNCER
Uma máquina CONTRA O CÂNCER
O acelerador linear que vai ser usado por pacientes em Joinville é mais eficaz que a radioterapia atual. Três pessoas começam a ser preparadas nesta segunda-feira para as primeiras sessões no equipamento. Confira nestas duas páginas reportagem infográfica que mostra, passo a passo, a busca pela cura da doença.
SAÚDE PÚBLICA
Mapa da dengue em Joinville
Estudo aponta que Distrito Industrial teve 22 focos do mosquito em 2010
Depois de ser registrado o primeiro foco da dengue este ano em Joinville, as autoridades chamaram a imprensa para fazer um alerta à população para que não haja proliferação do mosquito na cidade. Dados dos anos anteriores foram apresentados e dicas de como evitar o aparecimento de larvas também. O mapa dos focos registrados na cidade em 2010 mostra o Distrito Industrial em primeiro lugar, com 22.
Segundo Jeane Vieira, gerente de Vigilância em Saúde, não é de se espantar que o Distrito Industrial lidere o ranking. “É uma área de indústria, tem muito equipamento, muito entulho, e isso atrai o mosquito”, revela. Lá foram confirmados 22 focos. Em segundo lugar está o Aventureiro, com 16, e em terceiro, Pirabeiraba, com 13. Segundo Jeane, nesses bairros há muitas borracharias, transportadoras e indústrias e, por isso, o número de focos registrados é maior.
A orientação para evitar que o índice aumente é não deixar água parada. Virar as tampas para baixo, colocar areia nos potes de flores, e onde há água, o ideal é fazer limpeza semanal com jato e escova. Também é indicado ter cuidado com objetos plásticos. A gerente lembra que o primeiro foco confirmado na cidade foi em uma pedreira, ao lado de uma transportadora, no Costa e Silva. “A larva estava em uma lona”, completa.
“As pessoas devem ter a informação básica. A bromélia, por exemplo, flor comum na cidade, tem de ser lavada, esfregada. Eu confesso que não sabia disso e agora vamos ter de fazer”, diz o prefeito Carlito Merss. Assim como ele, o secretário de Saúde, Tarcísio Crocomo, pede que os moradores cuidem dos lares. “Cada um tem de ser um agente em seu lar. Mas é fundamental que a população receba os agentes. Eles estão aí para ajudar”, afirma.
Só com um trabalho em conjunto as autoridades acreditam que Joinville possa evitar a doença. Para isso, um plano de contingência foi feito pelo grupo do Programa de Combate à Dengue direcionado para definir ações de prevenção. São 56 pessoas passando de porta em porta orientando a população e vistoriando as casas, fora a equipe que faz os exames em laboratório para verificar se os mosquitos encontrados em armadilhas são o da dengue.
OITO ACIDENTES DE TRABALHO POR DIA
Depois de um aumento de 21% em um ano, houve queda no número de acidentes de trabalho em Joinville em 2009. Ainda assim, segundo os dados do Ministério da Previdência Social, a média é de 12 casos por dia na cidade. A conta cai para quase oito quando se considera somente o que ocorre na própria empresa. Ocorreram 3,7 mil registros em 2007. Um ano depois, o número saltou para 4,5 mil. E em 2009 caiu para 4,4 mil no ano. Nessa conta, além dos acidentes no local de trabalho, entram também as doenças decorrentes do trabalho que implicaram afastamento e incidentes durante o trajeto entre a casa e a empresa. E mais gente se acidentou pelo caminho. Foram 68 casos a mais em 2009, quando houve 690 ocorrências.
ESCOLHA
Rosina Moritz dos Santos, que vai ser a adjunta do secretário Dalmo de Oliveira, é ligada a Luiz Henrique. Ela está há oito anos na Saúde