icone facebookicone twittericone instagram


GOVERNO DO ESTADO
Cortes não atingem o Norte
Secretários garantem que as medidas de contenção de gastos não afetam a região

A contenção de gastos para economizar R$ 1 bilhão em quatro meses, medida anunciada pelo governador Raimundo Colombo na semana passada, quando assumiu, não vai afetar serviços essenciais de Joinville e região, garantem secretários de Estado. Investimentos e contratações que já estavam assinados para saúde, educação, infraestrutura e segurança serão mantidos. Apenas novos projetos, que têm de começar do zero, não serão iniciados no período, enquanto o governo revisa contratos e revê prioridades.

Segundo o secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, apenas o asfaltamento da estrada Rio do Morro, que liga o bairro Paranaguamirim, na zona Sul de Joinville, a Araquari, e o asfaltamento do acesso à Praia do Ervino, em São Francisco do Sul, podem não começar durante esses quatro meses. As obras foram licitadas, mas dependem de dinheiro do caixa do Estado.

Outras obras que já foram licitadas – como a Costa do Encanto (asfaltamentos de vias no entorno da Baía da Babitonga) e o binário do Vila Nova – não devem ser prejudicadas pelos cortes, assegura. O asfaltamento da SC-415, ligação da BR-101 com o Porto Itapoá, será uma prioridade, disse o secretário que tem base eleitoral no Planalto Norte.

Cobalchini está hoje em Brasília e vai ao Rio de Janeiro em breve para acompanhar os contratos com a Cooperação Andina de Fomento (CAF), que financia a Costa do Encanto e a SC-415. Também manteve o compromisso de brigar pela aprovação do BNDES 3, pacote de R$ 40 milhões para o binário do Vila Nova e outras obras viárias.

Outros secretários Dalmo Claro (Saúde), Marco Tebaldi (Educação) e César Grubba (Segurança) também asseguram que a contenção não atrasará investimentos na região. Dalmo disse que a contratação de 19 médicos para a emergência do Hospital Regional, já aprovados em processo seletivo, será mantida. Na semana passada, Tebaldi garantiu que os R$ 17 milhões para obras em escolas da região Norte será mantido.

Na segurança, Grubba informou por meio da assessoria de imprensa que irá analisar indicadores de criminalidade e necessidades de aplicação de verba. Mesmo assim, investimentos nas Unidades Prisionais Avançadas (UPAs) já contratados serão mantidos e a ativação de três delegacias de Joinville deverá ocorrer quando policiais e delegados completarem a formação, prevista para o fim do semestre.

 

 
FARMÁCIA-ESCOLA
315 pacientes sem remédios
Faltam nove medicamentos que são distribuídos de graça pelo Estado

Pelo menos 315 joinvilenses estão sem receber nove medicamentos distribuídos gratuitamente pela Secretaria de Estado da Saúde na farmácia-escola da Univille. Na segunda-feira, a lista era ainda maior: faltavam 15 remédios. A expectativa é de que a situação seja normalizada entre hoje e amanhã. A relação dos itens em falta não foi divulgada.

O problema afetou a aposentada Dinorah Concentino Rocha, 85 anos, que usa Atorvastatina 20 mg para reduzir os níveis de colesterol no sangue. Há um mês, ela tentava obter uma caixa do remédio, que toma todos os dias, mas ouvia sempre a mesma resposta. “Eu fui de táxi do Boa Vista até o Centro para pegar. Depois, comecei a ligar. Eu estou tomando menos do que o médico receitou”, lamenta.

Apesar de os usuários dependerem dos repasses da farmácia-escola, mantida pela Secretaria Municipal da Saúde, é o Estado quem distribui esses medicamentos. A diretora estadual de Assistência Farmacêutica, Maria Teresa Bertoldi Agostini, justificou o atraso, alegando que houve problemas com os fornecedores.

“Nos anos anteriores, os laboratórios entravam em recesso por volta do dia 22, 23 de dezembro. Este ano, alguns começaram a fechar a porta dia 1º. Isso atrapalhou nosso processo”, diz. De acordo com Maria Teresa, os fornecedores foram notificados sobre o descumprimento do contrato. “Estamos colocando o estoque em dia, mas não posso afirmar que está 100%. Ainda estamos recebendo medicamentos atrasados e repassando aos beneficiados”.

O operador de produção Márcio Rocha, que usa a Mesalazina 800 mg, também enfrenta o problema. Embora tenha recebido a garantia de que o medicamento estaria à disposição na segunda, ontem ele ainda não havia conseguido o remédio. Ele foi orientado a ligar somente amanhã.

SAIBA MAIS

A gerência regional de Saúde, que repassa os medicamentos para as cidades vizinhas a Joinville, também estava com problemas. Parte do estoque começou a ser restabelecido na segunda-feira à noite e distribuída ontem.

 


SAÚDE
Virose preocupa as praias litoral de SC

Febre, vômitos, dores abdominais e diarreia. Se você ou alguém da família estiver com estes sintomas, pode estar com uma das famosas viroses de verão. No litoral, só o Hospital da Unimed em Balneário Camboriú atende, em média, a 80 casos por dia. Apesar disso, o surto ainda não foi caracterizado e não há motivo para alardes, garantem as autoridades de saúde. “É uma situação esperada para esta época do ano. Isso está relacionado também a questões alimentares e de higiene”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica de Itajaí, Carlos Corrêa.

Em Porto Belo, ontem, o Pronto-atendimento bateu recorde de atendimento desde que foi aberto, há três anos, e precisou estender o horário de expediente. Foram atendidas 52 pessoas. Em Navegantes, o hospital teve na semana passada 49 casos de diarreia. A maioria ocorreu em adultos.

Entre 1º e 7 de janeiro, o Hospital da Unimed de Balneário Camboriú, 570 pacientes foram diagnosticados com alguma virose gastrointestinal. Apesar do grande número de afetados nos postos de saúde e hospitais do litoral, o secretário de Saúde de Balneário Camboriú, José Spósito, afirma que neste ano a incidência de virose é menor do que em anos anteriores. Já no Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, são atendidos de 80 a cem casos de viroses por dia.

Em Itajaí, a Vigilância Epidemiológica registrou 485 casos de diarreia aguda nas unidades de saúde monitoradas pelo município entre 2 e 8 de janeiro. No mesmo período de 2010, foram registrados 300 casos. Conforme a Vigilância, os casos envolvem, predominantemente, adultos.


 

 

 

Faltam doadores
Depois do boom nos últimos dias do ano, caiu o número de doadores no Hemosc de Joinville. Em 30 de dezembro, ocorreram 133 coletas. Claro que a possibilidade de ganhar um atestado na véspera da virada também levou muita gente a colaborar. Hoje, há dificuldade para manter os estoques dos sangues tipos O, AB e B, todos negativos.

 

 

Reportagem Especial


COMPLEXO PENITENCIÁRIO
Ideia, agora, é fazer um hospital

Terreno onde funcionam hoje unidades de segurança da Capital já teve propostas de virar parque, condomínio particular e ser uma área mista, pública e privada

O governador Raimundo Colombo (DEM) deu indicações do que pretende fazer com o terreno do Complexo Penitenciário da Agronômica, situado num terreno de 300 mil metros quadrados numa das áreas mais nobres de Florianópolis. Ele quer construir uma unidade hospitalar assim que o projeto de remoção da cadeia para Palhoça for concluído.

Como o terreno é grande e muito bem localizado, também há a intenção de instalar um parque com áreas de lazer para uso da comunidade, uma reivindicação de vários movimentos sociais. A Diretoria de Imprensa do governo do Estado informou que tudo não passa de uma ideia, ainda não há estudos sobre a situação e nem ninguém foi nomeado para reunir dados técnicos que serviriam de base para o projeto.

Somente depois que esta etapa for concluída será possível determinar que tipo de unidade hospitalar deve ser erguida, hospital de referência ou uma policlínica. A falta de informações explica porque não é possível calcular quantos leitos seriam construídos, o custo da obra e o prazo de entrega.

A necessidade de um novo hospital na Grande Florianópolis é uma realidade, afirma o secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira. A principal carência é por leitos adultos em clínica médica e cirurgia, e vagas para tratamento de crianças. O número exato não foi revelado.

Ele explicou que o problema poderia ser resolvido, por exemplo, com uma nova ala no Hospital Florianópolis, no Bairro Estreito. Sobre a proposta de construir um hospital na área do Complexo Penitenciário da Agronômica, ele reforça que não há nada definido.

– O assunto ainda é muito embrionário, não nem estudo sobre a situação.

Em entrevista à TVCom na segunda-feira à noite, Colombo falou que o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), era a pessoa com mais informações sobre o assunto. A assessoria de imprensa confirmou o interesse inclusive pela construção da área cultural, mas informou que, por enquanto, não há detalhes. Explicou que a questão estrutural do hospital precisa de planejamento.

1º Idéia - Venda para iniciativa privada não vingou

O primeiro governador a mencionar a retirada do complexo penitenciário da região central da Capital foi Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Após dois mandatos, porém, ele admitiu que não ter conseguido a mudança foi a maior frustração de sua gestão. A ideia dele não contemplava a utilização do terreno para fins público. Justificava que sem a venda a área para iniciativa privada não seria possível pagar a construção de uma nova unidade prisional. O projeto de alteração do zoneamento para permitir a construção dos prédios foi aprovada pelos vereadores em novembro de 2009. Mas a ideia não foi adiante. Prefeitos não aceitaram receber a nova unidade prisional. A proposta de construção dos prédios também foi duramente criticada por entidades comunitárias de Florianópolis.

2º Idéia - Comunidade pede a instalação de parque

A União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco) sugere a construção de um parque com área verde e espaço para a prática de esportes, atividades culturais, centro de lazer para idosos e cursos de formação profissional para jovens carentes.

– A comunidade deve ser ouvida antes de qualquer promessa sobre o que fazer naquele espaço – afirma a representante do Conselho Fiscal, Albertina de Souza. A entidade aguarda que o governador Raimundo Colombo procure os moradores. Ainda assim, empreendimentos privados estão fora de cogitação para a Ufeco. Entregar o espaço à especulação imobiliária é o maior receio dos moradores, que argumentam que a região não tem infraestrutura de trânsito e saneamento básico para suportar investimentos desse tipo.

3º Idéia - Parte para empresas e parte para a população

A última ideia lançada foi em 3 de dezembro, durante a gestão do governador Leonel Pavan (PSDB). Empresas privadas construiriam a unidade em Palhoça e o Estado alugaria o prédio por até 30 anos. Terminado o prazo, a cadeia se torna propriedade do Estado. Quanto à destinação do terreno na Capital, Pavan declarou que se dependesse de sua vontade, haveria uma divisão da área. Parte seria leiloada e o dinheiro serviria para reforçar os cofres do tesouro estadual. O restante seria convertido num parque. Haveria discussão com lideranças comunitárias das proximidades e movimentos sociais para determinar como seria a melhor distribuição. Mas Pavan defendia que o parque a ser criado teria bastante verde e seria opção para momentos de descontração em família

 

 


COMPLEXO PENITENCIÁRIO
Proposta divide a categoria médica

A notícia da construção de um novo hospital na área onde hoje se localiza o Complexo Penitenciário da Agronômica dividiu profissionais da área médica em Santa Catarina.

A Federação dos Hospitais de Santa Catarina entende que o investimento é necessário e que, uma vez pronto e funcionando, pode ajudar a suprir as carências do sistema hospitalar da cidade.

– Um hospital de alta complexidade é um ótimo investimento. Agora, temos que pensar sobre possibilidades de financiamento da obra porque a gestão custa mais que a construção do prédio. Um hospital desse porte é fundamental – diz Tércios Kaste, presidente da entidade.

Já o Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc) vê a proposta com ressalvas. De acordo com o presidente da entidade, Dr. Cyro Soncini, novos leitos são necessários, mas pouco adianta construir um edifício sem as condições básicas de funcionamento.

– Hoje temos carências no sistema médico do Estado. Prioritariamente, precisamos de leitos, novos médicos e servidores e equipamentos que precisam ser substituídos. Do jeito que está, as carências são visíveis nas filas e em atrasos no atendimento – explica.

O Simesc alerta para um problema que pode aumentar com a construção do novo hospital: o inchaço do sistema de saúde de Florianópolis.

– Simplesmente não resolve o problema. É preciso investimento maciço para viabilizar um sistema de saúde eficiente. Hoje, pessoas de outras regiões do Estado vêm se tratar em Florianópolis e as carências são visíveis – define o presidente do Simesc.

Segundo a Associação Catarinense de Medicina (ACM), a obra vai gastar recursos que poderiam ser melhor aplicados em outras áreas.

– É mais prático e barato reativar leitos que estão fechados para melhor atender o paciente. Só no Hospital Infantil de Florianópolis são 80 leitos fechados. Precisamos de estrutura e não obras – argumenta Genoir Simoni, presidente da Associação Catarinense de Medicina

 


COMPLEXO PENITENCIÁRIO
Transferência é demorada

Para a ideia do novo hospital virar realidade é preciso primeiro que a transferência do Complexo Penitenciário da Agronômica para Palhoça seja concluída.

A abertura do edital foi autorizada em 3 de dezembro, mas nem sequer um cronograma para contratação do projeto foi elaborado.

A engenharia financeira ficou a cargo da SC Parcerias que, no momento, está realizando levantamentos técnicos, estudos geológicos e busca por soluções ambientais, já que o terreno escolhido para a nova cadeia é próximo a um rio.

De acordo com a assessoria de imprensa da SC Parcerias, somente quando tudo estiver terminado, poderá ser aberto um edital para contratação da empresa que vai fazer o projeto de engenharia.

O passo seguinte é escolher por licitação a empresa encarregada de construir a nova unidade prisional. Até agora, a única etapa pronta é a entrega do memorando pela Secretaria de Segurança Pública com a descrição das características da cadeia de Palhoça (desenho acima). O documento traz detalhes como tamanho das celas, espessura das paredes, material a ser usado. Mas a prefeitura de Palhoça é contra a construção.

 

 

 

Participando do Conversas Cruzadas, da TVCOM, Raimundo Colombo fez várias revelações. A de maior impacto: transformar o espaço físico da Penitenciária Estadual num moderno complexo médico-hospitalar da Grande Florianópolis. O vice Eduardo Moreira, também presente, revelou negociações com a SOS Cárdio para a compra do moderno hospital construído e pronto para operar no início da SC-401.

 


SAÚDE
Virose de verão lota hospitais no Litoral
Em Itajaí, casos aumentaram 61% em relação a janeiro de 2010

ITAJAÍ - Febre, vômitos, dores abdominais e diarreia. Se você ou alguém da família estiver com estes sintomas, pode estar com uma das famosas viroses de verão. Em Balneário Camboriú, só o Hospital da Unimed atende, em média, 80 casos por dia. Em Porto Belo, ontem, o Pronto Atendimento (PA) bateu o recorde de consultas desde que foi aberto, há três anos: foram 52 pacientes, quando o normal é 35. Foi preciso estender o horário de expediente para dar conta da demanda, sendo que a maior parte das pessoas apresentava a virose, afirma o secretário municipal de Saúde, Antônio Ballestero Júnior. Em Navegantes, o hospital teve na semana passada 49 casos de diarreia, a maioria com adultos. Em Itajaí, os casos aumentaram 61% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar disso, o surto ainda não foi caracterizado e não há motivo para alarmes, garantem as autoridades de saúde.

– Há um acúmulo de pessoas aqui no Litoral, o que facilita a transmissão destas viroses. Isso está muito relacionado também a questões alimentares e de higiene – explica o diretor de Vigilância Epidemiológica de Itajaí, Carlos Manuel Corrêa.

A contadora Ana Maria Veiga Santos, 39 anos, passou pelo aperto de um PA lotado. A filha de 11 anos começou a sentir fortes dores abdominais e logo depois veio o vômito. A moradora de Itajaí levou a menina até o Pronto Atendimento. Depois de quase duas horas de espera, a mãe recebeu orientações e o diagnóstico: virose.

–O médico disse que não tem como saber a causa. Pode ser alimento, água, gelo contaminado e até o mar poluído. Agora, haja soro caseiro né?

O tempo de recuperação varia entre cinco e sete dias. Em Blumenau, a enfermeira plantonista do Hospital Santo Antônio garantiu ontem que poucos casos de virose foram atendidos durante este verão, o que pode caracterizar a doença como típica de cidades litorâneas. Apesar do grande número de afetados nos postos de saúde e hospitais do Litoral, o secretário de Saúde de Balneário Camboriú, José Roberto Spósito, afirma que neste ano a incidência de virose é menor do que em anos anteriores.

Mais comuns durante o verão, as viroses gastrointestinais, ou enteroviroses, estão relacionadas a questões como higiene e alimentação. Alimentos como frutas e verduras não refrigerados ou não lavados adequadamente podem estar contaminados por vírus, bactérias ou parasitas, principais causadores das diarreias agudas.

– Com o calor, alimentos podem se deteriorar mais rapidamente, por isso a refrigeração é muito importante – ensina Corrêa.

Outra dica importante é ficar de olho no que se bebe. Para a ingestão, água deve ser mineral ou fervida. O mesmo vale para o gelo usado para refrescar as bebidas. A orientação é usar a água vinda da torneira somente para banho e serviços domésticos.

fernando.arruda@santa.com.br

patricia.auth@santa.com.br

FERNANDO ARRUDA E PATRÍCIA AUTH
 
RECOMENDAÇÕES 
- Evite a automedicação e procure um posto de saúde ou o hospital mais próximo 
- Hidrate-se muito. Consuma bastante água, soro caseiro, sucos e isotônicos 
- Lave bem frutas e verduras antes de consumi-las 
- Mantenha alimentos bem refrigerados 
- Lave sempre as mãos antes de comer 
- Evite consumir bebidas preparadas em locais sem condições de higiene ou que venham com gelo, pois a água pode estar contaminada 
- Prefira alimentos industrializados aos lanches, espetos e outros alimentos vendidos na praia 
- Lave cuidadosamente as mãos, principalmente após usar o banheiro e antes de se alimentar 
FAÇA VOCÊ MESMO 
Soro caseiro: dissolva duas colheres de chá de açúcar e uma colher de sal em um copo de água mineral. Para fazer um litro, conforme as medidas da Unesco, use um litro de água com 3,5g de sal e 40g de açúcar. Cuidado! Dosagens maiores podem provocar convulsões em crianças