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Lista tríplice

O secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro, está estudando adotar a lista tríplice para escolher os diretores clínicos e de enfermagem da Maternidade Darcy Vargas, de Joinville. Seria uma experiência piloto no Estado. Os funcionários das áreas fazem uma lista com três nomes e o secretário escolhe um.

Mudanças parciais
Embora aponte trocas como “naturais” com a mudança de governo, o secretário Dalmo diz que as mudanças deverão ser parciais na maternidade e no Hospital Regional. Cada unidade hospitalar conta com quatro cargos comissionados – duas das gerências devem ser obrigatoriamente preenchidas por servidores de carreira. Dalmo ainda não decidiu se troca os diretores – ambos, Armando Dias Júnior (maternidade) e Ana Maria Jansen (Regional) querem ficar.
O Ministério da Saúde autorizou o Hospital São José a fazer retirada e transplantes de pele em Joinville. No ano passado, um procedimento desses foi realizado. Agora, o hospital pode receber pelos transplantes.

LEPTOSPIROSE
Mais casos do que no ano passado
Nos dois primeiros meses de 2011, já são 36 casos. Durante 2010, foram 26A Secretaria de Saúde de Jaraguá do Sul divulgou, ontem, os números atualizados da leptospirose na cidade. Dos 165 casos em análise, 36 já foram confirmados e 92 casos suspeitos foram descartados. Há 37 suspeitos aguardando resultados de exames e apenas três pacientes internados. Nos dois primeiros meses do ano passado, foram 25 casos suspeitos e 15 confirmados. E em todo 2010, dos 84 casos suspeitos, apenas 26 tiveram resultado positivo.

Segundo o secretário da Saúde, Francisco Airton Garcia, o aumento no número de casos em comparação ao ano passado deixa a equipe em alerta, mas lembra que os casos estão sendo monitorados e o trabalho de prevenção, realizado desde as chuvas de janeiro, é bastante positivo.

Garcia alerta ainda para que a população mantenha-se vigilante e, aos primeiros sintomas de febre alta (acima de 39º), dor de cabeça e dores no corpo, procure a unidade de saúde mais próxima.

“Os primeiros sintomas da leptospirose são parecidos com os de uma gripe forte. Por isso, evite a automedicação”, diz o gerente da Vigilância em Saúde, Walter Clavera. Ele destaca que um diagnóstico precoce, com antibióticos adequados, pode reverter o caso, evitando que o estado do paciente se agrave, evitando a internação. Clavera, assim como Garcia, garante que a situação na cidade está sobre controle e que não há motivos para preocupação.

Sobre o monitoramento, o gerente diz que a Saúde trabalha com duas situações. A primeira é assistencial, quando o paciente está com suspeita da doença e é feito o tratamento com medicação. O segundo é estratégico, quando há notificação. “Nesse caso, coletamos o sangue no sétimo dia, pois só aí o vírus estará na corrente sanguínea do paciente para confirmarmos a doença.”

 Leptospirose
Doença infecciosa grave causada pela bactéria leptospira. É transmitida ao homem pela urina de ratos, ratazanas e camundongos.
OS SINTOMAS
- São parecidos com os da gripe: dor de cabeça, dor muscular, febre e mal-estar.
- Nos casos mais graves, podem aparecer sintomas, como icterícias e manifestações hemorrágicas.
COMO SE PEGA?
- Em tempos de muita chuva, como os que ocorrem em Jaraguá nos últimos 30 dias, rios, córregos e a própria rede de esgoto transbordam. Essa água de enchente invade tocas de ratos e contamina a água de residências, levando a leptospirose que estava no meio ambiente para mais perto do homem.
- A população, ao entrar em contato com a água ou lama contaminada durante as enxurradas, pode infectar-se, especialmente se tiver cortes ou ferimentos na pele.
- Alimentos, medicamentos e a água de beber contaminados também podem transmitir a leptospirose pela ingestão. Por isso, recomenda-se que os alimentos que tiveram contato com as águas da enchente sejam jogados fora.

 

HOSPITAL CELSO RAMOS
Atestados adiam cirurgias no HCR

Vítima de um acidente de trânsito, o motoboy Flávio Márcio Danielli, 35 anos, aguarda há 24 dias para ser operado no Hospital Celso Ramos (HCR), em Florianópolis. Ele quebrou o fêmur e teve a cirurgia desmarcada em três oportunidades.

Cada vez que uma cirurgia é marcada, Flávio precisa ficar em jejum por horas. Isso cria uma expectativa no motoboy que parece não ter fim, com os constantes cancelamentos. Das sete salas de cirurgia, somente cinco estão em funcionamento. A consequência é o aumento do tempo de internamento dos pacientes.

– Os médicos disseram que a minha operação não foi feita porque a autoclave (equipamento de esterilização) quebrou e também não havia a furadeira. Um médico avisou que eu não poderia ficar com os ferros por mais de 15 dias. Não aguento mais de tanta dor e não temos nenhuma previsão – lamentou Flávio.

O Hospital Celso Ramos tem 1.002 funcionários – 42 no centro cirúrgico. Destes, 11 estão afastados do trabalho em virtude de atestados, férias e licença-prêmio. Isso corresponde a um déficit de 25% na capacidade de atendimento. Segundo o diretor geral do HCR, o médico Maurício Buendgens, existe uma farra de atestados entre os funcionários, o que atrapalha o andamento das cirurgias.

– O que falta é mão de obra. Tem muita gente de atestado e suspeitamos que alguns não seriam necessários. O secretário prometeu contratar funcionários – disse Buendgens.

Sobre a falta de equipamentos, ele questionou a prestação de serviço das empresas terceirizadas.

– Não existe manutenção preventiva, as empresas só aparecem quando o equipamento quebra. A falta de cuidado com o bem público é outro problema. Estamos cobrando mais atenção das empresas contratadas.

A empresa responsável pela lavação alegou que uma das máquinas quebrou e, por isso, as roupas de cama não são trocadas diariamente.

CRACK NEM PENSAR
Novos centros de referência

O governo federal dará, hoje, o pontapé inicial para a criação dos Centros Regionais de Referência (CRR) em Crack e Outras Drogas.

Os centros são uma iniciativa prevista no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em 2010. A finalidade deles é a formação permanente e a qualificação da intervenção de profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social, que trabalham tanto com usuários de crack e outras drogas, quanto com as famílias dessas pessoas.

O repasse federal é de até R$ 300 mil por projeto, que deverá ser aplicado na formação de 300 profissionais. Ao final de 12 meses, serão capacitados 14,7 mil profissionais, em 884 municípios de 19 estados. Os recursos são do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas e integram o orçamento do Fundo Nacional Antidrogas (Funad).

MORTE EM CLÍNICA
Cirurgião plástico é denunciado

Porto Alegre - O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia na quarta-feira, contra o cirurgião plástico Nelson Heller, por homicídio culposo e fraude processual.

Para o promotor de Justiça Luís Antônio Portela, o médico causou, culposamente, mediante imperícia, negligência e com inobservância de regra técnica, a morte de Lívia Ulguin Marcello, ocorrida em 24 de março de 2010, nas dependências da clínica de sua propriedade, em Porto Alegre.

Na denúncia, o MP narra que o acusado, "utilizando-se de instrumento perfuro-contundente, matou Lívia, posto que manejou incorretamente a cânula de lipoaspiração, transfixando o diafragma e produzindo graves lesões no fígado da vítima, ocasionando-lhe choque hemorrágico secundário e lesões pérfuro-contundentes do fígado".

Também é citada a negligência em razão da demora em chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e por não ter disponibilizado meio de transporte e convênio com hospital de referência para enfrentamento desse tipo de situação.

Além disso, de acordo com o MP, após o fato Heller determinou a limpeza da sala de cirurgia onde havia ocorrido a morte e o descarte dos fragmentos corporais aspirados do corpo da vítima por ocasião do procedimento de lipoaspiração, com o objetivo de induzir a erro juiz e perito.

  

Assembleia discute situação dos alimentos do Hospital regional de São José
Presidente da Comissão de Saúde levanta suspeita de favorecimento irregular à Nutribem

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa reuniu-se nesta quinta-feira com o Sindicato dos Servidores da Saúde de Santa Catarina (SindSaúde) para discutir as denúncias envolvendo a empresa Nutribem, responsável pela alimentação servida a pacientes e funcionários do Hospital Regional de São José e Instituto de Cardiologia.

O presidente da comissão, deputado Volnei Morastoni (PT), se disse indignado com as denúncias do SindSaúde e levantou suspeitas de ajuda irregular à empresa.

— Pode estar acontecendo um favorecimento do governo estadual para a Nutribem — afirmou Morastoni.

A empresa recebeu do governo do Estado, em 2010, R$ 14,2 milhões pela prestação de serviços de nutrição. Os contratos estão sendo investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina, que suspeita da má qualidade da alimentação servida.

Morastoni disse ter a impressão de que a Secretaria da Saúde (SES) e a Vigilância Sanitária não visitaram a cozinha do Regional.

— Acho estranho que as providências não saiam do papel. Já deu tempo das autoridades irem até lá, ainda mais quando a denúncia é reiterada.

A suposta má qualidade dos serviços viria desde 2008, segundo a presidente do SindSaúde, Edileuza Garcia.

— Hoje (quinta-feira), às 11h, protocolamos nova denúncia na Secretaria de Saúde. Eles nunca fizeram nada. — afirmou a presidente.

Sindicalistas foram ontem ao Regional na hora do almoço. Segundo Edileuza, o ambiente continua sem higiene e servidores e familiares de pacientes reclamaram.

A diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Raquel Bittencourt, foi procurada para falar da Nutribem, mas não retornou as ligações do Diário Catarinense. Segundo a assessoria, ela passou a tarde em reuniões.

No Tribunal de Contas do Estado (TCE), o contrato da Nutribem com o governo não foi analisado. O diretor de controle de licitações e contratações do tribunal, Pedro Jorge Rocha de Oliveira, explicou que a análise é por amostragem e o contrato da Nutribem não foi escolhido.

— Agora, com a notícia ou por denúncia, o TCE pode vir a analisar.

GERAIS
Anvisa vai discutir os remédios dia 23

Os remédios para emagrecer serão tema de audiência pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que ocorrerá no dia 23. O aviso de audiência foi publicado pela agência na edição de ontem do Diário Oficial. A reunião foi convocada para tratar da "proposta de retirada do mercado brasileiro dos medicamentos inibidores do apetite por problemas relacionados com a segurança e eficácia desses produtos" e será realizada no auditório da Anvisa, em Brasília.

MEDIDA POLÊMICA
Empresa estatal vai gerenciar HUs

Principal função do órgão é resolver a questão dos servidores terceirizadosUma medida provisória que autoriza a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, para gerenciar os hospitais universitários, tem causado dúvidas e discussões entre as universidades federais.

Uma das principais funções da empresa será resolver a questão dos 22 mil servidores terceirizados – de um total de 70 mil – que trabalham nos 46 hospitais universitários do país, vinculados a 32 universidades federais. A contratação desses funcionários é considerada ilegal pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 155 servidores, de 1,2 mil, estão nessa situação.

O reitor da UFSC, Álvaro Prata, explica que o TCU exigiu que a questão fosse resolvida até o final do ano passado. Com a MP, o tribunal adiou o prazo por tempo indeterminado.

– Uma solução seria abrir concurso para a contratação desses funcionários, mas isso depende do Ministério da Educação (MEC), que não teve permissão do Ministério do Planejamento. A outra, seria demitir esses servidores, o que prejudicaria o atendimento – observa Prata.

Os HUs também prestam serviço pelo Sistema Único de Saúde. Em 2009, foram responsáveis por 39,7 milhões de atendimentos públicos.

A MP foi assinada pelo ex-presidente Lula e publicada no Diário Oficial, em 31 de dezembro de 2010. Ela aguarda votação do Senado, o que deve ser feito até junho deste ano. A empresa terá sede em Brasília e filiais nos estados. Os funcionários da nova estatal serão contratados por concurso.

O reitor da UFSC, que também é vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), tem participado de algumas reuniões sobre o tema, em Brasília. Quarta-feira, representantes da associação definiram alguns pontos que serão apresentados aos reitores das universidades na próxima semana, na Capital federal.

– O texto da MP traz poucas informações. Queremos que a autonomia das universidades e dos HUs seja mantida e saber o que vai acontecer com esses funcionários terceirizados.

O reitor observa que a discussão está longe do fim e que eles querem envolver, além do MEC, o Ministério da Saúde. O diretor do HU da UFSC, Felipe Felício, está esperançoso de que a empresa resolva o problema em contratar funcionários.

– Mas também não queremos perda de autonomia e nem que haja uma centralização muito forte em Brasília.

Cacau Menezes
Lacuna

Palhoça só faz crescer: muitos empresários estão investindo na cidade, a população vem aumentando, ganharão um shopping, bom supermercado e uma série de melhorias. Mas parece que esqueceram de algo imprescindível: um hospital para atender a população. Moradores de localidades mais distantes do Centro, como por exemplo as praias do Sonho, Pinheira e Guarda do Embaú, o Maciambu e outros mais, nos casos de emergência, costumam se deslocar para o Hospital Regional de São José, que é o mais perto.

 

OPINIÃO DO SANTA
O exemplo de Timbó

Ao se envolver nas discussões em torno das graves dificuldades econômicas enfrentadas pelo Hospital e Maternidade Oase, as lideranças empresariais de Timbó dão um belo exemplo de comprometimento com a comunidade onde atuam. E, ao contrário do que se imagina, este auxílio não se dá apenas no âmbito financeiro, mas principalmente naquela que é uma das principais fragilidades da área de saúde do país – ao lado da carência de recursos –, a da gestão administrativa, no caso, emprestada da iniciativa privada. É certo que faltam algumas etapas para que as medidas em debate saiam do papel, assim como é fato que elas não eximem o poder público – inclusive as prefeituras de cidades vizinhas – da responsabilidade de sustentar o sistema. Mas o exemplo de Timbó não pode ser ignorado.

SAÚDE
Empresários se unem para salvar hospital de Timbó

Além de projetos para captação de recursos, procura-se qualificar a gestão TIMBÓ - Assim como um paciente internado precisa de atenção, a saúde financeira do Hospital e Maternidade Oase inspira cuidados. Com uma dívida de R$ 700 mil adquirida em empréstimos feitos com bancos e um déficit mensal que chega a R$ 120 mil, o hospital pede socorro. Quase 80% dos atendimentos são feitos pelo SUS e os valores repassados não cobrem todas as despesas. Para ajudar, as prefeituras de Timbó, Rodeio, Benedito Novo, Rio dos Cedros e Doutor Pedrinho firmaram um acordo em julho de 2010 para destinar R$ 417,6 mil em um ano, mas nem todos os municípios conseguiram cumprir o repasse. A situação do hospital é tão crítica que o presidente do Conselho Diretor, Adalberto Roeder, não descarta o fechamento. Porém, empresários se uniram ao poder público para garantir sobrevida à unidade de saúde e propor mudanças para que o hospital de 73 anos continue de portas abertas.

O empresário Osvaldo Trisotto afirma que um dos objetivos da classe é tornar o Oase referência em atendimento materno infantil, o que traria mais dinheiro para o caixa. Hoje, a ocupação média do hospital é de 30%. Com a mudança, a expectativa é que passe para 50%. A prefeitura de Timbó também garantiu que construirá no hospital um pronto-socorro, com valor orçado em R$ 618 mil. Com a nova estrutura pronta, o Cemur – atual pronto-socorro da cidade – será desativado. O pronto-socorro será mantido pela prefeitura. Outro objetivo é fazer um plano de saúde para oferecer aos funcionários de empresas, com atendimento obrigatório no Oase.

– Seria um plano de saúde a preço acessível, que faria com que as pessoas tivessem que buscar o Oase para consultas, atendimento ambulatorial e internações. Isso contribuirá para que mais gente busque o hospital – explica Trisotto.

As novidades, porém, ainda não têm data para sair do papel. Por enquanto, busca-se parcerias junto à iniciativa privada e outros municípios. Procuram-se também profissionais em gestão para administrar a instituição. Ontem, para conhecer o modelo de administração, prefeitos de Timbó e Rodeio visitaram hospitais em Canoinhas, Major Gercino e Papanduvas – que têm superávit mesmo com 90% dos atendimentos via SUS.

– Não adianta só o recurso, queremos garantir que o Oase seja administrado corretamente para que não ocorram novos problemas financeiros – afirma o prefeito de Timbó, Laércio Schuster Júnior.

O Estado também será procurado. Em 2 de março, uma comitiva formada por prefeitos e representantes do Oase terá uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, para pedir ajuda à instituição.

– Uma coisa é certa: o hospital não vai fechar as portas. Não vamos deixar isso ocorrer – garante Trisotto.

– O que queremos é uma solução definitiva e a certeza que receberemos ajuda – desabafa Roeder.

O problema financeiro do Hospital Oase se acumula pelo menos desde 2007.

SAÚDE
Municípios descumpriram acordo para ajudar o Hospital Oase

Em julho do ano passado, Timbó, Benedito Novo, Rodeio, Doutor Pedrinho e Rio dos Cedros firmaram uma parceria que previa doações de R$ 417,6 mil para ajudar o Hospital Oase. Apenas Timbó e Benedito Novo cumpriram, repassando, respectivamente, R$ 156 mil e R$ 60 mil. Doutor Pedrinho só doou três das 12 parcelas de R$ 2,6 mil. Rodeio teria que desembolsar R$ 96 mil e Rio dos Cedros, R$ 74,4 mil.

O prefeito Carlos Alberto Pegoretti, de Rodeio, justifica que não estava presente na reunião que em que se fez o acordo. O prefeito de Rio dos Cedros, Fernando Tomaselli, explica que o município não tinha condições financeiras de arcar. Um projeto foi encaminhado semana passada à Câmara de Vereadores. Se aprovado nas próximas sessões, o repasse será feito este ano.

O prefeito de Doutor Pedrinho, Hartwig Persuhn, foi procurado cinco vezes ontem pelo telefone da prefeitura, mas estava em reunião ou fora do gabinete. Foi deixado recado, mas ele não retornou.

Fim de sobreaviso em Timbó aumentou déficit mensal

O presidente do Conselho Diretor, Adalberto Roeder, afirma que o Hospital Oase sempre enfrentou problemas financeiros, mas em 2011 a situação se agravou com o fim do sobreaviso médico. Antes, pacientes do Médio Vale que precisassem de médico especialista eram encaminhados ao Cemur – o pronto-socorro de Timbó – e, se precisassem de cirurgia ou internação, ao Oase. Agora, eles são levados ao Hospital Beatriz Ramos, em Indaial. Para continuar com o sobreaviso, os médicos pediam R$ 18 por hora, mas as prefeituras queriam pagar R$ 15. Com o fim do sobreaviso, o déficit mensal passou de R$ 80 mil para R$ 120 mil.

– O hospital só recebia o valor do SUS referente aos procedimentos feitos no sobreaviso. O valor repassado nunca cobre todas as despesas. Como 80% dos casos são SUS, a situação ficou crítica – explica Roeder.

No último mês, O Hospital Beatriz Ramos, em Indaial, registrou aumento no volume de atendimentos por causa do fim do sobreaviso em Timbó, mas o assessor de diretoria Sérgio Cadore não soube informar percentuais. Laércio Schuster Júnior, prefeito de Timbó, diz que o convênio com Indaial foi a solução paliativa. Segunda-feira, chegou-se ao consenso de que o sobreaviso voltará a Timbó em março. O valor que será repassado aos médicos, porém, ainda não foi estabelecido.

 

Assembleia discute situação dos alimentos do Hospital regional de São José
Presidente da Comissão de Saúde levanta suspeita de favorecimento irregular à NutribemGabriela Rovai

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa reuniu-se nesta quinta-feira com o Sindicato dos Servidores da Saúde de Santa Catarina (SindSaúde) para discutir as denúncias envolvendo a empresa Nutribem, responsável pela alimentação servida a pacientes e funcionários do Hospital Regional de São José e Instituto de Cardiologia.

O presidente da comissão, deputado Volnei Morastoni (PT), se disse indignado com as denúncias do SindSaúde e levantou suspeitas de ajuda irregular à empresa.

— Pode estar acontecendo um favorecimento do governo estadual para a Nutribem — afirmou Morastoni.

A empresa recebeu do governo do Estado, em 2010, R$ 14,2 milhões pela prestação de serviços de nutrição. Os contratos estão sendo investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina, que suspeita da má qualidade da alimentação servida.

Morastoni disse ter a impressão de que a Secretaria da Saúde (SES) e a Vigilância Sanitária não visitaram a cozinha do Regional.

— Acho estranho que as providências não saiam do papel. Já deu tempo das autoridades irem até lá, ainda mais quando a denúncia é reiterada.

A suposta má qualidade dos serviços viria desde 2008, segundo a presidente do SindSaúde, Edileuza Garcia.

— Hoje (quinta-feira), às 11h, protocolamos nova denúncia na Secretaria de Saúde. Eles nunca fizeram nada. — afirmou a presidente.

Sindicalistas foram ontem ao Regional na hora do almoço. Segundo Edileuza, o ambiente continua sem higiene e servidores e familiares de pacientes reclamaram.

A diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Raquel Bittencourt, foi procurada para falar da Nutribem, mas não retornou as ligações do Diário Catarinense. Segundo a assessoria, ela passou a tarde em reuniões.

No Tribunal de Contas do Estado (TCE), o contrato da Nutribem com o governo não foi analisado. O diretor de controle de licitações e contratações do tribunal, Pedro Jorge Rocha de Oliveira, explicou que a análise é por amostragem e o contrato da Nutribem não foi escolhido.

— Agora, com a notícia ou por denúncia, o TCE pode vir a analisar.

 

Carne vai para a lixeira por medida preventiva em hospital de São José
Problemas elétricos seriam a causa da perda de 100 quilos do alimento no Hospital Regional de São José

Como um caso isolado. É desta forma que Fernando Luz, gerente administrativo do Hospital Regional de São José Doutor Homero Miranda Gomes vê o descarte da carne ocorrido na manhã de quarta-feira. Luz informa que a falta de refrigeração foi detectada por volta das 6h da manhã, e em quatro horas o problema já estava resolvido. O alimento foi rejeitado para que não oferecesse riscos à saúde dos pacientes. O gerente diz que houve uma falha no disjuntor da câmara fria que tem 24 anos. De acordo com o administrador não há atribuição alguma de culpa à empresa Nutribem que serve as mais de 1.000 refeições diárias aos internados.

“Isso pode acontecer em qualquer cozinha”, defende.  Fernando Luz conta que os serviços da Nutribem são acompanhados a cada três meses e estão a contento da administração. Luz relata ainda que a própria empresa teria chamado a Vigilância Sanitária para acompanhar o descarte do produto. “Não estava estragado. Mas, a exposição ao calor poderia causar danos se consumidos”, diz.

O gerente acredita que a denuncia teria sido feita por funcionários insatisfeitos com a alimentação fornecida. O trabalho de retirada das carnes foi acompanhado por um supervisor do hospital, um representante da Nutribem e agentes da Vigilância Sanitária O constante melhoramento da empresa é a razão para que a Secretaria Estadual de Saúde mantenha o contrato com Nutribem, na opinião de Luz.

O diretor da Vigilância Sanitária de São José, Odair Dutra foi procurado para falar sobre o caso, mas declarou que estava proibido pela Secretaria de Saúde do Estado de se pronunciar.

O que diz a Nutribem

Em nota, a Nutribem diz que "ao verificar que a temperatura da câmara fria se encontrava acima do normal, por motivos que a empresa aindadesconhece, a empresa providenciou, imediatamente, o descarte dosalimentos que lá estavam armazenados. O procedimento é de segurançaalimentar e visa afastar qualquer risco à saúde das pessoas".

O comunicado assinado pelo advogado da Nutribem, Henrique B. Souto Maior Barão, completa que "o descarte dos alimentos foi realizado antes do comparecimento daVigilância Sanitária no local. Ou seja, os alimentos não foramencontrados na câmara fria pela Vigilância Sanitária, mas sim jáacondicionados no lixo do HRSJ, de acordo com as normas desegurança previstas para esta situação. A própria Vigilância Sanitáriacertificou o procedimento correto da empresa".

  

A solução do Hospital Regional depende de políticas municipais para saúde
Depois de dias alarmantes, a situação do Hospital Regional de São José começa a melhorar


Com poucos pacientes, a emergência do Regional tentava normalizar sua situação“Sessenta por cento das pessoas que chegam à emergência geral do Hospital Regional poderiam ser atendidas em Unidades de Pronto Atendimento”, evidencia a diretora do Hospital Homero de Miranda Gomes, o Regional de São José, Marise Regina Rodrigues. Em entrevista exclusiva ao Jornal Notícias do Dia, a diretora admite que para atender adequadamente a emergência seria necessário contratar mais profissionais e contar com um espaço, ao menos, duas vezes maior. Entretanto, para Marise a solução mais viável seria a construção de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) nas cidades da região para atender os casos menos graves. 

Todos os dias cerca de 1000 pessoas chegam às quatro emergências do hospital, sendo que destas, a metade segue para a emergência geral. Desta fatia de pacientes, 60% são casos leves, que não precisariam o atendimento de um hospital. “O Regional está inserido em meio a uma comunidade carente de atendimento médico básico, para essas pessoas é muito mais simples vir ao hospital quando ficam doentes”, relata.

A construção de uma UPA em São José retiraria boa parte desse fluxo de pacientes que acabam lotando a emergência. “Em Palhoça e Biguaçu as prefeituras estão oferecendo um tratamento pontual nos postos de saúde, evitando que os pacientes venham para cá”, exemplifica.

Hoje a emergência do Regional conta com 14 leitos fixos, quatro leitos de reanimação, mais quatro semintensivos e pouco mais de 20 poltronas para atender os pacientes em observação ou recebendo medicamentos. Entre os profissionais da saúde, estão disponíveis 14 técnicos em enfermagem e quatro clínicos. O número de cirurgiões varia de acordo com a escala, mas a média é de um cirurgião geral e dois cirurgiões ortopédicos.

Faltam profissionais em todos os segmentos

Contando com 1200 funcionários, destes 255 médicos e 572 enfermeiros, a diretora admite a falta de profissionais em todas as especialidades. Uma das principais razões para a defasagem são as aposentadorias e licenças médicas. “Essas vagas vão se abrindo e não são mais preenchidas. Ao contrário da época da inauguração do hospital, há 24 anos, hoje o Regional disputa seu pessoal com as clínicas médicas que não eram tão populares na década de oitenta”, explica a diretora.

Quanto à estrutura, Marise garante que o Regional está preparado para receber bem os pacientes. “Passamos por diversas reformas nos últimos anos, nosso centro cirúrgico foi totalmente adaptado”, resume.

Para desafogar os leitos, a direção do hospital tem duas estratégias em ação. A primeira trata de uma parceria com o Hospital Santa Teresa, em São Pedro de Alcântara, onde 10 leitos estão disponíveis para receber os pacientes do Regional cujo estado clínico esteja controlado. “Nossa intenção é ampliar esse trabalho para 30 leitos, entretanto, para isso precisamos aumentar o nosso quadro de funcionários”, observa.

A segunda ação visa reduzir os leitos ocupados por pacientes crônicos, que sempre vão precisar de atendimento médico. Uma equipe multiprofissional, formada por médicos, psicólogos, assistentes sociais e, se for necessário, fisioterapeutas, vai regularmente até a casa dos pacientes para avaliar seu estado de saúde.

 Quarta-feira tranqüila

Depois de passar por dias de caos completo, registrando a entrada de 72 pacientes na emergência geral, o Hospital Homero de Miranda Gomes, o Regional de São José, começou a respirar com mais alívio. Durante a quarta-feira a situação da emergência estava controlada, com 29 pacientes nos corredores, 14 nos leitos, três na sala de reanimação e quatro na sala de tratamento semitensivo, totalizando 50 pacientes, até o início da tarde. Os atendimentos às ocorrências do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e das ambulâncias do Corpo de Bombeiros voltaram a ser recebidos, depois de suspensos por dois dias.

A auxiliar de serviços gerais, Maria do Carmo, 48, chegou cedo ao Regional na quarta-feira para buscar atendimento ao filho que estava com febre alta. “Ontem fiquei aqui com ele das 11h da manhã até as 9h da noite, estava uma confusão total”, recorda. Com o atendimento normalizado, o filho de Maria do Carmo pode ser atendido prontamente. “A impressão que eu tenho é que entrei em outro hospital”, elogia.

As ambulâncias do corpo de bombeiros voltaram a atuar no Regional. Apesar de terem sido impedidos de enviar novos pacientes ao Regional, o comando de área informou que nenhum paciente foi prejudicado pela decisão do hospital. Todas as pessoas que necessitaram de atendimentos entre a segunda e a terça-feira foram encaminhadas para hospitais da região, principalmente para o Hospital São Francisco de Assis, na cidade de Santo Amaro da Imperatriz.

 Atendimentos nas quatro emergências: 280 mil

Atendimentos na emergência geral: 126 mil = 61%

Atendimentos na emergência pediátrica: 51 mil = 25%

Atendimentos na emergência obstétrica: 19 mil = 9%

Atendimentos na emergência oftalmológica: 10 mil = 5%

 Exames de diagnóstico (ex.: radiografias): 112.983

Atendimentos ambulatoriais: 54.370 consultas

Partos: 1.658

Cirurgias: 5 mil

Internações: 15.534

 Leitos na UTI: 15

Leitos na UTI neonatal: 10

Total de funcionários: 1200

Médicos: 255

Enfermeiros e técnicos: 572

Administrativos: 373 

Saúde
Carboidrato aumenta risco de catarata

A ingestão de carboidratos em excesso pode levar a um risco aumentado de desenvolvimento de catarata. A conclusão faz parte do estudo realizado pela Tufts University e publicado no jornal Investigative Ophthalmology and Visual Science.
O carboidrato é a fonte de energia mais importante do corpo humano. Evidências consideráveis ligadas ao metabolismo anormal da glicose já apontavam para o risco do desenvolvimento de diabetes e de catarata. A pesquisa americana buscou compreender como este processo acontece no organismo. Para isto, recrutou 3.271 participantes, com mais de 40 anos, e os monitorou entre 1992 e 1994. foram realizados exames oftalmológicos e o mapeamento de possíveis fatores de risco para a catarata.
Cinco anos mais tarde, todos os participantes foram convidados a retornar aos locais de teste para exames de acompanhamento. Os exames envolveram o mesmo protocolo utilizado na primeira fase, além de um questionário sobre dados alimentares.

 

Após a lei, uso do cigarro diminui
Lages - Depois de um ano que a lei antifumo municipal entrou em vigor, os fumantes precisaram criar novos hábitos para continuar o vício. A lei proíbe fumar em locais fechados (isso inclui lugares que há somente uma parede e/ou cobertura).

A dificuldade de haver lugares próprios para fumar, segundo o psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps), Paulo Panatta (CRP 12/09010), fez que com os fumantes reduzissem a quantidade de cigarros.

Ele presta atendimento psicológico ao grupo de controle de tabagismo do Caps e observou que a lei os incentivou a diminuir o uso. “Além de proteger as pessoas que não fumam e que ficam expostas a substâncias psicoativas do tabagismo que provocam doenças”, completa.

Panatta explica que muitas pessoas não têm o vício da nicotina, apesar de fumarem vários cigarros por dia. “Elas possuem o comportamento de fumar, têm mania de acender um cigarro depois de comer, tomar um café ou ingerir álcool. Às vezes fumam somente quando saem à noite para alguma festa ou bar”, diz.

Para diferenciar quem tem o vício ou somente a mania de fumar, é preciso observar a mudança do comportamento depois de a pessoa interromper o uso.

“Muitos deixam de fumar sem nenhum tipo de medicação, como os repositores de nicotina (adesivos de pele, goma de mascar, entre outros), isso mostra que possuem somente a mania. Já quem precisa de remédios para parar tem o vício da droga”, explica.

A medicação é fornecida gratuitamente para o grupo de cessação do Caps, que dura quatro sessões de tratamento e inclui uma equipe estruturada formada por vários profissionais.

Panatta afirma que a nicotina é a droga mais difícil de ser interrompida pelo usuário, por ser mais acessível. “O crack, a maconha e outras drogas são mais fortes, porém mais difíceis de conseguir. Além disso, pesquisas já comprovam que muitos usuários deixam de usar a droga e continuam com o cigarro”, ressalta.

Ele diz que 20 minutos após a pessoa parar de fumar, independentemente do tempo de uso, o organismo já sente os efeitos. “A corrente sanguínea tira a nicotina do organismo rapidamente e com o passar do tempo isso vai melhorando. É importante ressaltar que a pessoa não deve viciar em adesivos de nicotina ou em qualquer outra coisa, é necessário ter muita força de vontade”, enfatiza.

Panatta recomenda a criação de novos hábitos para garantir o sucesso do tratamento. “As mulheres se preocupam muito quando param de fumar, porque engordam. Realmente isso acontece, porque é sentido mais o sabor da comida, mas isso pode ser evitado com exercícios físicos (com avaliação médica), pois também aumentam a sensação de prazer e não causam nenhum risco à saúde”, salienta.

Maioria dos estabelecimentos respeita a lei em Lages
A gerente da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde, Regina de Souza Martins, afirma que a maioria dos estabelecimentos em Lages respeita a lei antifumo.

“Todos os lugares públicos estão incluídos, somente as residências não são atingidas pela lei. Ambientes fechados mesmo com coberturas provisórias são proibidos, quem quiser fumar deve ir na calçada”, explica.

A fiscalização do cumprimento da lei antifumo acontece em consonância com outras inspeções, através de denúncias ou supervisões de rotina nos estabelecimentos.

“Quando vamos em algum lugar já checamos se o alvará está em dia, se os alimentos estão sendo adequadamente produzidos e armazenados, entre outras inspeções”, explica.

Regina afirma que a multa aplicada, chega no máximo a R$ 2 mil e que esse valor é irrisório para algumas infrações cometidas. “Encaminhamos um pedido a Procuradoria Geral do Município para aumentar o valor da multa, assim ela será ainda mais cumprida. Acreditamos que logo entra em vigor”, observa. Ela sugere que a multa gravíssima chegue a R$ 20 mil.

As penalidades variam de acordo com a gravidade da situação. “O valor varia de acordo com o nível da multa e quem não cumpre a lei pode ter o lugar interditado ou somente ser multado, tudo depende do risco epidemiológico”, comenta.

A empresa de transporte coletivo Transul foi notificada pela Vigilância Sanitária, mas se adequou e fixou em vários lugares do terminal placas indicando a proibição do cigarro. Entretanto, a maioria dos usuários do transporte não respeita a regra.

Um exemplo é a dona de casa Izaura da Silva. “Fumo há 30 anos e não pretendo parar agora. Não tô nem aí se é proibido”, diz. Já a usuária do transporte, Rita de Cássia, pretende parar de fumar e afirma que não viu nada proibindo o uso no terminal. “Não vi nada sobre isso aqui, mas se é proibido vou apagar o cigarro”.

 

Remédios grátis para hipertensão e diabetes já estão disponíveis
Lages - No início de fevereiro, o governo federal lançou o programa Saúde Não Tem Preço, anunciando a distribuição gratuita de medicamentos para o tratamento e hipertensão e diabetes.

A oferta de remédios iniciou na segunda-feira (14) em todas as farmácias privadas conveniadas à rede Aqui Tem Farmácia Popular.

Todas as pessoas hipertensas e diabéticas podem se dirigir às farmácias com a prescrição médica, o CPF e algum documento com foto. Não é necessário o próprio paciente para a entrega da medicação, qualquer pessoa pode retirá-la desde que apresente os documentos da pessoa que necessita.

Os pacientes receberão remédios suficientes para um mês e a prescrição médica é válida por 120 dias a partir da data da emissão. Após esse período, é necessária uma nova consulta.
Em Lages, há pelo menos 17.135 pessoas que sofrem de hipertensão ou diabetes.

Deste total, 11.165 são hipertensos, 5.555 são hipertensos e diabéticos e 415 são diabéticos. Estes dados são referentes ao número de cadastrados no programa municipal Hiperdia, que realiza um trabalho de orientação para a prevenção das consequências dessas doenças, além de verificar a pressão arterial, fazer o teste glicêmico e propiciar atividades físicas aos pacientes.

“É importante tomar corretamente a medicação, mas também ter hábitos saudáveis de alimentação para controlar a progressão das doenças. Os sintomas são silenciosos, mas se forem diagnosticados precocemente, as consequências graves como derrame, infarto, insuficiência renal e cegueira, podem ser evitadas”, afirmou Franciele Spolti Lorenzetti, coordenadora do Programa Hiperdia. Além dos medicamentos distribuídos pelo governo, o município disponibiliza outros remédios no tratamento de hipertensão e diabetes.

 

Saúde realiza campanha de Planejamento Familiar
Lages - Neste sábado (19), das 9 às 16 horas, a Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Unidade Básica de Saúde do bairro Copacabana, estará iniciando uma Campanha de Planejamento Familiar com o tema: “Se cuide, filho não é brincadeira”.

A ação terá uma duração de sete horas. Durante este período, uma equipe multiprofissional da saúde estará informando e ensinando para os moradores do bairro, quais são e como devem ser utilizados os métodos contraceptivos.

De acordo com a coordenadora da Saúde da Mulher, Ligiani Zilio Borges, “o objetivo da campanha é conscientizar as pessoas a planejar o seu próprio futuro e de sua família”.

O Planejamento Familiar é uma ferramenta importante no controle de natalidade. Além disso,a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis também é imprescindível.

 

Entidades médicas criticam proposta para banir venda de inibidores de apetite

A proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de tirar do mercado os medicamentos mais usados para emagrecer não foi bem recebida por entidades que representam especialistas em tratamentos de obesidade. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ricardo Meirelles, o tratamento contra a obesidade será prejudicado no país caso a proposta da agência vire norma. “Vai afetar alguns obesos. Eles vão ter uma porta fechada. Não temos uma alternativa no mercado”, disse o endocrinologista.

A Anvisa quer proibir a venda de inibidores de apetite à base de sibutramina e de anfetaminas (anfepramona, femproporex e mazindol), porque, segundo a agência, apresentam mais risco à saúde do que benefícios. Com base em dados internacionais e em um parecer técnico, a agência reguladora alega que o uso da sibutramina eleva o risco de problemas cardíacos, enquanto as anfetaminas aumentam as chances de problemas cardiopulmonares e no sistema nervoso central.

Outro argumento é que a sibutramina contribui pouco para a perda de peso dos pacientes. “Em nenhum grupo de pacientes, o benefício foi justificável para o uso”, afirmou o presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Barbano. Barbano disse ainda que esses remédios foram proibidos na Europa e nos Estados Unidos.

O presidente da Sbem rebate alegando que os médicos têm conhecimento das contraindicações dos remédios, que não devem ser usados por quem sofre de doenças cardiovasculares. No entanto, conforme ele, os medicamentos ajudam na redução do peso quando prescritos de forma adequada. “Desde que sejam prescritos com critério e cuidado, são muito úteis”, disse.

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) classificou como um retrocesso a ideia da Anvisa. “O uso criterioso de medicações antiobesidade claramente contribui para a melhora da saúde dos pacientes, auxiliando-os na perda de peso, reduzindo o aparecimento das complicações. Com a suspensão destes medicamentos, os custos da saúde para o governo vão aumentar exponencialmente, num futuro muito próximo. Além da necessidade de aumentar a oferta de medicamentos para as complicações da obesidade, o Ministério da Saúde vai ter que arcar com o custo de cirurgias bariátricas que, certamente, terão seu leque de indicações ampliado”, disse, por meio de nota, a presidente da associação, Rosana Radominski.

Na próxima quarta-feira (23), a Anvisa vai promover uma audiência pública para debater o assunto. Depois do debate, a agência tomará uma decisão. Desde o ano passado, a Anvisa tem adotado medidas para restringir o uso da sibutramina, que passou a ser vendida somente com receita especial. Ao fechar o cerco aos inibidores de apetite, a agência segue ações já tomadas por países desenvolvidos. Em 2010, a Agência Europeia de Medicamentos proibiu o uso da substância por considera-lá perigosa à saúde.