icone facebookicone twittericone instagram

PORTAL
Corte no Vitaserv
Uma dívida próxima de R$ 1 milhão levou o Hospital Dona Helena a suspender temporariamente o atendimento aos usuários do Vitaserv, o plano de saúde dos servidores municipais de Joinville. Agora, o atendimento está feito somente na Unimed, que também tem a receber atrasados. O Vitaserv não pagou o Dona Helena e a Unimed porque alega atrasos nos repasses da Prefeitura.

Mais gente
A Prefeitura continua repassando R$ 300 mil mensais para o Vitaserv. Só que esse montante foi calculado quando o plano de saúde tinha expectativa de atender a 5 mil segurados. Hoje são 7.574 pessoas. Em maio do ano passado, foi acertado um repasse de R$ 65,26 por segurado. É só multiplicar esse valor pelo número de segurados e se chega a R$ 494 mil. Só que o repasse se manteve em R$ 300 mil. Pelas contas do Vitaserv, o débito está perto de R$ 2 milhões.

 88 ANOS DE A NOTÍCIA
LEITORA-PACIENTE
A espera de uma paciente está no fim. Antônia Rosa de Oliveira, de 77 anos, terá esta semana a primeira sessão para tratamento do câncer de colo do útero com o acelerador linear. Desde meados do ano passado, ela aguardava por isso. E a angústia só não foi maior porque, durante esse período, ela acompanhava pelas páginas de “AN” a bandeira comunitária pela construção de uma casamata, a instalação do aparelho, a inspeção, a certificação e os ajustes para a inauguração. “Acompanhamos cada passo e ficamos um pouco chateadas com a demora, já que inauguraram, mas o tratamento demorou para começar”, diz a filha de Antônia, Marivalde dos Santos. “Com o jornal cobrando, em cima, exigindo o cumprimento das promessas e dos prazos, a coisa sempre anda mais rápido”, diz.

BOMBEIROS SEM MACA
Superlotação no São José fez ambulâncias pararem
Pela manhã, macas que pertencem a ambulâncias dos bombeiros ficaram retidas no pronto-socorro do Hospital São José, em Joinville. O problema é recorrente e atrapalha a atuação da corporação, já que as ambulâncias são obrigadas a ficar paradas e aguardar a liberação de macas. À tarde, com a situação normalizada, as ambulâncias voltaram a operar. Segundo o hospital, o problema foi causado pela superlotação durante a manhã. O pronto-socorro, que tem capacidade para 43 pacientes, chegou a receber 82 e faltaram macas.

REMÉDIOS PARA EMAGRECER
Antes convicta, Anvisa adia proibição de venda
Pressionada por entidades médicas e farmacêuticos, que alegaram prejuízo aos que enfrentam a obesidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a decisão sobre a intenção de proibir a venda de medicamentos usados como moderadores de apetite no Brasil. Sob forte esquema de segurança – policiais federais armados acompanhavam a audiência –, a proposta da agência foi bombardeada com críticas e contra-argumentos. Agora, a Anvisa não fala mais em prazo para bater martelo. Antes da reunião, a informação era de que uma resolução seria publicada em março.

“Não há prazo para definição”, admitiu o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. “Vamos discutir o assunto até todas as dúvidas serem esclarecidas.” Depois de mais de cinco horas de debate, a representante da Anvisa Maria Eugênia Cury sinalizou a possibilidade de novas rodadas de discussão.

A proibição da venda dos remédios dietilpropiona (anfepramona), femproporex, mazindol e sibutramina foi recomendada à Anvisa pela Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), grupo de consultores da agência. Em 90 páginas, técnicos listam riscos dos remédios e questionam a eficácia.

Nem médicos chegaram a um consenso
O diretor da Anvisa, Dirceu Bardano, afirmou que os críticos do relatório que sustenta a proibição dos moderadores de apetite que atuam no sistema nervoso central “precisam apresentar dados convincentes”. A sociedade que representa endocrinologistas, uma deputada, um promotor de Justiça e membros dos conselhos regionais e federal de farmácia se apresentaram contra a proposta.

Presidente da Associação Brasileira para Estudo de Obesidade, Rosana Radominski diz que a retirada dos remédios prejudicará pacientes. O endocrinologista Ricardo Meirelles reconheceu que os remédios têm efeitos colaterais “mas até em pequena quantidade”, se comparados ao número de pessoas que já foram medicadas.

Integrante da Cateme, o médico Anthony Wong, da Universidade de SP, defendeu a retirada das drogas. “Os riscos são incontestáveis. Tanto que esses medicamentos estão proibidos na Europa e na Ásia”. Wong afirmou que os anorexígenos são a segunda causa de internação psiquiátrica no Brasil, perdendo apenas para o álcool.

A alternativa à proibição é mais controle na prescrição. Incluiria a restrição das especialidades com direito a receitar os remédios.

CARTAS
Remédios fracionados
Faz cinco anos que a Anvisa emitiu portaria autorizando a venda de remédios fracionados pelas farmácias. Como é facultativa, quase nenhuma adotou a prática, por vários motivos. Todos sob alegação da queda de vendas e de lucros. Estima-se uma perda de R$ 10 bilhões de remédios que perdem a validade e são jogados fora pela população. Para valer, de fato, precisa virar lei, tornando obrigatório o fracionamento. E a Câmara Federal ainda examina o projeto de lei. Vai longe ainda.
Jorge D. Hexsel
Florianópolis

 

SAÚDE
Anvisa adia proibição de remédios
Audiência pública discutiu retirada do mercado brasileiro de três medicamentos emagrecedoresPressionada por entidades médicas e farmacêuticos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a decisão sobre a intenção de proibir a venda de medicamentos para emagrecimento no Brasil.

Sob forte esquema de segurança, inclusive com policiais federais armados acompanhando a audiência pública, realizada na sede da Anvisa, a proposta da agência de proibição foi bombardeada. Depois disso, a Anvisa já não fala mais em um prazo para bater martelo. Antes da reunião, a informação era de que uma resolução seria publicada em março.

– Não há prazo para definição. Vamos discutir o assunto até que todas as dúvidas sejam esclarecidas – admitiu ontem, na audiência, o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano.

A proibição da venda dos remédios dietilpropiona, femproporex, mazindol e sibutramina foi recomendada à Anvisa pela Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), grupo de consultores da agência. No relatório, técnicos listam vários riscos dos remédios e colocam em dúvida a eficácia dessas drogas.

– Quem contesta essas informações precisa apresentar dados convincentes que demonstrem o contrário – afirmou Barbano.

O médico Anthony Wong, da Cateme, concorda com o veto.

– Obesidade tem vários fatores. Moderador de apetite não é a principal arma – disse Wong, que afirmou que os anorexígenos são a segunda causa de internação psiquiátrica no país, perdendo apenas para o álcool.

Mas entidades participantes foram contrárias à proposta.

A presidente da Associação Brasileira para Estudo de Obesidade, Rosana Radominski, diz que a retirada trará prejuízo aos pacientes.

– As pesquisas analisadas pela Anvisa são as mesmas que nós avaliamos. Nós, porém, tiramos conclusões distintas – disse Rosana.

O endocrinologista Márcio Mancini achou o debate satisfatório e diz que a Anvisa deve ouvir novamente os médicos antes de decidir.

– Entramos no debate pessimistas e saímos aliviados – disse Mancini.

Brasília

 

NOTA
Hospital promove bazar
Nos dias 11 e 12 de março (sexta e sábado), o Hospital Santo Antônio realizará no Setor 3 da Vila Germânica um bazar com mercadorias apreendidas pela Receita Federal. São milhares de itens entre vestuário, brinquedos, artigos para o lar, cosméticos, perfumes e artigos eletrônicos. As senhas oficiais serão distribuídas às 8h, no local do bazar. Às 9h, por ordem sequencial, o público será atendido. A senha só vale para o dia em que foi pega. Cada comprador deverá ter o CPF e carteira de identidade em mãos e terá 20 minutos para as compras. O valor arrecadado será utilizado na compra de equipamentos e reforma de alas antigas do hospital.

Hospital Universitário
O reitor da Furb, João Natel Machado, esteve ontem em Brasília para negociar a retomada do repasse de verbas públicas para o Hospital Universitário, vetado pelo governo federal em 2010. A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e o Fundo Nacional de Saúde concederam novo prazo para a obra e Machado acredita que o hospital poderá abrir as portas em 90 dias.

 

Emagrecer com remédios é perigoso
Brasília - Representantes da classe médica defenderam ontem que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atue mais fortemente na fiscalização da venda de inibidores de apetite, mas desista de banir o medicamento no país.

A agência promoveu nesta quarta-feira (23) uma audiência pública para discutir a proposta de proibir a venda de emagrecedores que contêm sibutramina e dos chamados anorexígenos anfetamínicos, que têm em sua composição as substâncias anfepramona, femproporex e mazindol.

Para o representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Desiré Carlos Calegari, a proposta da Anvisa de retirar os produtos do mercado fere a autonomia dos médicos, por deixá-los sem alternativa de tratamento para o paciente. “A vigilância sanitária está extrapolando”, disse.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (Sbem) e representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Ricardo Meirelles, a sensação dos médicos é de apreensão por conta das consequências no tratamento contra a obesidade. “Os técnicos da Anvisa são competentes, mas não lidam diretamente com o problema. O médico tem mais condição de contribuir.”

O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, lembrou que os inibidores de apetite à base de sibutramina e anfetamina são praticamente os únicos disponíveis no mercado brasileiro. “Estão fazendo com que o obeso caia em um precipício. Espero bom senso”, afirmou.

Já o gerente de Farmacovigilância da Anvisa, Murilo Freitas, destacou que a própria bula dos inibidores de apetite comprova a tese de que os riscos superam os benefícios, ao informar que a perda de peso é transitória. “Quanto mais prolongado for o uso, maior a chance de dependência. Até que ponto vale a pena a utilização desses medicamentos?”, questionou.

Anthony Wong, médico e um dos consultores da Câmara Técnica da Anvisa, alertou que a obesidade é a segunda maior causa de internação psiquiátrica em todo o país – perde apenas para o álcool – e deve ser vista como uma situação multifatorial.

Reduzir o apetite do paciente, segundo o especialista, não é o fator principal para o emagrecimento. “O medicamento é um fator pequeno no benefício”, lembrou, ao destacar a importância de atividades físicas e do acompanhamento psicológico.

 

Ministério Público investiga cozinha do Hospital Regional de São José
Decisão judicial determinou que sejam apuradas denuncias e obediência às normas sanitárias

A promotora pública Sônia Piardi é a responsável pelo inquérito civil público que apurará as denúncias relacionadas às normas sanitárias da empresa Nutribem que fornece as refeições do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José. O inquérito foi ordenado pelo juiz Hélio do Valle Pereira da Terceira Vara do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, no dia 9 de fevereiro.

O processo foi iniciado em 2009 quando a JF Gastronomia Corporativa, razão social da Nutribem, entrou com um mandado de segurança contra a Vigilância Sanitária Estadual que inspecionava o fornecimento de alimentos no Hospital Regional. A promotora Sônia Piardi aguarda a sentença final do caso, uma vez que a Nutribem entrou com recurso contra a decisão da Justiça.

Nesse interim a situação no Hospital Regional é investigada. Os problemas que desencadearam o atual inquérito foram constatados na cozinha da sede da Nutribem, em 2009. Atualmente são averiguadas as reclamações e denuncias na cozinha do Hospital Regional, usada hoje para preparar mais de 1.200 refeições diárias.“As informações da direção dão conta de que o índice de aprovação é de mais de 60%”, diz Sônia, certa de que as informações precisam ser checadas. A promotora lembra que a Vigilância deverá fazer inspeções periódicas no local.

O advogado da empresa, Henrique Souto Maior, apresentou um documento com a conclusão da Vigilância Sanitária de São José dando conta de que não havia irregularidades higiênico-sanitárias no local, no dia 18 de fevereiro. “Quando a Vigilância Estadual interditou a cozinha da Nutribem entramos com o mandado porque o órgão revogou a medida em menos de 72 horas”, ressalta o advogado, que busca na Justiça os direitos da empresa, que segundo ele foi lesada por uma ação precipitada da Vigilância.

SindSaúde (Sindicato dos Servidores em Saúde) espera que a decisão seja cumprida e que a situação seja modificada no Hospital Regional. “Cansamos dos abusos da Nutribem”, reclama a presidente do sindicato Edileusa Garcia Fortuna.