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Serviço
- Curso - A Unisul, no campus de Tubarão, oferece um curso de especialização em saúde da família. O curso tem uma carga horária de 450 horas. As aulas serão realizadas a cada 15 dias, sempre nas sextas-feiras, no período noturno, e nos sábados de manhã e de tarde. Informações: (48) 3621-3129.


Cacau Menezes
Hospitais
Ecos de um final de governo vão aparecendo devagarinho, a conta-gotas. No último dia do governo Lula foi criada uma estatal para gerir hospitais universitários por medida provisória. A nova Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares não começou a funcionar. Para que isso ocorra, o governo precisa editar decreto com o estatuto, o que deve ocorrer até abril. Daí, a coisa vai.

Aids em SC
De 1984 a 2010, foram notificados 24.808 casos de Aids em Santa Catarina. Por categoria de exposição, a surpresa é que, ao contrário do que a maioria pensa, apenas 8,8% envolve homossexuais. A grande maioria é heterossexual (61,3%) e, depois, o usuário de droga injetável (22,6%).


Reportagem Especial
SERÁ QUE É O REMÉDIO?

SC quer “terceirizar” gestão de hospitais

Filas nas portas das emergências, macas espalhadas pelos corredores e falta de trabalhadores. Esse é o Raio-X dos hospitais administrados pelo Estado. A causa diagnosticada é a burocracia do sistema, e a solução mais cogitada pelo governo é transferir para Organizações Sociais (OS) a gestão das instituições mais problemáticas.

Passados 14 anos da medida provisória que criou a figura da OS – pessoa jurídica, sem fins lucrativos, que pode gerenciar serviços públicos – no país, SC é um dos estados que ainda mantêm um grande número de hospitais com gestão própria. Dos 19 hospitais públicos do Estado, 14 são administrados pela Secretaria de Saúde e cinco por OS.

Agora, a meta do governo é seguir os passos de estados como São Paulo, um dos mais avançados na transferência da gestão dos hospitais ao terceiro setor. Lá, as OS administram 30 unidades, 43% das 70 instituições.

O secretário de Saúde de Santa Catarina, Dalmo Claro de Oliveira, diz que a administração das organizações sociais – defendida pelo governador Raimundo Colombo (DEM) – é interessante por agilizar o atendimento à população. As OS podem adquirir produtos e serviços sem licitação e contratar funcionários sem concurso público.

Defensores veem rapidez e economia

O secretário, que encerrou ontem a visita aos hospitais públicos do Estado, observa que a ideia em estudo é passar para as OS as instituições com problemas no funcionamento:

– Não precisamos mexer onde funciona, como o Hospital Santa Tereza, em Lages, que está em ótimas condições. Já o Hospital Florianópolis pode ser reaberto, após a reforma, com a gestão de uma organização social.

Representantes do setor privado, como o presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina (Fehoesc), Tércio Egon Paulo Kasten, concordam com a ideia de que instituições administradas por OS beneficiam os usuários. Para Kasten, as OS conseguem trazer economia e eficiência, diminuindo as filas comuns nas portas dos hospitais públicos.

Além de agilizar os procedimentos, a administração por OS poderia reduzir os gastos públicos. Enquanto os técnicos de enfermagem concursados pelo Estado trabalham 30 horas semanais e têm salário base de R$ 900 mensais, mais eventuais gratificações, as OS podem contratar celetistas com carga horária de até 44 horas semanais e piso de R$ 660.

A ressalva do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) é que 30 horas semanais é estressante para funcionários da saúde, pelo convívio com a dor e o sofrimento em condições precárias. Para a entidade, uma carga horária mais leve influencia diretamente na segurança dos procedimentos feitos com os pacientes.

Há usuários que também acreditam nas OS para melhorar a saúde, como a balconista Rita de Cássia do Nascimento, 44 anos, que usa o Hospital Regional de São José.

– Mas é preciso ter certeza que serão escolhidos grupos honestos, sem risco de desviarem verba pública.

Hospitais estaduais
- Hospital Governador Celso Ramos
Fundação: 6/11/1966
Cidade: Florianópolis
Número de leitos: 211/44 fechados

- Hospital Infantil Joana de Gusmão
Fundação: 13/3/1979
Cidade: Florianópolis
Número de leitos: 192/59 fechados

- Hospital Regional Homero Gomes
Fundação: 25/2/1987
Cidade: São José
Número de leitos: 285

- Hospital Florianópolis
Fundação: 6/7/1979
Cidade: Florianópolis
Número de leitos: 80/72 fechados

- Hospital Hans Dieter Schmidt
Fundação: 15/3/1984
Cidade: Joinville
Número de leitos: 204

- Hospital Miguel Couto
Fundação: 20/9/1986
Cidade: Ibirama
Número de leitos: 109

- Instituto de Cardiologia
Fundação: 19/4/1963
Cidade: São José
Número de leitos: 104

- Maternidade Carmela Dutra
Fundação: 3/7/1955
Cidade: Florianópolis
Número de leitos: 104

- Maternidade Darcy Vargas
Fundação: 16/4/1947
Cidade: Joinville
Número de leitos: 101

- Maternidade Dona Catarina Kuss
Fundação: 15/3/1972
Cidade: Mafra
Número de leitos: 40

- Hospital Maternidade Tereza Ramos
Fundação: 19/12/1943
Cidade: Lages
Número de leitos: 198

- Hospital Santa Tereza
Fundação: 1940
Cidade: São Pedro de Alcantâra
Número de leitos: 93

- Instituto de Psiquiatria
Fundação: 10/11/1941
Cidade: São José
Número de leitos: 397

- Hospital Nereu Ramos
Fundação: 6/1/1943
Cidade: Florianópolis
Número de leitos: 105

INSTITUIÇÕES JÁ ADMINISTRADAS POR OS
- Hospital Infantil Jeser Amarante
Início da gestão: 9/8/2008
Cidade: Joinville
OS: Org. Hospital N. Sra. das Graças

- Hospital Regional Dep. Afonso Ghizzo
Início da gestão: 1º/8/2010
Cidade: Araranguá
OS: Fundação Educacional de Criciúma

- Hospital Terezinha Gaio Basso
Início da gestão: 15/12/2010
Cidade: São Miguel do Oeste
OS: Ass. Beneficente Hospitalar Peritiba

- Cepon
Início da gestão: 12/2007
Cidade: Florianópolis
OS: Fund. de Apoio ao Hemosc e Cepon

- Hemosc
Início da gestão: 12/2007
Cidade: Florianópolis
OS: Fund de Apoio ao Hemosc e Cepon


Entidades do setor analisam o projeto
A possibilidade de hospitais públicos passarem para a administração de organizações sociais divide opiniões de entidades de classe relacionadas da área da saúde. Enquanto parte dos representantes defende a ampla discussão sobre o assunto, sindicalistas entendem que a transferência dos serviços para as OS é o primeiro passo para a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Para eles, o que falta para a Secretaria de Estado Saúde melhorar o setor é investimento e planejamento.

SINDSAÚDE
Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estadual
PROPOSTA É TENTATIVA DE PRIVATIZAÇÃO
A presidente do SindSaúde, Edileuza Fortuna, lembra que a Constituição estabelece saúde como direito de todos e dever do Estado. Ela crê que passar a responsabilidade à iniciativa privada é uma afronta às conquistas do SUS. Edileuza dá o exemplo de São Paulo, que aprovou uma lei que autoriza hospitais administrados por OS a destinarem até 25% dos leitos e atendimentos para pacientes com convênios privados. Ela acredita que medidas como essa prejudicariam o usuário do SUS. Para Edileuza, haveria seleção de pacientes e favorecimento a conveniados.

SIMESC
Sindicato dos Médicos de Santa Catarina
RISCO DE PERDA DE DIREITOS TRABALHISTAS
O Simesc não vê a administração das OS como solução para a má gestão dos hospitais. Para o presidente, Cyro Soncini, evitar concursos públicos e licitações não vai trazer melhorias. Soncini acredita que falta planejamento ao governo:
– Nenhuma gestão vai funcionar se deixar para fazer uma licitação de um remédio só quando faltar. É preciso organização.
Como as OS podem contratar funcionários sem concurso público, Soncini alerta que não há como garantir que o profissional tenha qualidade técnica suficiente para o trabalho.

COREN
Conselho Regional de Enfermagem
TEMA PRECISA DE MAIS DEBATE
O Coren considera que a proposta deve ser amplamente discutida em audiências públicas com participação dos setores públicos, da sociedade e dos órgãos representativos das profissões da saúde. Só assim será uma decisão acertada, entende o Conselho.

ACM
Associação Catarinense de Medicina
RECOMENDA SISTEMA MISTO
O presidente da entidade, Genoir Simoni, aponta que, antes de tratar das organizações sociais, é preciso reequipar os hospitais e admitir mais servidores naqueles que estão com leitos fechados por falta de profissionais.
– A OS pode ser uma boa forma de administrar, desde que sejam colocadas regras claras. É preciso saber quem vai gerenciar essas entidades e ter cuidado para não entrar em um barco desconhecido e piorar a saúde. Talvez um sistema misto, mantendo os servidores, possa ser melhor.

Investimento do governo de SC em saúde
ANO | VALOR | PERCENTUAL *
2008 | R$ 942 milhões | 12,47%
2009 | R$ 967 milhões | 12,14%
2010 | R$ 1,17 bilhão | 12,2%
2011** | R$ 1,29 bilhão | 12%

Lei de Incentivo às Organizações Sociais
A Lei de Incentivo às Organizações Sociais em Santa Catarina é de 2004, seis anos após a criação da legislação no âmbito federal. A norma possibilita a pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, atuarem em áreas de interesse público, como a saúde. Uma OS precisa ter um estatuto e, ao estabelecer contrato com o Estado, deve cumprir metas de atendimento. Entre elas, adotar critérios que assegurem a otimização do padrão de qualidade na execução dos serviços e reduzir formalidades burocráticas. O governo fica responsável por enviar recursos periodicamente, que devem ser investidos exclusivamente na área de atuação. As organizações, em contrapartida, precisam publicar a prestação de contas no Diário Oficial do Estado e são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de SC e SindSaúde


No Norte, modelo já tem três anos
A experiência de quase três anos de administração do Hospital Materno-infantil Jeser Amarante por uma OS traz alguns ensinamentos sobre o sistema de parceria privada defendido pelo governador Raimundo Colombo. A lição principal: é necessário um trabalho intenso para adaptar à realidade cotidiana as previsões de demanda no contrato.

No caso do Infantil, houve uma grande diferença. A necessidade prevista inicialmente era de 940 funcionários. O hospital hoje funciona com 718. O setor de obstetrícia, que atende a grávidas adolescentes, calculava cem partos mensais, mas apenas a metade é registrada. O déficit ficou restrito ao número de atendimentos no pronto-socorro. Em vez de 2,6 mil atendimentos mensais, o hospital bateu recorde em dezembro, com mais de 7 mil. O fato exigiu remanejamento de enfermeiros e técnicos de enfermagem, todos contratados pela organização paranaense Hospital Nossa Senhora das Graças.

Este ano, a Secretaria de Estado da Saúde e a organização devem discutir outra adaptação, desta vez, financeira. O repasse de cerca de R$ 5 milhões mensais tem sobrado no caixa do hospital. Como a OS, por contrato, não pode ter lucro, o que resta vai para a compra de equipamentos ou outros materiais, por meio de tomada de preço. Por força disso, o Estado fez acordo para espaçar a entrega do dinheiro até que as contas fiquem equilibradas. O último montante foi liberado em setembro.

O contrato com a OS, em agosto de 2008, desencalhou o Infantil, que chegou a ser chamado de “elefante branco” pelo governador na época, Luiz Henrique da Silveira. A obra custou o dobro do previsto e levou 10 anos para ser concluída.

O projeto era ainda mais antigo, tinha 15 anos. Equipamentos chegaram a ficar um ano encaixotados na garagem. Em meados de 2010, uma reforma nas UTIs pediátrica e neonatal adequou a estrutura, desatualizada em relação a normas técnicas.

Fora reclamações de demora no atendimento, que a direção afirma serem eventuais, o hospital alcança bons resultados em pesquisas de satisfação com pais de pacientes internados, uma exigência contratual.

O Infantil tem apenas uma mancha no currículo. Há quase um ano, Felipe Malaquias, de um ano e cinco meses, deu entrada com sintomas de bronquite. Recebeu uma injeção e morreu segundos depois, nos braços da mãe. O inquérito policial continua. A enfermeira que aplicou a injeção pediu demissão e deixou o hospital.


Joinville
Mais de dois séculos de história

AS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS
A atenção aos doentes no Estado começou com o envolvimento da própria comunidade, que juntava forças para arrecadar dinheiro e construir as casas de saúde.
Foi assim com primeiro hospital do Estado, o Caridade, em Florianópolis, mantido desde 1789 pela Irmandade Senhor Jesus dos Passos.
A filantropia seguiu com a construção de outras unidades no Estado. De acordo com o sanitarista Manoel Américo Barros Filho, professor aposentado de saúde pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), até meados dos anos de 1960, o governo do Estado seguia a tendência nacional de administrar a saúde mental, infecciosa e de hanseníase, deixando as outras especialidades para as instituições filantrópicas.

O ESTADO PASSA A TOMAR CONTA
As entidades filantrópicas não estavam conseguindo mais dar conta da demanda, quando o governo do Estado criou o Hospital Celso Ramos, em 1966.
Entre o fim da década de 1970 e começo de 1980, nos governos de Antonio Carlos Konder Reis, Jorge Bornhausen e Esperidião Amin, foi o período em que o Estado criou os hospitais regionais em Joinville, Araranguá, Chapecó e São José.
As obras foram feitas com verbas do Estado e grande apoio da União.
A época era de investimentos na saúde em todo o país. Em 1988, foi criado, em todo o país, o Sistema Único de Saúde (SUS).

O APOIO DA INICIATIVA PRIVADA
Na década de 1990, os municípios começaram a investir nos postos de saúde para o atendimento de baixa complexidade. As pessoas começaram a descobrir mais cedo as doenças, a população está envelhecendo e precisa de mais atenção à saúde, além do aumento dos acidentes de trânsito. Mas o investimento em hospitais não evoluiu na mesma proporção.
O Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José, inaugurado em 1987, foi o último construído na Grande Florianópolis. Barros Filho observa que é nesse momento que começa a crise na saúde estadual. A população busca os hospitais e os encontra com leitos e emergências lotadas. São os sinais do modelo atual.
Além de investimento, o sanitarista afirma que é preciso uma estrutura administrativa mais ágil. Para ele, a atual amarra a gestão em níveis burocráticos.

 

EMERGÊNCIA
Morte no posto de saúde
O corpo de Claudinei será velado e enterrado no cemitério do bairro da Miranda. Ele deixa um filho de 19 anos Família de vítima denuncia demora no atendimento da equipe do Samu

A família de um homem que morreu no bairro Morro do Meio, em Joinville, acredita que a demora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em responder ao chamado pode ter determinado a morte dele.

Segundo parentes, a equipe do Samu chegou quase uma hora depois do telefonema, quando Claudinei de Souza Paula, 39 anos, já tinha sido levado para um posto de saúde.

“No posto, a médica que o atendeu não tinha equipamentos para salvá-lo. O que a gente esperava era um pouco mais de rapidez no atendimento de urgência”, afirma o cunhado da vítima João Batista Ribeiro.

Por volta das 9 horas, Claudinei desmaiou quando estava conversando com o pai e um amigo. A família chamou o Samu. “Não atenderam imediatamente ao chamado e pediram para a gente levá-lo a um posto de saúde. No local, uma médica tentou reanimá-lo”, conta. “Só depois de uns 40 ou 50 minutos que o Samu chegou no posto de saúde, mas já não adiantava mais”, diz João.

A coordenadora do Samu em Joinville, Juliana dos Reis Goaresi, garante que os fatos serão apurados. “Vamos ouvir a ligação e verificar se a ambulância estava em outra ocorrência e porque houve essa demora”, diz. Segundo ela, hoje será realizada uma reunião para tratar do assunto. A família ainda não formalizou a queixa no serviço de emergência.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a médica que atendeu Claudinei no posto usou um respirador manual e fez massagem cardíaca para reanimá-lo. Mas, segundo a profissional que prestou socorro, ele já chegou ao local sem batimentos e reação. Ainda segundo a secretaria, os funcionários do posto também ligaram para o Samu, mas quando a ambulância chegou, e os médicos tentaram novamente ressuscitá-lo, desta vez, usando um desfibrilador, ele já havia ficado muito tempo sem batimentos.

A vítima é de São Francisco do Sul e estava em Joinville visitando parentes no bairro Morro do Meio. Ainda segundo a família, ele foi afastado do trabalho pela Previdência Social por causa de problemas de saúde crônicos.

“Ele tinha desmaios, seguidos de tremores, mas, desta vez, foi diferente. Ele caiu no chão e ficou inconsciente”, conta João. “No posto, disseram que foi uma parada cardíaca”, acrescenta.

O corpo de Claudinei será velado e enterrado no cemitério do bairro da Miranda. Ele deixa um filho de 19 anos


CENTRINHO
Cirurgias só mesmo após o Carnaval
As cirurgias de correção de fissura labiopalatal agendadas no Centrinho Prefeito Luiz Gomes, em Joinville, devem ser retomadas a partir de 15 de março. A previsão era de que os cinco médicos, que haviam suspendido o serviço por falta de pagamento, retomassem atendimentos ontem. Mas as salas cirúrgicas no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt estarão ocupadas, diz a coordenadora do Centrinho, Vivian Cavalheri. “Só poderemos retomar após o Carnaval.”

Há 81 pessoas na fila. A idade-limite para que a cirurgia impeça sequelas à fala de crianças é um ano e meio. Pequenos como Marcus Emanuel Fagundes, de um ano e cinco meses, podem ser prejudicados. Segundo Vivian, ele será operado dia 15. O problema começou porque os médicos são vinculados ao município, mas fazem as cirurgias no hospital estadual: houve impasse sobre o pagamento.


SERVIÇO
Técnicas de emagrecimento
O Centro de Estudos da Família oferece cinco vagas gratuitas para um curso que ensina técnicas antidesejo e comportamentais para quem quer emagrecer e melhorar de vida. O custo para as demais vagas é de R$ 200. Mais informações: (47) 3422-7033 ou (47) 9196-4556.


HOSPITAIS PÚBLICOS
Estado quer mais participação de OS
Governo diz que modelo de gestão pode melhorar o atendimento

Filas nas portas das emergências, macas espalhadas pelos corredores e falta de trabalhadores. Esse é o raio X dos hospitais administrados pelo Estado. A causa diagnosticada é a burocracia do sistema, e a solução mais cogitada pelo governo é transferir a gestão das instituições mais problemáticas às organizações sociais.

Passados 14 anos da medida provisória que criou a figura da organização social (OS) – pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, que podem gerenciar serviços públicos – no País, SC é um dos Estados que ainda mantêm um grande número de hospitais com gestão própria. Dos 19 hospitais públicos, 14 são administrados pela Secretaria de Saúde e cinco por organizações sociais, ou seja, 26%.

Agora, a meta do governo é seguir os passos de Estados como São Paulo, um dos mais avançados na transferência da gestão dos hospitais ao terceiro setor. Lá, as OS já são responsáveis por 30 unidades, 43% das 70 instituições.

O secretário de Saúde de Santa Catarina, Dalmo Claro de Oliveira, diz que a administração das organizações sociais – defendida pelo governador Raimundo Colombo (DEM) – é interessante por agilizar o atendimento à população do Estado, observa que a ideia em estudo é passar para as OS as instituições com problemas no funcionamento. “Não precisamos mexer onde funciona, como o Hospital Santa Tereza, em Lages, que está em ótimas condições de atendimento. Já no Hospital Florianópolis, poderemos reabri-lo, após a reforma, com a gestão de uma organização social”, diz.

Representantes do setor privado, como o presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina (Fehoesc), Tércio Kasten, concordam com a ideia de que instituições administradas por OS beneficiam os usuários. Para Kasten, as OS conseguem trazer economia e eficiência para o Estado, diminuindo as filas comuns nas portas dos hospitais públicos.

A presidente do SindSaúde, Edileuza Garcia Fortuna, lembra que a Constituição elenca a saúde como direito de todos e dever do Estado. Ela acredita que o governo quer passar a responsabilidade à iniciativa privada e considera uma afronta às conquistas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para o presidente do Sindicato dos Médicos (Simesc), Cyro Soncini, evitar concursos públicos e licitações não vai trazer melhorias. Soncini acredita que falta planejamento para o governo.

 

Mário Motta
Pau no mosquito
Florianópolis é a única capital brasileira em que ainda não se registrou caso de dengue autóctone (contraída no território). Para manter o status, a Secretaria de Saúde do município e a Câmara dos Dirigentes Lojistas fecharam uma parceria inédita. A ideia é mobilizar outras entidades de classe, como Abrasel e o Sinduscon e, para a base de apoio, haverá, agora, às 10h, uma reunião ampliada no auditório da CDL-Florianópolis.

 

Licenças ambientais de novo hospital em Florianópolis são questionadas três anos depois
Ministério Público Federal pede apresentação das licenças concedidas pelos órgãos públicos ao SOS Cárdio

Termina nesta segunda-feira (28) o prazo de 72 horas concedido pelo MPF (Ministério Público Federal) para que a Floram (Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis) e a Fatma (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina) apresentem os documentos que autorizaram a construção do novo prédio da SOS Cárdio, hospital de cardiologia previsto para inaugurar em abril.

Depois de estar praticamente pronta, a construção do prédio foi questionada pelo MPF que propôs ação civil pública. Segundo o órgão, a construção do complexo hospitalar SOS Cárdio teria ocupado irregularmente as margens e parte do manguezal do Itacorubi, na rodovia SC-401, em Florianópolis.

A SOS Cárdio classifica a ação judicial de inesperada, por entender que houve tempo hábil para os questionamentos. A obra começou em 2007, depois de três anos para liberação de projetos e capitalização de recursos.

Para a construção do hospital, foram investidos mais de R$ 40 milhões, com recursos privados e financiamento obtido junto ao BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).

A ação, ajuizada pela procuradora Analúcia Hartmann, requer a derrubada das obras e retirada do entulho, seguidas da recuperação ambiental.


Futuro do prédio da SOS Cardio, em Florianópolis, será definido a partir desta terça
MPF solicitou embargo da obra que teria invadido área de mangue. Prazo para defesa expira à meia-noite de segunda (28)

O futuro do prédio do hospital da SOS Cárdio, especializada em cardiologia, será decidido pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger Ribeiro da Silva, da Vara Ambiental da Justiça Federal da Capital, a partir de terça-feira (1º). À meia-noite desta segunda (28) encerrará o prazo de 72 horas para que os órgãos públicos apresentem documentos para justificar a emissão de licenças. O prédio, construído às margens da SC-401, próximo ao manguezal do Itacorubi, está quase pronto, com previsão de inauguração em abril, mas pode ser embargado.

Na semana passada, a procuradora da República em Santa Catarina, Analúcia Hartmann, ajuizou ação civil pública contra os donos do empreendimento, Prefeitura da Capital, Fatma (Fundação do Meio Ambiente), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e União, alegando que o complexo hospitalar teria ocupado irregularmente parte do manguezal. A ação requer liminar para suspensão das licenças em favor da construção, demolição do prédio e recuperação ambiental da área.

“Nossa expectativa é que, só com as informações dos órgãos públicos (Fatma, Ibama e prefeitura), a juíza já ateste a regularidade da construção”, afirma o advogado da SOS Cardio, Tullo Cavallazzi Filho, ressaltando que foram respeitados todos os critérios legais para a execução da obra. Para o advogado, não há motivos para contestar a construção que começou em 2007. “O imóvel foi adquirido em 2005 já com consulta de viabilidade para esse tipo de empreendimento”, informa. 

“O terreno tem escritura pública e não é uma área de mangue. Ficamos estupefatos com a notícia. O prédio está sendo construído há cinco anos e nunca se falou nada. Pegou a todos de surpresa, pois só falta a gente se mudar. Os equipamentos todos importados da Alemanha já estão lá dentro”, ressalta o cardiologista Aurélio Pacheco Costa Filho, um dos responsáveis pelo empreendimento. A procuradora Analúcia Hartmann está em Brasília e retorna para Florianópolis somente na sexta-feira (4).

 Atendimento emergencial será ampliado

De acordo com o cardiologista Aurélio Pacheco Costa Filho, o complexo hospitalar em construção no Itacorubi dobrará a capacidade de atendimento emergencial de 40 pacientes para 80 por dia, mas a intenção é chegar a 100 atendimentos. “Haverá de 70 a 75 leitos de internação, 18 deles de UTI, e a capacidade poderá ser ampliada para até 120 leitos. Queremos desafogar a demanda porque há um déficit de leitos cardiológicos conveniados na cidade”, explica.

Segundo o médico, a SOS Cardio foi criada para suprir a demanda da região. “O atendimento hospitalar em Florianópolis sempre foi precário. Então, nós vislumbramos que havia espaço para uma estrutura mais ampla e complexa”, reforça. Na clínica, os atendimentos são particulares ou conveniados. Pelo SUS, na Grande Florianópolis, a referência é o Instituto do Coração, da Secretaria Estadual de Saúde, anexo ao Hospital Regional de São José, mas o número de leitos é restrito, são apenas 14 leitos de UTI coronariana.

 SAIBA MAIS / SOS Cardio

Criada há 19 anos por uma equipe de 18 cardiologistas
Em forma de clínica, funciona atualmente na avenida Trompowisky (Centro) com 2.500 metros quadrados. Intenção é abrir hospital no Itacorubi, com 10 mil metros quadrados
Recebe pacientes de todo o Estado para tratamento cardiológico particular ou conveniado (não há disponibilidade pelo SUS)
São realizados de 30 a 40 atendimentos emergenciais por dia. Expectativa é chegar a 100 com o novo prédio
Equipe de 250 funcionários será reforçada com mais 150 profissionais da saúde
Atualmente são 10 leitos de UTI que devem ser ampliados para 18
O número de 30 leitos de internação será aumentado para 75 (capacidade pode ser estendida até 120)
Haverá atendimento emergencial cardiológico e coronário
Duas salas de hemodinâmica (cateterismo e angioplastia)
Quatro salas de cirurgia
Equipamento de ecocardiografia 3D
Futuramente, intenção é iniciar cirurgias vasculares, urológicas, neurológicas e bariátrica (obesidade).
Investimento no novo prédio foi de mais de R$ 40 milhões (recursos próprios e empréstimo junto ao BRDE)

 

Saúde de São José abre concurso público com 128 vagas
As inscrições são feitas exclusivamente pela Internet e seguem até o dia 10 de março

Serão contratados 128 novos profissionais da saúde

Em uma tentativa de desafogar as filas nos postos de saúde de São José, seguem abertas até o dia 10 de março as inscrições para o concurso público promovido pela prefeitura municipal. Foram abertas 128 vagas, no total, 77 para médicos em diversas especialidades, 37 para outros cargos de nível superior e 14 de nível médio. A inscrição deve ser feita através do site www.funjab.ufsc.br/saudepmsj/.

Todos os cargos serão de contratação imediata entretanto, como o concurso tem validade de dois anos, outros profissionais podem ser chamados para suprir as vagas que serão criadas a partir da inauguração das policlínicas de Forquilhinhas e Barreiros.  A remuneração inicial varia entre R$ 962,69 até R$ 2.484,31. A prova teórica acontece no dia 10 de abril e o resultado deve sair até o dia 25 do mesmo mês.

 

Qualidade do leite
A produção de leite de qualidade depende da genética e da nutrição para assegurar a qualidade composicional, além dos aspectos higiênico-sanitários para assegurar a obtenção de leite com baixa combinação microbiana, baixa contagem de células somáticas e ausência de resíduos químicos.

Além disso, deve-se considerar a influência das células somáticas na composição, no rendimento dos produtos, no tempo de prateleira, nas propriedades sensoriais e na segurança dos alimentos para o consumidor.

 

Brasil salva 26 mil vidas em uma década
Relatório do Unicef avalia que políticas públicas realizadas no Brasil reduziram em 20% a gravidez na adolescência e também a morte de recém nascidos. Em uma década foram salvas 26 mil vidas, mas o país precisa melhorar mais.

Relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta, revela os avanços obtidos pelo Brasil na atenção à saúde das crianças e dos adolescentes.

O documento destaca conquistas na ampliação da assistência prestada a estas parcelas da população, como a contínua queda de mortalidade infantil (até 9 anos de idade) no país. Entre 1998 e 2008, foram salvas 26 mil vidas de crianças brasileiros, afirma a Unicef.

De acordo com a entidade, o Brasil se encontra em um patamar de destaque em relação à assistência prestada aos adolescentes. Pelas projeções do IBGE, o Brasil tem, atualmente, 34 milhões de brasileiros entre 10 e 19 anos.

Cerca de 70% desses jovens são usuários do Sistema Único de Saúde e se beneficiam das ações e políticas do SUS, como a Estratégia de Saúde da Família.

Em 2009, mais de 8,4 milhões de estudantes (incluindo crianças e adolescentes) de 695 cidades brasileiras foram beneficiados pelas ações do Saúde da Família. A meta para este ano é alcançar 23,5 milhões de estudantes beneficiados pela Estratégia.

Os avanços na saúde dos adolescentes brasileiros têm sido obtidos por meio de ações integradas e coordenadas pelo governo federal – executadas, no SUS, em parceria com Estados e Municípios. O Ministério da Saúde trabalha com foco na promoção da saúde e prevenção de agravos.

Essa articulação envolve não apenas os jovens como também os familiares deles, educadores, profissionais de saúde e cuidadores, qualificando a assistência e promovendo mudanças de comportamento que contribuem para a redução das vulnerabilidades e para a melhoria dos indicadores sociais da saúde. Resultado desse esforço é que a redução da gravidez na adolescência caiu 20% no país, entre 2003 e 2009.
Fonte: Min.Saúde

Programas fizeram a diferença

De acordo com especialistas do Ministério da Saúde, a redução está diretamente associada ao fortalecimento das ações de prevenção e planejamento familiar e à ampliação do acesso a métodos contraceptivos na rede pública e nas drogarias conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular.

Em 2008, o Ministério da Saúde lançou a Caderneta de Saúde do Adolescente. A publicação é um instrumento de apoio para os profissionais de saúde que atendem a essa população. Ela é utilizada como orientação para o autocuidado dos adolescentes.

Aproximadamente cinco milhões de meninas e meninos com idade entre 10 e 19 anos já receberam o material. Para este ano, outros nove milhões de adolescentes receberão a caderneta. Este instrumento amplia o acesso dos adolescentes aos serviços de saúde e melhora a qualidade da atenção oferecida a eles.

Outras estratégias de Saúde, como o Programa Saúde da Escola (PSE), também reforçam as ações de prevenção entre os jovens brasileiros. Uma delas é a distribuição de preservativos em cerca de 10 mil instituições de ensino.
 

Curtas
A atenção à saúde bucal dos adolescentes também foi aprimorada no Brasil, nos últimos anos, por medidas do governo federal. Na faixa etária dos 15 aos 19 anos, a queda do CPO (sigla para dentes cariados, perdidos e obturados) foi de 30% – passou de 6,1 em 2003, para 4,2, em 2009.

Isso significa que 18 milhões de dentes deixaram de ser atacados por cáries. A necessidade de prótese parcial (substituição de um ou alguns dentes) caiu 50% entre os adolescentes.

No combate à violência, o relatório destaca que o Brasil tem priorizado a implementação de políticas públicas de enfretamento à violência infanto-juvenil, em conformidade com o Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente (ECA).

Crianças - O relatório da Unicef também destaca avanços e conquistas importantes na assistência às crianças. No Brasil, a queda da mortalidade infantil é contínua. Prova disso é que o relatório apontou que, entre 1998 e 2008, foram salvas 26 mil vidas de brasileirinhos.

Os números oficiais mostram que, entre 2003 e 2008, a proporção de mortes em cada mil crianças vivas baixou de 23,6 para 19. Neste mesmo período, houve queda de 51% no número de óbitos por diarréia de crianças menores de cinco anos.

 

Cuidar da saúde nunca sai de moda
Proteja-se do sol cuidando de forma saudável sem perder o bronzeado

Somente no ano passado 55 mil brasileiros foram acometidos pelo câncer de pele. Estes são dados do Instituto Nacional do Câncer que revelam a doença como a de maior incidência no Brasil representando 25% dos tumores malignos registrados. Décadas atrás, a incidência da doença se resumia a apenas uma pessoa a cada 1.500. Hoje, esse número aumentou para 90 pessoas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Meteorologia, em uma escala de 1 a 11 para o índice de radiação ultravioleta, cidades como Santos, Praia Grande e Guarujá são consideradas em nível 9, ou seja, muito alto. A necessidade de proteção é intensa.

O desejo de manter a pele bronzeada deve respeitar os limites do corpo. Indivíduos de pele clara são os mais propensos a adquirir a doença, porém, a recomendação é que todos, independente de cor da pele, usem filtro solar e procurem não se expor aos raios ultravioletas entre o período das dez da manhã às três da tarde.

Para Rosângela Greghi Santos, responsável pelos medicamentos manipulados da Ao Pharmaceutico, empresa que atua há 27 anos na Baixada Santista, ainda não existe muita conscientização sobre os malefícios que o sol pode trazer. “Infelizmente, as pessoas até sabem da existência da doença, mas não agem de forma a se proteger. Isso é exatamente o que gera o crescimento no número de acometidos”, afirma Rosângela.

Devido às modificações na camada de ozônio, os raios solares ultravioletas estão cada vez mais nocivos. Até quem não está na praia precisa se proteger. Qualquer tipo de atividade praticada ao ar livre deve ser feita após meia hora da aplicação do filtro solar. “Um exemplo clássico são os taxistas que estão expostos praticamente todo o tempo aos raios U.V.A. Rosto, braços, pernas e qualquer parte do corpo que possam estar expostas devem ser protegidas”, Rosângela explica.

BELEZA E SAÚDE – Ao longo dos anos a pele sofre alterações e envelhece. Isto acontece de forma natural. Porém, existem também os fatores externos que intensificam o envelhecimento cutâneo. O estresse, o hábito de fumar e, principalmente, a irradiação solar, influenciam e aceleram este processo.

O envelhecimento natural da pele acaba por gerar rugas, um aspecto de flacidez devido à perda da elasticidade. Já a pele com influência de fatores externos, além de todos esses reflexos do tempo, ainda tendem a parecer manchadas e ásperas.

Estar com a pele bronzeada sem comprometer a saúde é possível, sim. Observar e seguir pequenas regras como evitar a exposição no horário inadequado e usar sempre o filtro solar podem promover uma tonalidade bronzeada (sem aquela aparência avermelhada), hidratar a pele e garantir muitos e muitos anos de praia.


Sobre o Ao Pharmacêutico

Há 27 anos no Mercado, a Ao Pharmacêutico é a única do segmento em toda a Baixada Santista a possuir o selo ISO 9000, o que confere ao consumidor confiança de receber produtos com qualidade. A farmácia atua como um “Centro de Serviço à Saúde”, que oferece uma vasta gama de informações atuando de forma sinérgica e complementar ao profissional médico. A Ao Pharmacêutico oferece uma série de programas para diabéticos, idosos e também para o público feminino. Há também aulas de culinária, workshop com dicas de beleza e palestras informativas.