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SOS CÁRDIO
A Justiça Federal concedeu, ontem, um prazo de mais 72 horas para os advogados do hospital SOS Cárdio apresentarem a defesa do empreendimento, questionado pelo Ministério Público Federal por meio de liminar. O prazo para a defesa encerra-se na próxima sexta. Quem apostar na decisão para depois da Quarta-feira de Cinzas tem chance de acertar. Mais na página 27.
Colaborou: Júlia Antunes Lourenço
SOS CÁRDIO
Defesa pode ser feita até sexta-feira
Advogados da instituição devem apresentar a argumentação para a não demolição do prédioA Justiça Federal autorizou os advogados do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis, a apresentarem os argumentos da defesa no processo aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) que pede a demolição do empreendimento. Eles têm até sexta-feira para entregarem a argumentação, mas esperam terminar a tarefa amanhã.
Aprocuradora Analúcia Hartmann alega que a obra invadiu o mangue. O advogado Tullo Cavallazzi Filho adiantou que está reunindo as licenças concedidas pelos órgãos ambientais e fazendo um histórico detalhado de como os documentos foram emitidos para provar que são regulares.
Também disse que vai reiterar que o prédio está pronto. No momento há instalação de equipamentos e teste da estrutura de informática. Por estes motivos, ele tem interesse que o pedido de liminar seja analisado o mais rápido possível.
Enquanto a juíza da Vara Federal Ambiental de Florianópolis Marjorie Freiberger não tomar uma decisão não haverá embargo da obra. A legislação não estipula um prazo para isto ocorrer. Antes, ela vai examinar todos os argumentos dos envolvidos.
Na segunda-feira, a Fundação do Meio Ambiental (Fatma), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) e a Advocacia Geral da União apresentaram seus argumentos.
De acordo com Tullo, o Ibama respondeu que o local onde o hospital foi erguido não está em área de mangue. A decisão da Justiça Federal não significa que o caso está encerrado. O processo seguirá normalmente e todos os envolvidos têm possibilidade de recorrer. Os próximos passos a serem tomados vão depender do que a juíza escrever no despacho.
Orientação era de não construir às margens da SC
De acordo com a assessoria de imprensa do MPF, em 2008 os sócios do SOS Cárdo foram aconselhados a não construir no terreno às margens da SC por causa dos problemas ambientais do local.
Informou também que em dezembro do ano anterior houve um pedido para a Fatma reanalisar as licenças concedidas e o Ibama foi comunicados sobre eventuais problemas.
Na ação civil pública consta que a atuação da procuradora começou depois de uma representação de um cidadão. O nome não é revelado pelo MPF. Como consequência da suposta invasão do mangue, o processo Analúcia pede a demolição do prédio e reparação dos prejuízos à natureza.
CONTRATO ENCERRADO
Hospital sem UTI neonatal
Unidade de atendimento a bebês e grávidas do Santa Inês, em Balneário Camburiú, está fechada
Ontem foi o primeiro dia de trabalho sem a UTI neonatal no Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú. O local, que contava com 10 leitos, foi fechado depois que a FGL Serviços Médicos encerrou o contrato e deixou de prestar os atendimentos de neonatologia para a unidade.
Sem a UTI, os recém-nascidos que precisam de cuidados especiais serão transferidos para Itajaí, Blumenau e Joinville. A média de atendimentos mensais era de 50 bebês.
– Nós queremos reabrir a unidade neonatal em no máximo 30 dias. Faremos a manutenção do local e vamos contratar novos médicos para retomar o trabalho – falou o diretor do hospital, Eroni Foresti.
A UTI neonatal passará por pintura e desinfecção total. Essas foram as exigências da Vigilância Sanitária para a reabertura. Enquanto a reforma é feita, a direção irá procurar médicos especializados. Seis profissionais são necessários para suprir a demanda de Balneário Camboriú.
– Faremos o que for possível. Vamos buscar outra empresa terceirizada, contratar direto pelo hospital ou, se preciso, aumentar o salário oferecido. Vamos procurar a ajuda do Estado também – garante Foresti.
Atualmente, o Santa Inês paga R$ 80 por hora para o neonatologista. Como o serviço era terceirizado, os médicos recebiam menos, uma média de R$ 65. Este teria sido o principal motivo do rompimento com a FGL. Com o baixo salário, os profissionais desistiram do trabalho.
Segundo Foresti, até achar uma solução, o hospital terá duas estufas e aparelhos para respiração disponíveis para emergências, como bebês nascidos com pouco peso. Os cuidados ficarão por conta dos pediatras. Já as mães com gravidez de risco serão encaminhadas para outros hospitais.
Dia a dia
- Fórum - O Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc) realizará, nos dias 11 e 12, o 4º Fórum de Ética Médica do Cremesc. O fórum será realizado no centro de eventos da Associação Catarinense de Medicina, em Florianópolis. Inscrições: forumdeetica@cremesc.org.br.
SAÚDE
Hoje, das 14 às 17 horas, o posto de saúde do Jardim Sofia realizará atividades de educação em prevenção, distribuição de material informativo e agendamento de consultas de prevenção contra o câncer de colo de útero e de mama.
MATERNIDADE DARCY VARGAS
Em obras por mais dois meses
Reabertura de centro cirúrgico depende de liberação de recursos pela SDR para reforma
O centro cirúrgico da Maternidade Darcy Vargas, que está em obras há oito meses e deveria ter sido reaberto ainda em 2010, tem nova previsão de entrega, dessa vez para perto de maio deste ano. O cálculo tem por base a expectativa da direção, que acredita que os recursos de R$ 290 mil, para a instalação da rede elétrica e de um equipamento que garante a continuidade dos trabalhos em caso de queda de energia, serão liberados em 40 dias pela Secretaria de Desenvolvimento Regional Joinville. “A partir daí, será possível concluir as obras em questão de dias”, garante o diretor-geral da maternidade, Armando Dias Pereira Jr.
Outro avanço será a implantação, também em 60 dias, de prontuários informatizados. “Vamos abandonar as pranchetas. As informações sobre os pacientes serão armazenadas em computadores”, diz o diretor. Mas a inauguração mais aguardada continua sendo, a das duas novas salas do centro cirúrgico e da sala de esterilização de materiais, cujas obras atrasaram porque a reforma foi expandida.
Conforme o diretor, os R$ 295 mil investidos na área de 450 m² eram para recuperar danos causados por cheias. “Mas verificamos que a necessidade de adaptações era maior e fizemos um projeto de reestruturação do centro cirúrgico para atender às normas da Vigilância Sanitária”, explica. Pelo novo projeto, faltaram R$ 290 mil para a rede elétrica, que, espera Pereira Jr., saem em abril. Enquanto isso, a maternidade tem realizado cerca de 500 partos mensais em quatro mesas de parto. Duas delas são usadas para as cesarianas, no lugar do centro cirúrgico.
Ontem de manhã, o diretor recebeu a imprensa para uma visita ao hospital, com o objetivo de mostrar as melhorias que têm sido feitas. A maioria já foi divulgada em 2010, como a climatização central, as portas que abrem apenas ao reconhecerem crachás e televisores de LCD, com programação a cabo, em quartos e recepções.
BALNEÁRIO CAMBORIÚ
Hospital Santa Inês fecha UTI neonatal
Recém-nascidos serão transferidos para Joinville, Blumenau e Itajaí
A UTI neonatal do Hospital Santa Inês foi desativada ontem. O local, que tem dez leitos, foi fechado depois que a FGL Serviços Médicos encerrou o contrato e deixou de prestar os serviços para a unidade. Agora, os recém-nascidos que precisarem de cuidados especiais serão transferidos para Itajaí, Blumenau e Joinville. A média de atendimento mensal da UTI neonatal era de 50 bebês.
Segundo a direção do hospital, a unidade terá duas estufas e aparelhos disponíveis para os casos de emergência, como recém-nascidos com baixo peso. Esses bebês também ficarão sob os cuidados de pediatras. Já as mães com gravidez de risco serão encaminhadas para outras unidades.
“Nós queremos reabrir a UTI neonatal em no máximo 30 dias. Faremos a manutenção do local e contrataremos médicos neonatologistas para retomar o trabalho”, diz o diretor do hospital, Eroni Foresti. Mas, antes disso, a UTI neonatal passará por pintura e desinfecção total, exigências da Vigilância Sanitária para a reabertura da unidade.
Segundo a direção do Hospital Santa Inês, enquanto ocorrem as reformas, a unidade vai contratar pelo menos seis médicos. “Temos a alternativa de buscar outra empresa ou profissionais ligados direto ao hospital”, diz Foresti. Ele destaca que se for preciso aumentarão os salários dos profissionais.
Atualmente, o Hospital Santa Inês paga R$ 80 por hora para o neonatologista. Como o serviço era terceirizado, os médicos recebiam menos, em média de R$ 65. Segundo Foresti, este teria sido o principal motivo do rompimento do contrato com a FGL. “Com o baixo salário, os médicos desistiram do trabalho”, diz.
SAÚDE PÚBLICA
Mais dois focos de mosquito da dengue
A Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul detectou mais dois focos do mosquito da dengue. Um no bairro Água Verde e o outro no Centro (perto do cruzamento das ruas Coronel Procópio Gomes de Oliveira com Rio Branco).
Apenas neste ano, já foram confirmados quatro focos do inseto – em janeiro foram encontrados dois no Centro. As larvas estavam em armadilhas (pneu cortado ao meio) instaladas em pontos estratégicos e monitoradas pela secretaria.
Nos bairros afetados, foi delimitada uma área de 300 m², onde 12 agentes estão visitando cerca de 130 residências no Água Verde e 670 no Centro. O objetivo é verificar possíveis novos focos do mosquito e orientar os moradores sobre a doença. “Nossos funcionários estarão identificados com crachá e colete. Pedimos a colaboração da comunidade para que os recebam e colaborem com este trabalho”, ressalta o secretário da Saúde, Francisco Garcia. Os agentes visitarão as residências de segunda a sábado e também em horários alternativos, pois muitos moradores estão em casa apenas à noite.
No sábado, equipes da Saúde estarão na praça Ângelo Piazera e na Praça do Expedicionário (terminal urbano) para distribuir folhetos e orientar a população sobre os cuidados com a dengue das 8 horas ao meio-dia.
Em 2010, foram registrados nove focos do inseto e cinco casos da doença, todos importados de outros Estados. Este ano, uma adolescente foi contaminada pelo mosquito durante férias no Acre e passa bem.
Previna-se
Principais sintomas da dengue
- Febre alta (entre 39º e 40º)
- Dor de cabeça
- Dores nas articulações
- Falta de apetite
- Fraqueza
- Vômitos
- Manchas na pele (podendo
haver coceira)
- Náusea e diarréia
O telefone do Programa de Controle de Zoonoses é o
3275-2939.
Como se proteger da doença
Evite os focos de acúmulo de água limpa, locais propícios para a criação do mosquito (Aedes Aegypti) transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
HOSPITAL
Balneário fecha UTI neonatal
Santa Inês garante que reabrirá unidade em até 30 dias
BALNEÁRIO CAMBORIÚ - A UTI neonatal do Hospital Santa Inês está desativada desde ontem. O local, que contava com 10 leitos, foi fechado depois que a FGL Serviços Médicos não quis renovar o contrato, deixando de atender a unidade. Agora, os recém-nascidos que precisarem de cuidados especiais serão transferidos para Itajaí, Blumenau e Joinville. A média mensal de atendimentos da UTI era de 50 bebês.
– Queremos reabrir a UTI neonatal em no máximo 30 dias. Faremos a manutenção do local e contrataremos médicos neonatologistas para retomar o trabalho – fala o diretor do hospital, Eroni Foresti.
Por exigência da Vigilância Sanitária, a UTI neonatal passará por pintura e desinfecção total. Enquanto a reforma é feita, a direção procurará os seis médicos necessários para suprir a demanda de Balneário Camboriú.
– Buscaremos outra empresa terceirizada ou contrataremos direto pelo hospital e, se preciso, aumentaremos o salário oferecido. Vou buscar ajuda do Estado também – garante Foresti.
Atualmente, o Santa Inês paga R$ 80 por hora para o neonatologista. Como o serviço era terceirizado, os médicos acabavam recebendo menos, uma média de R$ 65. Este teria sido o principal motivo do rompimento do contrato com a FGL.
Enquanto o problema não é resolvido, o hospital terá duas estufas e aparelhos de respiração disponíveis para emergência, para o caso de bebês nascidos com pouco peso, por exemplo. O atendimento ficará por conta de pediatras. As mães com gravidez de risco serão transferidas para outros hospitais.
Excesso de barulho no carnaval pode afetar a saúde auditiva
O carnaval está chegando, mas toda a animação desta data esconde um sério risco à saúde: os problemas auditivos causados pelo ruído das caixas de som superpotentes de escolas de samba e trios elétricos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), o ouvido humano suporta até 85 decibéis, mas o som dos equipamentos utilizados durante o carnaval pode ultrapassar os 120 decibéis. “Neste nível de intensidade sonora, o ouvido pode suportar apenas alguns minutos”, alerta o Dr. Marcelo Hueb, otorrinolaringologista da SBO.
De maneira geral, o sistema auditivo humano tolera em média sons de até 85 decibéis por um tempo de até 8 horas. Se o som aumenta para 90 decibéis, este tempo de exposição segura cai para 4 horas. Quando atinge 100 decibéis, a tolerância cai para apenas uma hora, e assim por diante. Isto significa que acima do tempo máximo de exposição para cada intensidade sonora, ocorrerão danos aos ouvidos, e as consequências podem ser as perdas auditivas definitivas e o desconfortável zumbido.
“A exposição prolongada e contínua a sons de alta intensidade, em ambientes fechados ou muito próximos à fonte sonora, e em pessoas com baixa resistência (provocada por noites mal dormidas, excessos de ingestão de bebidas alcoólicas e desgastes físicos), são fatores agravantes que podem levar a danos permanentes ao sistema auditivo”, explica o especialista. Estas exposições acima do limite suportado podem acarretar em lesões ao ouvido muitas vezes irreversíveis.
Os sintomas de problemas de audição são diversos, como explica o otorrinolaringologista da SBO, Dr. Ektor Onishi: “Sensação de pressão nos ouvidos, zumbido e dificuldade para ouvir podem sugerir abuso do folião. O tempo de exposição e a sensibilidade individual são fatores que influenciam neste resultado”.
Alguns estudos mostram ainda que a poluição sonora constitui um dos agentes mais nocivos à saúde humana, causando além dos problemas citados, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão arterial, gastrites, úlceras e até impotência sexual.
A fim de alertar a população mostrando a importância dos cuidados com a audição, a Sociedade Brasileira de Otologia lança este ano a 8ª edição da Campanha Nacional da Saúde Auditiva, que tem como objetivo educar sobre a preservação deste sentido tão importante que é a audição. “Não queremos convencer as pessoas para que não brinquem no carnaval, desejamos apenas alertá-las para algumas coisas que parecem sem importância, como a altura do som, mas que podem acarretar consequências desastrosas para sua vida”, alerta o Dr. Ektor.
Para curtir a festa sem comprometer a saúde auditiva, é preciso ter cuidado e saber se proteger. “Como conselhos aos foliões, ficam as orientações de não ficar muito próximo à fonte sonora, dar descansos de 20 minutos a cada hora de música alta, hidratar-se bem e se sentirem qualquer alteração na audição ou a presença de zumbidos, procurarem orientação do médico otorrinolaringologista imediatamente”, indica o Dr. Marcelo Hueb.
Para mais informações., acesse o site da Campanha: www.saudeauditiva.org.br/novo_site/.
Falta de banco de artérias dificulta transplante em pacientes
A falta de um banco de artérias e veias no Brasil dificulta o início da realização e transplantes em pacientes com arteriosclerose no país. A cirurgia poderia evitar cerca de 10% das 100 mil amputações por ano ocasionadas por doença isquêmica (falta de circulação sanguínea).
“A arteriosclerose é comum de se encontrar após os 60 anos de idade. O grande problema [para o transplante] é que a gente não tem um banco de artérias e veias, que no Brasil não existe ainda”, afirma o cirurgião José Carlos Baptista Silva, coordenador do primeiro transplante do gênero no país.
A cirurgia, comum nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, foi feita por professores da Escola Paulista de Medicina da Universidade de Federal de São Paulo (Unifesp) no dia 25 de janeiro. Foi o primeiro transplante no Brasil de artéria de um doador falecido para salvar um membro sem circulação sanguínea, com risco de apresentar gangrena devido à arteriosclerose.
A Unifesp começou a montar o primeiro banco de artérias e veias do país. "Em breve ele estará pronto", informa o cirurgião. O transplante feito por professores da instituição teve baixo custo e foi realizado no Hospital São Paulo. O paciente tem 56 anos e é portador de arteriosclerose, além de apresentar histórico de doença renal crônica terminal, hipertensão e de já ter sido submetido a um transplante de rim há dois anos. “A gente tenta todas os outros tratamentos antes. O transplante é em último caso”, diz Baptista.
Durante três meses de consultas ambulatoriais, a equipe médica constatou que o tratamento clínico não apresentou melhora, e que havia risco de amputação. A revascularização seria a única alternativa para evitar a perda da perna. Como o paciente não tinha veias disponíveis para o procedimento, a opção foi usar artéria de doador falecido.
O paciente está em recuperação e o risco de rejeição é praticamente nulo. “Ele não apresenta dor, a circulação está normalizada, a cicatrização das feridas do pé começou e já consegue caminhar”, comemora o cirurgião.
Baptista destaca que cerca de 50% dos casos de arteriosclerose poderiam ser evitados com medidas de prevenção. "Controlar a obesidade, o colesterol, os triglicérides, o diabetes, não fumar e evitar o sedentarismo são fatores essenciais para evitar amputações”, alerta o cirurgião.