Geral
NOTA
Hemosc fecha no feriado BLUMENAU - O Hemosc de Blumenau não terá atendimento aos doadores hoje e amanhã. Na quarta-feira os interessados já podem voltar ao local para fazer a doação. O hemocentro atende das 7h15min às 18h30min de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 8h15min às 11h, na Rua Theodoro Holtrup, 40, Bairro Vila Nova.
VITASERV
Plano de saúde a caminho da UTI
Dívida de cerca de R$ 2,6 milhões coloca em risco a assistência de 7,5 mil servidoresSe fosse diagnosticado numa avaliação médica, o plano de saúde dos servidores municipais de Joinville (Vitaserv) estaria a caminho da UTI. As contas ficaram no vermelho há pelo menos seis meses e já comprometeram o atendimento dos mais de 7,5 mil usuários. A dívida é de cerca de R$ 2,6 milhões.
O Hospital Dona Helena suspendeu a assistência em 23 de fevereiro porque tem cerca de R$ 1 milhão a receber do Vitaserv. O plano também tem uma dívida de R$ 1,65 milhão com o Centro Hospitalar Unimed. O débito era de R$ 2,25 milhões, mas caiu com o repasse de R$ 600 mil realizado às pressas no dia 25 de fevereiro.
O valor serviu de sinal para garantir que a Unimed continue os atendimentos. A unidade, que até então era a responsável pela assistência de cerca de 90% dos usuários, agora é a única alternativa para os servidores que dependem de atendimento hospitalar. A informação é de que não há problema nos convênios com clínicas médicas e serviços ambulatoriais. O Vitaserv garante assistência aos conveniados somente em Joinville.
O gerente do Vitaserv, Luiz Fernando Romais, diz que a saúde financeira do plano foi prejudicada por atrasos nos repasses realizados pela Prefeitura de Joinville. Um convênio garante R$ 300 mil mensais dos cofres municipais. E a soma dos atrasos do valor que deveria ser repassado pela administração municipal, segundo a versão de Luiz Fernando, alcança os R$ 2,3 milhões.
A alegação dos gestores do Vitaserv é de que a mensalidade de R$ 300 mil foi negociada para atender até 5 mil usuários, mas hoje estão cadastrados 7,5 mil, o que sobrecarregou a infraestrutura. Em outubro, foi suspensa a adesão de novos usuários, até como maneira de conter as despesas. “Ultrapassamos esse número quase pela metade. Se a ajuda financeira não for reajustada, o plano corre o risco de falir”, alerta Luiz Fernando.
A Secretaria de Gestão de Pessoas nega que haja atraso no repasse para o Vitaserv. “Os repasses sempre aconteceram regularmente”, fala a secretária Márcia Alacon. Houve uma negociação, ainda no ano passado, para aumentar o valor mensal de R$ 300 mil para R$ 470 mil. A administração municipal alega que comunicou aos gestores do plano que é necessário regulamentar o aumento em lei para que o reajuste ocorra na prática.
Na semana passada, a Prefeitura de Joinville falou em convocar a Vitaserv para uma conversa, o que acabou não acontecendo. Jorge Roberto Damasceno, que é o presidente da Vitaserv, alega que ainda espera ser convocado para discutir os repasses do convênio.
SAÚDE
O FIM DO DESCANSO
Pesquisa revela que 23% dos trabalhadores brasileiros sofrem com depressão pós-férias
Se voltar ao trabalho após as férias for motivo de desânimo por tempo superior a 14 dias, há motivos para acender o sinal amarelo. Conforme Ana Maria Rossi, doutora em psicologia e especialista em estresse, a falta de motivação para atividades simples, como fazer a barba e tomar banho, além de dores musculares e de cabeça, cansaço, angústia e distúrbios do sono, são sintomas da depressão pós-férias, também chamada síndrome pós-férias.
Uma pesquisa da entidade presidida por Ana Maria, a International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), indica que 23% dos brasileiros sofrem desse mal. A intensidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa. O tratamento, geralmente, é por meio de consultas com psicólogos, psiquiatras e terapeutas. Apenas em poucos casos é necessário recorrer ao uso de medicação.
“A maior parte consegue ir trabalhar, mas alguns vão se arrastando, sem vontade”, comenta Ana Maria. A empresária Simone*, 30 anos, conta que há quatro anos apresenta os sintomas: “Não tenho vontade de trabalhar, não consigo encontrar forças para começar de novo. Também não tenho vontade de me arrumar, vou desmotivada, rezando para que o telefone não toque”, conta ela.
A síndrome não é nada que ocorra magicamente após as férias, avisa Ana Maria. Segundo ela, a depressão pós-férias é consequência de situações ocorridas antes do período de descanso, a maior parte delas no ambiente de trabalho. Um dos aspectos que merecem atenção, cita, é o respeito à carga horária. Caso o funcionário precise extrapolar o horário, deve ter direito a folga. Também é necessário que os gestores sempre reúnam os funcionários para comunicar eventuais mudanças na organização. “A primeira causa é a insatisfação no ambiente de trabalho. Há uma angústia muito grande nos funcionários, é importante que tenham respostas às suas incertezas”, afirma Ana Maria.
Por outro lado, a médica salienta que a responsabilidade é também do empregado. Segundo Ana Maria, o funcionário deve manter seu currículo atualizado e buscar novas oportunidades, caso não esteja satisfeito. Organizar os afazeres antes das férias pode ser eficaz para evitar transtornos na volta. O administrador Anderson Cavalcante, especializado em psicologia e psicodinâmica em negócios, sugere que se faça uma lista de tarefas para ser deixada com o substituto temporário. Isso vai evitar que fiquem ligando o tempo todo e perturbando o repouso.
* O nome foi preservado a pedido da entrevistada.
CRISTIANE BARCELOS
Drible a síndrome
ANTES DAS FÉRIAS
• Planeje passeios e viagens com antecedência.
• Organize suas tarefas pessoais e profissionais.
• Estabeleça metas e cumpra-as.
• Não deixe tarefas pendentes para que outras pessoas finalizem.
• Não leve trabalho para casa.
• Gerencie seu tempo.
• Dedique momentos do dia para exercícios ou atividades que lhe deem prazer.
• Programe sua secretária eletrônica com um aviso do período que você estará de férias.
AO RETORNAR DAS FÉRIAS
• Volte de viagem no mínimo 72 horas antes de recomeçar a trabalhar e comece a restabelecer a rotina: durma na hora certa, acorde no mesmo horário em que desperta para ir ao trabalho, cuide da alimentação e evite bebidas alcoólicas.
• Organize suas tarefas por ordem de prioridade: não tente resolver tudo na primeira semana.
• Evite longas jornadas de trabalho.
• Mesmo que tenha poucas horas de lazer, aproveite bem. Leia, vá ao cinema, pedale, saia com os amigos.
• Mudar os hábitos de alimentação e integrar uma atividade física regular pode ajudar muito a combater os sintomas da síndrome.
PARA O ANO TODO
• Busque um trabalho que lhe dê felicidade.
• Preencha o tempo com atividades prazerosas: pratique um esporte e conviva com amigos.
• Reavalie criteriosamente sua trajetória profissional e as possibilidades de ascensão dentro empresa.
SAÚDE NA FOLIA
Durante o Carnaval, não relaxe na alimentação e cuidado com o exagero das bebidas alcoólicas. O equilíbrio pode evitar desidratação
O Carnaval, tradicionalmente regado a muita bebida alcoólica, marchinhas, frevos e sambas, em meio a confetes e serpentinas, é esperado com ansiedade por todos: os que pulam e os que aproveitam o feriado para descansar. Aos foliões, além de muito juízo e disposição, cabe tomar cuidado com o que vão comer. O excesso de exercício físico somado à alimentação desregrada e ao álcool pode resultar em desmaios, desidratação e infecções intestinais. A nutricionista Sônia Almeida lembra que manter a disciplina alimentar é importante. “Não é porque o feriado é prolongado que a rotina alimentar balanceada deve ser abandonada. Deve-se fazer pelo menos três refeições completas ao dia: o café da manhã, o almoço e um lanche.”
A massagista Rosângela Martins, 35 anos, conta que pretende viajar para a praia durante o feriado, mas não vai relaxar na alimentação. Na preparação para a folia, ela tem feito uma dieta desintoxicante e anti-inflamatória. “O objetivo não é só perder peso, o principal é a saúde. No feriado, acabo a dieta desintoxicante e começo uma que estará de acordo com a minha realidade. Depois do Carnaval, começo uma outra, adaptada ao meu cotidiano”, explica. Segundo a massagista, a dieta de Carnaval será adaptada ao local em que ela se encontra. “Como vou para a praia, comerei bastante peixe, salada e frutas, e tomarei bastante suco. Não será nenhum sofrimento, pois são alimentos típicos de praia e calor.”
De acordo com a nutricionista Carina Tafas, para garantir os quatro dias de Carnaval com muita folia, deve-se preferir alimentos que ajudem a manter a resistência, sem pesar no estômago, como os frescos (frutas, legumes e verduras), e manter a regularidade de intervalos de três horas entre as refeições. Segundo a nutricionista, a dica para os que vão festejar o Carnaval é comer carboidratos integrais, que dão energia para pular e dançar, e fugir das carnes gordas e frituras, que têm digestão lenta e acabam causando sensação de estufamento e moleza, prejudicando a mobilidade do corpo. Os carboidratos também ajudam a diminuir os efeitos do álcool.
Como, durante a folia, se passa muito tempo na rua, é importante prestar atenção no que vai comer para fugir de intoxicações alimentares. “Deve-se evitar os produtos de origem animal (carnes mal assadas, embutidos, maionese, etc.) e à base de leite (requeijão cremoso, molhos brancos, purês), além de prestar atenção na qualidade dos alimentos comercializados”, aconselha Carina.
A nutricionista Sônia Almeida dá a dica para não sair da dieta. “Na hora do sufoco, faça escolhas inteligentes: opte por suco de frutas feitos na hora, barras de cereais com granola, picolés de fruta, espigas de milho cozido, que podem segurar a fome.” Ela recomenda ainda levar seu kit lanche: “Fruta, barra de cereal e polenguinhos cabem em qualquer bolsa”.
Depois da folia, é hora de relaxar e dar uma folga para o corpo. A palavra de ordem é hidratação. “Muita água, água de coco e suco de frutas naturais são essenciais para a recuperação da ressaca. Além disso, as folhas verdes escuras ajudam na desintoxicação, por causa da quantidade de clorofila. Portanto, sucos que misturam folhas e frutas ajudam a repor os nutrientes perdidos”, lembra Carina. A dica de Sônia é abusar dos alimentos naturais, frescos e sem gordura e beber bastante água de coco, suco de açaí ou sucos naturais de frutas.
Como evitar a ressaca
- Não beber em jejum.
- Não misturar vários tipos de álcool. Ou seja, se começou com cerveja, vá até o fim.
- Intercalar álcool e água ou água de coco.
- Fazer uma refeição leve depois é fundamental.
- Não durma em jejum. Tome um suco ou coma uma fruta antes de se deitar e evite café, pois potencializa a desidratação.
- Também é importante fazer uma refeição balanceada, que contenha, por exemplo, arroz integral, frango grelhado, salada colorida (folhas, tomate, cenoura e chuchu com azeite de oliva) e um suco natural de frutas.
FONTE: CARINA TAFAS
MODERAÇÃO NAS BEBIDAS CALÓRICAS
Carnaval quase sempre é sinônimo de bebida alcoólica. Para Sônia, o melhor é evitá-las. “Considerando o calor, não existe bebida que substitua a água para hidratar o corpo. Pode-se alternar com água de coco para repor a perda de minerais pelo suor”, ensina. “Quanto maior a quantidade de álcool ingerida, maiores são os prejuízos para a saúde, principalmente para o cérebro e o fígado, além de arruinar qualquer dieta, pois são muito calóricas”, lembra Carina Tafas. E ela compara: um grama de carboidrato ou proteína contém quatro calorias; um grama de gordura carrega nove calorias, enquanto um grama de álcool é responsável por sete calorias.
Para os que não querem ficar longe do álcool, é possível escolher bebidas menos calóricas. “As bebidas regadas a leite condensado e açúcar, como batidas e caipirinhas, são uma bomba calórica e devem ser ingeridas com moderação. Um copo de batida de frutas e leite condensado pode conter até 500 calorias e meio copo da caipirinha feita com limão, cachaça e açúcar, 274 calorias”, exemplifica Carina. A nutricionista conta que 355 ml de mojito (bebida cubana feita com rum branco, limão, hortelã, açúcar e Club Soda) tem 450 calorias. Já um copo de cuba libre (rum claro com refrigerante à base de cola e limão) com Coca-Cola normal tem 190 calorias – e cai para 110 calorias se a bebida for feita com refrigerante light.
Uma garrafa long neck (355 ml) de cerveja tem, assim como um copo de chope, em média, 200 calorias. A mesma quantidade de champanhe ou prosecco tem 300 calorias. “As bebidas fermentadas, como a cerveja, têm menor quantidade de álcool e de calorias do que as destiladas (uísque, gim, vodca e outras) e contêm pequenas quantidades de algumas vitaminas e minerais, como vitamina B6, niacina e folato”, explica Carina. Para evitar a ressaca, a dica das nutricionistas é intercalar um copo de bebida com um de suco ou água e se hidratar o tanto quanto for possível. Rosângela conta que, em sua dieta de Carnaval, estão incluídos alguns copos de cerveja. “Mas tomarei bastante suco e água nos intervalos.”
Sucos desintoxicantes
INGREDIENTES
- 200 g de melancia
- 1 maçã sem casca
- Suco de 1 limão
- 1 folha de couve
MODO DE PREPARO
- Bater os ingredientes e tomar gelado. Beber duas vezes ao dia.
INGREDIENTES
- 1 talo de agrião
- 1 colher de sopa de salsinha
- 1 maçã
- 1 copo de água de coco ou água mineral
MODO DE PREPARO
- Bater todos os ingredientes no liquidificador. Beber duas vezes ao dia.
Ajudam na recuperação
- Suco de tomate.
- Leite fermentado.
- Suco de melancia.
- Iogurte com frutas.
- Canja de galinha sem gordura.
- Mamão batido com aveia.
- Boas horas de sono.
FONTES: NUTRICIONISTAS CARINA TAFAS E SÔNIA ALMEIDA
Casos de conjuntivite aumentam no Carnaval
São Paulo - Além de irritações provocadas pelo uso de maquiagem e pela espuma de carnaval, o feriado registra também altos índices de casos de conjuntivite.
De acordo com o Ministério da Saúde, o risco é maior em meio a grandes aglomerações, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa. A orientação é lavar constantemente as mãos durante a folia e evitar o contato direto com os olhos.
Ao menor sinal de irritação, a dica é lavar a região dos olhos abundantemente com água corrente e, caso os sintomas não desapareçam, procurar um médico.
O ministério alertou para um erro considerado comum diante de quadros de irritação nos olhos – a auto medicação com colírios. Segundo a pasta, o uso indiscriminado e inadequado do produto pode agravar o problema e até mesmo piorar o quadro de conjuntivite.
Levantamento feito no Brasil mostra que 50% dos homens têm HPV
São Paulo - Levantamento feito no Brasil, no México e nos Estados Unidos mostra que 50% dos homens pesquisados têm o vírus do papiloma humano (HPV). O estudo, publicado na revista científica Lancet, foi feito com 1.159 homens e durou aproximadamente dois anos e meio.
O vírus, que é sexualmente transmissível, pode causar câncer tanto em homens quanto em mulheres. No entanto, doenças mais graves, derivadas do HPV, são mais recorrentes no sexo feminino: o vírus é uma das principais causas do câncer de colo de útero.
“O número surpreendeu. A gente sempre achou e acreditou que a prevalência era maior em mulheres e que o vírus era mais adaptado à mucosa genital feminina”, diz o médico José Eduardo Levi, pesquisador do laboratório de virologia do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).
Nas mulheres, além de ser responsável por 80% dos casos de câncer do colo do útero, o vírus pode provocar verrugas na vagina, e sintomas desagradáveis, como prurido, coceira e corrimento. Nos homens, a incidência de câncer, devido ao HPV, é muito baixa, mas há ocorrências de câncer de pênis e anal, além da formação de verrugas genitais.
“O HPV é transmitido por contato sexual. Quando se usa o preservativo, evita-se o contato pele-mucosa, e diminui muito o risco. Mas o preservativo não é 100% eficiente porque as pessoas só colocam o preservativo no momento da penetração, e apenas o contato das áreas genitais pode transmitir o vírus”, explica o médico.
Segundo o Ministério da Saúde, um estudo feito em seis capitais brasileiras, em 2005, publicado em 2008, mostrou a prevalência de HPV – em mulheres e homens que procuraram atendimento em clínicas de doenças sexualmente transmissíveis – de 41% de um total de 3.210 pessoas. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o HPV atinge 685.400 pessoas no país.
No Brasil, a vacinação é permitida apenas para mulheres de 9 a 26 anos – e não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Em alguns outros países, já se estendeu essa idade. Agora, estamos na fase de publicação de estudos para os homens”, disse Levi . No Brasil, a vacina não está aprovada para homens.
Em novembro de 2009, a prefeitura de Itu, no interior paulista, iniciou uma campanha inédita de vacinação contra quatro tipos do vírus do papiloma humano.