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Visor

A LUTA CONTINUA
O Ministério Público Federal protocolou, ontem, um novo pedido para que a Justiça Federal suspenda as licenças de construção do hospital da SOS Cárdio na Rodovia SC-401, na Capital. O pedido de reconsideração foi encaminhado para a juíza Marjorie Freiberg, da Vara Federal Ambiental, a mesma que, no dia 15 de março, rejeitou o pleito do MPF. A previsão é inaugurar em breve, mas água mole em pedra dura..

 


EDITORIAIS
Situação de emergência

A direção do Hospital Celso Ramos, de Florianópolis, reconheceu os problemas e carências no seu atendimento de emergência, que foram relatados em reportagem publicada na edição dominical deste jornal, mas os considerou apenas pontuais. E garantiu que serão resolvidos quando estiver concluída a reforma das instalações, trabalho iniciado em abril do ano passado e que deveria ter sido concluído há seis meses. Em seu realista e objetivo relato de uma experiência vivida, a jornalista Viviane Bevilacqua mostrou, em toda a sua extensão, o sofrimento e o risco que os pacientes correm quando, por falta de espaço e instalações adequadas, são atendidos em macas nos corredores atravancados. A matéria revelou, também, as ingentes dificuldades enfrentadas pelo corpo médico e demais funcionários para atendê-los, eis que não dispõem de equipamentos atualizados para tanto e, não raro, até de medicamentos essenciais, como analgésicos.

A situação da emergência do Hospital Celso Ramos é emblemática da precariedade que caracteriza o sistema de atendimento hospitalar público tanto no Estado quanto no país. Faz parte do descalabro reinante nos serviços de saúde pública do Brasil, que, nesses anos recentes, só fez piorar por falta de cuidados e investimentos. Enquanto milhões e milhões de reais são usados para decorar gabinetes de deputados, renovar frotas de carros de luxo para figurões dos três poderes e outras gastanças revoltantes, os dependentes do SUS “mofam” nas filas para marcar uma simples consulta ou um exame, que pode demorar dois anos ou mais anos para acontecer, e a saúde do povo é colocada à margem. Sem falar na dinheirama que escorre pelo ralo da corrupção.

Agora, há que esperar – e cobrar, sempre e sem parar – que sejam cumpridas as promessas dos novos governos, o estadual e o federal, de dar prioridade à saúde pública. É pagar para ver.

 

 


MPF quer que Justiça reavalie decisão sobre a SOS Cardio, em Florianópolis
Procuradoria da República solicita novamente o embargo das obras do novo hospital próximo ao Manguezal do Itacorubi


A procuradora da República, Analúcia Hartmann, protocolou um pedido de reconsideração sobre a decisão da juíza Marjôrie Cristina Freiberger Ribeiro da Silva, da Vara Ambiental da Justiça Federal da Capital, sobre o novo hospital da SOS Cardio. Até o início da noite de ontem, a procuradora não havia entrado com recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª região, em Porto Alegre, contra a decisão da juíza da Capital de não conceder liminar para embargar o empreendimento. O prazo termina nesta quarta-feira (13).

No pedido de reconsideração feiito à juíza, Analúcia juntou uma nova manifestação a partir de um relatório produzido pela perita e analista de engenharia sanitária do Ministério Público Federal, Daniela Hoffmann Zimermann. O parecer técnico contesta a eficiência do sistema de tratamento de efluentes proposto pela SOS Cardio. “A manifestação técnica indica riscos para a flora e fauna do manguezal do Itacorubi e para a saúde humana”, escreve a procuradoria, que agora requer a “suspensão da licença ambiental de operação bem como a impossibilidade de início das atividades (do hospital)”.

No mesmo ritmo, a defesa da SOS Cardio também protocolou petição em que anexa parecer técnico produzido por um engenheiro sanitarista, contrariando a conclusão do relatório do MPF de que o sistema seria inadequado. “O parecer apenas confirma a demonstração que fizemos no início do processo de que a estação de tratamento é eficiente”, aponta o advogado da SOS Cardio, Tullo Cavallazzi. Os dois pareceres ainda não chegaram ao gabinete da juíza Marjôrie, que não tem prazo específico para fazer a avaliação.

 

 


 
A vida segue
Será que a Vigilância Epidemiológica localizou pessoas com dengue em Joinville. E não se trata de pessoas atingidas fora, mas aqui no Estado. Preocupa.
12-04-2011