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VacinaçãoNa segunda-feira, começa a campanha de vacinação contra a gripe A. Devem ser vacinados os idosos, as gestantes e as crianças de seis meses a dois anos. Serão oferecidas nos postos de saúde, com documento que comprove a idade. O atendimento será das 8 às 17 horas.

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GRIPE

Vacinação começa na segunda

Além de idosos e índios, crianças até dois anos e grávidas também serão imunizadas no BrasilA Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começa nesta segunda-feira, e tem como meta a imunização de aproximadamente 23,8 milhões de pessoas em todo o país.

A partir deste ano, além de idosos e indígenas, crianças entre seis meses e dois anos de idade, grávidas e profissionais de saúde também serão vacinados. A vacina protege contra os três vírus que mais circulam no Hemisfério Sul, inclusive o da influenza A (H1N1).

No caso das crianças, a vacina é aplicada em duas etapas. Na primeira vez, é aplicada meia dose. No mês seguinte, os pais devem voltar ao posto de saúde para que seja aplicada mais meia dose na criança.

A vacina é contraindicada para quem tem alergia a ovo. Quem apresenta deficiência na produção de anticorpos também deve consultar um médico antes de ser imunizado.

Ministério da Saúde distribuiu 33 milhões de doses pelo país

O Ministério da Saúde distribuiu 33 milhões de doses para estados e municípios, a maior parte – 14,3 milhões – para a Região Sudeste. No dia 30 de abril, ocorrerá a mobilização nacional, quando os 65 mil postos de saúde do país ficarão abertos durante todo o dia para vacinar a população. A campanha nacional segue até o dia 13 de maio.

Quem não está nos grupos a serem vacinados deve tomar cuidados redobrados para evitar a contaminação. A gripe é transmitida através de gotículas, pela fala, tosse ou espirro de pessoa infectada para pessoa sadia. Por isso, deve-se evitar aglomerações.

Os principais sintomas da gripe são febre, calafrios, dores musculares, dor de cabeça, mal-estar geral, dor de garganta, tosse seca, coriza e obstrução nasal. Os males podem variar de pessoa para pessoa e a complicação mais comum associada à gripe é a pneumonia, de difícil tratamento.

Brasília

EXAMES DE DNA

Laboratório público completa cinco anos

Seis mil laudos gratuitos para reconhecimento de paternidade foram emitidos

Faz cinco anos que Santa Catarina conta com uma ferramenta de auxílio às famílias envolvidas em processos judiciais de reconhecimento de paternidade. O Laboratório de Análises Genéticas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), localizado no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), em Lages, é o único público do Estado que faz exames de DNA gratuitos. Seis mil laudos já foram emitidos.

Antes dele, todas as demandas judiciais que envolviam reconhecimento de paternidade gratuito eram encaminhadas a Florianópolis, onde eram feitas as coletas de DNA. Mas em muitos casos o resultado demorava até dois anos, já que as mães, filhos e supostos pais precisavam ir até a Capital e os testes eram feitos por uma empresa particular, via convênio com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Por intermédio do Instituto Paternidade Responsável (IPR), fundado em junho de 2004, em Lages, a direção do CAV foi questionada sobre a viabilidade de sediar um laboratório de DNA. A universidade confirmou ter condições técnicas de abraçar o projeto, mas precisava de recursos para a instalação do laboratório e a compra dos equipamentos.

Assim, em um convênio entre a Udesc, o IPR, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Secretaria de Estado da Saúde, foram investidos aproximadamente R$ 1 milhão e, em 6 de abril de 2006, foi inaugurado o laboratório no CAV.

E como o objetivo era agilizar os exames e facilitar a vida das famílias, o CAV propôs que, em vez de as pessoas irem até Lages, as coletas de sangue ou saliva deveriam ocorrer diretamente nas cidades onde elas vivem. A proposta foi aceita, e as coletas passaram a ser feitas nas próprias audiências judiciais.

Servidores do Judiciário e das secretarias municipais da Saúde foram capacitados em todas as comarcas do Estado, e a coleta do sangue ou da saliva do suposto pai, da mãe e do filho é feita na hora, na frente do juiz.

Assim, o tempo, que era de até um ano e meio entre a audiência e a chegada do material genético ao laboratório, já que muitos supostos pais não eram encontrados pelos oficiais de Justiça ou não apareciam na hora da coleta, agora é de cinco dias. O material das três pessoas é colocado em um cartão e enviado pelo malote do Judiciário ao CAV e, em 40 dias, o resultado está nas mãos do juiz.

Só sangue ou saliva são analisados no laboratório. Na maioria dos casos é coletado o sangue. Outros materiais, como unha e cabelo, até poderiam, mas não são utilizados porque exigiriam investimentos maiores em novas técnicas e equipamentos.

– Não há o risco de o cartão com material genético estragar durante a viagem até Lages, pois dura até 10 anos – garante o coordenador do laboratório, o geneticista Altamir Frederico Guidolin.

pablo.gomes@diario.com.br

PABLO GOMES | Lages

EXAMES DE DNA

Segurança e mais precisão

De acordo com o coordenador do laboratório, o geneticista Altamir Frederico Guidolin, o sistema do laboratório é o mesmo utilizado pelo FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, e está sendo adotado por outros estados do Brasil.

Os laudos só são emitidos com, no mínimo, 99,9% de precisão. Além desta área específica para humanos, o laboratório tem também a parte que trabalha a genética animal e vegetal. Por isso, é utilizado por estudantes de cursos como Veterinária, Agronomia e Engenharia Florestal do próprio CAV e até de outras instituições de ensino superior instaladas em Lages, como Biomedicina da Uniplac e Biologia do Univesc. Os estagiários não têm participação nas análises de DNA humano.

O laboratório conta com seis funcionários, sendo cinco geneticistas – dois supervisores com título de doutor – e uma secretária. O laboratório é mantido pelo governo do Estado, que repassa R$ 500 mil por ano para manutenção e compra dos reagentes utilizados nos testes. Como a verba, enviada sempre no começo do ano, ainda não foi liberada em 2011, os reagentes acabaram há poucos dias. Assim que os recursos forem repassados, será necessário um mês para a licitação e mais um mês para a importação dos reagentes.

– Temos apenas 15 casos aguardando análise. Muita gente nos procura para fazermos os exames via particular. Até podemos fazer, mas não queremos porque esse não é o papel da universidade – diz Altamir.

Colunista Cacau Menezes

Vagas para médicos